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Theresa May marcou eleições antecipadas depois de prometer que não as marcaria. Recorde-se que chegou a PM em resultado da demissão de Cameron após o resultado do Referendo realizado no ano passado e ainda na sequência do desentendimento entre grandes destacados dirigentes conservadores: George Osborne, Boris Johnson, Michael Gove. Tenha-se também presente que a posição inicial da deputada conservadora e agora PM era favorável à manutenção do Reino Unido na EU, ou seja, contra o Brexit.
Mas Theresa May marcou mesmo eleições antecipadas para reforçar a sua capacidade negocial junto da EU. Apostou em reforçar a maioria absoluta (que já tinha). Perdeu a aposta mas ganhou as eleições (sim, ganhou apesar de muitos comentários que para aí andam que deixam a entender que foi derrotada). Os trabalhistas, liderados por Jeremy Corbyn, conseguiram crescer eleitoralmente e aumentar significativamente o nr.de deputados mas não ganharam!
Face ao cenário de maioria parlamentar não absoluta, Theresa May negociou o apoio dos irlandeses do DUP (Partido Unionista Democrático). Mas ao que tudo indica, segundo esta notícia, “anunciou hoje que chegou a um princípio de acordo com o Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte para governar com o apoio pontual, mas aparentemente sem coligação.” Ou seja, terá aprendido com o PM português e as “Posições Conjuntas”.
Os unionistas do DUP são bem mais conservadores que os próprios conservadores (são contra o aborto e contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo) e a Irlanda do Norte foi uma das regiões do Reino Unido que votou claramente a favor da manutenção do Reino Unido na União Europeia no referendo de Junho do ano passado, com uma percentagem de 56%. Um dos pontos pelo qual os unionistas se irão bater é pela manutenção de uma fronteira aberta com a República da Irlanda do Norte. Os unionistas conseguiram 10 deputados mas serão o garante da maioria parlamentar do Governo liderado por Theresa May
A PM britânica não vai ter tarefa fácil pois vais ter de negociar em três frentes: EU, unionistas e os seus próprios parceiros do Partido Conservador. O que irá conseguir: Soft Brexit ou Hard Brexit? Sobreviver à contestação entre os seus pares conservadores? O que vai ceder aos unionistas? Uma verdadeira british geringonça!
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