Também me tem passado pela cabeça coisa semelhante ao que acaba de dizer. A sua teoria faz sentido e "si non è vero... "
Ou seja, aquilo que no início terá sido uma epidemia que evoluiu para uma pandemia, abriu brechas tão fundas nas sociedades a um nível planetário de tal ordem que isso possibilitou uma conjuntura única para que o mundo se convertesse num gigantesco laboratório ou observatório do comportamento humano. Por hipótese, estaríamos a ser observados como cobaias duma qualquer experiência. E a questão é a de saber quem a supervisiona e quem nos observa e faz a recolha e registo desses dados. E sobretudo: com que finalidade?
Do domínio da ficção científica é que já não me parece que seja, por ser tão certo e tão real, que o mundo está a ser invadido por uma espécie de neo-totalitarismo, por enquanto ainda informe e de contornos desconhecidos, mas que avança a uma velocidade vertiginosa como nunca antes vista, aproveitando avidamente uma conjugação única e inesperada. Presenteados por este momento ideal, eis o terreno fértil dos tiranos, com todas as suas armas de destruição sob as formas de controlo, de censura, desde a instauração do pensamento único, aos medos dos "cancelamentos" e aos actos de expiação públicas. Porque, na voragem destes tempos revoltos e num contexto de grandes fragilidades e medo, as sociedades encontram-se desarmadas, indefesas, e sem capacidade de reacção. Perde-se perigosamente o senso crítico. Não se tem visto visto uma predisposição para todas as cedências, sem luta, sem ânimo, numa total entrega das nossas vidas privadas, invadidas e vigiadas e uma aceitação voluntária da perda das nossas liberdades?
Que não paguemos caro a nossa imprudência.