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Praia cheia, um casal com aspecto perfeitamente normal resolve passear dois belos pastores alemães sem os levar pela trela.
Passam entre mim e cinco dos meus netos e comento que me parece óbvio que as crianças estão assustadas.
O senhor responde-me perguntando se acho óbvio, encolhe os ombros e prossegue sem o menor gesto para controlar os cães (aliás, educadíssimos e bem treinados).
Pergunto-lhe se não vê o resultado do que está a fazer e as crianças em pânico.
Responde-me que nem ele nem os cães fizeram mal a ninguém.
Insisto que isso é irrelevante, as crianças estão assustadas e os cães andam à solta, aproximando-se, mansamente, é certo, o que faz com que fiquem mais assustadas e, por vezes, a chorar de medo.
O resto da história não interessa, o que me faz confusão é a atitude que penso que tem, na base, uma opinião clara dos senhores: as crianças terem medo de cães é um erro de educação e o que é preciso fazer é ensinar as crianças a não ter medo de cães, não é respeitar o medo dos outros e evitar levar cães para o meio de uma praia onde há gente de toda a maneira e feitio, incluindo os que não gostam de cães, os que têm medo de cães e os que consideram os cães como membros da família.
Algures no tempo, talvez tenhamos perdido a noção de que a base da educação é o respeito pelos outros, tal como eles são.
Ou eu, simplesmente, estou desfasado deste mundo: não consigo perceber como se considera normal que o que eu penso sobre o mundo é mais relevante que a minha obrigação de respeitar as diferenças do outro em relação a mim.
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