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A maçã de Adão

por João Távora, em 08.06.21

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Talvez a festa dos 50 anos do Adão e Silva inclua uma cimeira de chefes de Estado, uma ópera, um festival de cinema, outro de teatro, um pavilhão novo no Parque das Nações e uma ida à Lua - eventos é connosco. Talvez assim justifique o orçamento - afinal temos de gastar a massa da bazuca, não é?

Agora a falar a sério: acho um enorme disparate um festejo demasiado ostensivo do regime pelos seus autoproclamados donos. Cada vez é mais evidente a fractura social entre os que pagam e os privilegiados que usufruem economicamente dele - com pensões, empregos e privilégios garantidos. Se assim for, previsívelmente as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril irão resultar ao contrário do pretendido - o nível de rejeição vai ser muito alto, mais ainda se a previsível crise económica post-covid se confirmar para os próximos anos. Somos um país muito, muito empobrecido, dos mais pobres da Europa, pouco preparado para o que aí vem. Por isso é que esta comissão do Adão e Silva é chocante, e uma enorme falta de sensibilidade política.


25 comentários

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De Anónimo a 09.06.2021 às 00:17

Este povinho português desde que lhe cheire a festa perdoa tudo e esquece as misérias até. Memória curta. Haja dinheiro baratop`ró governo que a gente paga os juros. Cavalgada heróica...
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De Anónimo a 09.06.2021 às 08:56

mais um anão da esquerda folclórica
há uns 36 anos participou em sessão do GOL
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De Anónimo a 09.06.2021 às 09:45

Lamento, João Távora, mas está enganado. Tudo quanto diz teria toda a lógica e seria o esperado dum povo com alguns predicados: mais instruído e informado, portanto, mais atento e exigente, como acontece em sociedades democráticas desenvolvidas e consolidadas. Acontece que não é o caso e há o detalhe de isto ser Portugal. Desde que haja festança, a este povo tolo não lhe importa se é "Adão" ou "Malaquias" nem de onde vem a massa nem quem paga a conta! Venha a bazuca que serve para garantir tudo isso...                  
Portanto, João Távora, não espere fracturas sociais, nem um nível alto de rejeições. Os privilegiados, como lhes chama, não andam a dormir... já têm tudo isso previsto e acautelado "com papas e bolos". Vai ser o regabofe de sempre. 


Mas vejamos o que se vai comemorar ao fim de 50 anos de conquistas de Abril: o regime conseguiu atingir o nível de "democracia" de fachada que se vê (?) (temos baixado nos índices, como sabe), temos um país que não prospera, incapaz de gerar e produzir riqueza, nem convergir com os restantes países europeus mas, claro, disfarça-se a realidade com pagode ...  "panis et circencis" para entreter um povo cada vez mais pobre num país cada vez mais atrasado. 
Em 50 anos é obra!  


Siga o baile!  E não falte o foguetório!
                
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De JPT a 09.06.2021 às 10:14

Se o que se quer é celebrar o regime actual, parece-me a escolha ideal: um cidadão que, quando completar 50 anos, em 2024, nada terá feito senão viver da progénie maçónica e do erário público (perdão, do PS), não só desprovido de qualquer ética, mas arauto da sua irrelevância na gestão da coisa pública (é só recordar os seus comentários "para a SIC" no Congresso do PS de 2011, a propósito do Querido Líder da altura). Para mais, é "paineleiro" do Benfica. Sinceramente, melhor era impossível. Os meus parabéns a António Costa! (na ditadura salazarista, o líder da oposição disse, a propósito do ditador "Obviamente, demito-o". Comparando as reacções da presente oposição a esta indecorosa nomeação, este António mete mais respeito). 
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De Anónimo a 09.06.2021 às 15:52


Houve um Dr. Armando Adão e Silva no tempo do fássismo. Era do contra, como se dizia. Advogado famoso (felizmente não era jurista). Morreria, outra vez, mas de vergonha.
ao
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De JPT a 09.06.2021 às 17:44

É o avô deste. Está mesmo a sugerir que o avô maçom ficaria envergonhado por o neto maçom coleccionar tachos, alcavalas e poleiros. Ficaria era orgulhoso! Afinal, acha que aquilo serve para quê?
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De Elvimonte a 09.06.2021 às 16:55

Sabemos que nas repúblicas não há títulos nobiliárquicos. Como tal, por não o podemos designar nem sequer por barão - mas barão Adão até era sonoro - proponho que o passemos a designar por Sr. 4500 € por mês Adão, ou talvez melhor, por Sr. 4500 € Adão por mês Silva. Sendo o título extensivamente maior do que um título nobiliárquico, não deixa de ser pecaminosamente verdadeiro. 


