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A temida Marta

por João-Afonso Machado, em 14.06.22

Terrível!  Sobreviveu à crise pandémica e está aí igualzinha ao mais perfeito socialista. Com as suas infindas promessas. Os médicos escasseiam, os Serviços fecham à míngua de pessoal, estafados, mas nada se passa.

Só o mundo partidocrata levanta a voz, à esquerda e à direita. Os portugueses têm esse péssimo hábito de se manifestarem apenas quando o mal lhes bate ao ferrolho e a Obstrectícia (o fenómeno actual) não é tema de todos nem de todos os dias.

Mas subsiste a verdade: o Estado socialista é, afinal, o grande inimigo do SNS que sacrifica por diversas razões. Seja porque o rigor orçamental é mais importante, seja porque tudo vai bem em Belém e com um sorriso de Costa e uma promessa - de promessa em promessa... - assim os socialistas caminham galopantes para um hoje como ontem, reformas são comissões e atalhos para mais gente no aparelho e a mesma ineficácia de sempre.

Sendo simples a questão: faltam médicos porque o SNS, pobre, paupérrimo, não lhes dá emprego. A opção de quem necessita trabalhar - neste caso, os médicos - direcciona-se para hospitais e clínicas particulares, dentro ou fora de portas. A propaganda faz o resto: a culpa é dos privados - porque pagam mais. Como se os trabalhadores da Saúde não tivessem a sua vida também.

Em suma, este é o Estado republicano, socialista e laico que remunera regiamente os seus apaniguados e subservientes e pede aos médicos perfilhem os caminhos de S. Francisco de Assis.

E os médicos respondem-lhe com as armas do dito S. Francisco. E nós, cidadãos, lá vamos padecendo.


1 comentário

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De Anónimo a 16.06.2022 às 13:16

O caos na "saúde" deve-se a 4 factores: incompetência na gestão, ausência de incentivos aos profissionais de saúde, falta de alternativas dos doentes e falta de bom senso. Incompetência na gestão quando estes são nomeados pela sua ligação ao partido do poder. Nunca são responsabilizados por nada (coitados, estão "constrangidos"), na maioria das vezes servindo-se mais das entidades que "gerem" do que servem. Os  profissionais de saúde não têm carreiras, ou estas estão bloqueadas, ganham pouco (em especial os mais experientes) e têm grandes responsabilidades. As carreiras na saúde têm de ser discutidas em conjunto com alterações no modo como a saúde está organizada. Faz sentido as estruturas da saúde continuarem baseadas num modelo hospitalar que concentra médicos especialistas aos quais só se tem acesso com autorização do centro de saúde (CS)? - quando este demora meses a marcar uma consulta? Continua a fazer sentido os CS não estarem abertos aos fins de semana? Os médicos "desaparecerem" aos fins de semana e feriados no regime de internamento? Os gestores dos recursos humanos não conseguem escalar as férias das equipas? (se é que existem equipas...). Os doentes estão encurralados entre um sistema incompetente, iníquo e irresponsável. Aqui no interior, nem médicos no CS nem no hospital (público ou privado - tudo de férias nestas 2 semanas), nem técnicos de sáude. 
As instituições de saúde precisam de dar resposta 365 dias por ano e a todas as horas. Reorganizem-se, façam acontecer. Não é necessário ser em todas os serviços de saúde, bastando X/nº de habitantes - sim, é preciso conhecer a realidade da comunidade. Pois conheçam-na; tanta comissão, tanto observatório, para quê? Pagamos impostos (ao submeter o IRS é-se informado da % de impostos para cada área e a saúde ocupa a parte de leão) para quê? 


Poder-se-ia pensar ser esta mistura explosiva uma coincidência (a ministra da saúde é um "cartoon" vivo). Mas não é: foi pensada e executada, sempre em nome do SNS, tendo como suporte partidos políticos. A destruição de valor no SNS vem de longe. Sempre que aparece um "defensor" sinto medo do que mais virá. 
A "saúde" está profundamente doente. E estamos a morrer por falta dela. 

Catarina Silva

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