Ainda mais verdadeiro será Sr. 4500 € Adão por mês Silva, com motorista, secretário pessoal, 3 técnicos especialistas, 3 adjuntos, 4 técnicos superiores em regime de mobilidade, equipa de apoio técnico e equipa de apoio administrativo, toda uma corte que o elevará a categorias régias numa república nominal cuja democracia ele levará para a cama, todos os dias até 2026. É de pasmar!


Uma democracia que o pariu e com quem ele agora dorme - a fazer lembrar aquilo que, na anedota, a foca bébé diz em inglês para a foca mãe assim que a vê pela manhã - a mesma democracia de que se queixam o Vasco Mina (vd. o seu recente post "Internado no IPO de Lisboa") e profissionais do IPO, a braços com uma autêntica sangria de pessoal que não é substituído, a mesma democracia patrocinada pelos pagadores de impostos, mas que não é a deles, a mesma democracia  que manifesta uma enorme incapacidade em defender os seus legítimos interesses e resolver os seus problemas.


Não posso deixar de ter vergonha alheia deste incesto e desta prostituição. Confirma-se o "pão e circo". Confirma-se que todos os animais são iguais, mas há uns que são mais iguais do que os outros. Confirma-se a podridão do regime. 
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De Anónimo a 10.06.2021 às 13:14

Caro Elvimonte,
Excelente comentário! 4 anos (um deles após a comemoração) a receber um salário claramente acima da média (será em exclusividade?) com um séquito que parece uma secretaria de estado. Que miséria de país.
Catarina Silva
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De Anónimo a 09.06.2021 às 17:34

Espera se uma reação da outra contra parte da organização deste evento. Irá pactuar com este esbulho? Ou depois de ter aceite colaborar nesta coisa vai cair na real e perceber que estão a usar o seu prestígio e bom nome para branquear a usurpação do erário público. Estou curioso! 
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De Anónimo a 09.06.2021 às 23:07

Hoje já deu sinal na notícia do observador, amanhã demite se da comissão e o cueca azul fica a ver navios a mastigar em seco. Marianinha convoca conferência de imprensa a assumir as culpas pelo convite ao Adão e o número 2 do 44 tenta passar incólume a mais esta palhaçada 
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De Anónimo a 09.06.2021 às 19:20

Tenham paciência são 5 anos a torrar o dinheiro que não temos ,mas parece que as festanças são em grande, pois parece que vamos todos comer e beber durante meses tudo de borla. Até parece.
É tudo a fartar alguns vão engordar enquanto os outros ficam cada vez mais magros.
Portugal no seu melhor


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De Anónimo a 09.06.2021 às 19:55

Comemora-se o quê? 50 anos de farsa democrática.
Não vale a pena perder tempo a dizer tretas sobre este regime podre. Alguns comentadores já disseram quase tudo.
Diabolizam-se certos períodos da História, desvirtuando a realidade com epítetos falsos, apenas para deturpar. Suspeito que por temerem  a comparação. Está na altura de haver coragem para se começar a fazer o balanço deste regime que dura há quase 50 anos.. 


Para se desfazerem alguns dos mitos falsos que circulam ... proponho a visualização:
1-  deste texto de Miguel Castelo-Branco, historiador:



https://noticiasviriato.pt/uma-verdadeira-elite-negra-na-lisboa-dos-anos-30/



2- e quem tiver curiosidade, vale a pena passar os olhos por este vídeo de 1970, com uma entrevista ao escritor Mário Domingues. Chamo a atenção para algumas das imagens de Lisboa. Vai haver surpresas relativamente a  algumas "ideias feitas".


https://arquivos.rtp.pt/conteudos/um-dia-com-mario-domingues/
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De Anónimo a 09.06.2021 às 20:03


O épico "25 de Abril", para mais de metade do eleitorado português morreu e já há muito tempo. Nota-se claramente.

Assim como nos últimos tempos da outra senhora se comemorava, pateticamente, o "28 de Maio", agora, não menos pateticamente, os donos do sistema comprazem-se em fantasiar encenando um esquizofrénico velório, o seu "25 de Abril".
Tragicamente a história repete-se.

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