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A fraude como método

por henrique pereira dos santos, em 05.10.25

Não, não vou falar da fraude usada pelos barquinhos para fazer a sua performance política, insistindo que se tratava de uma missão humanitária quando, evidentemente, não transportavam nenhuma ajuda humanitária relevante (sim, as autoridades israelitas dizem que não encontraram ajuda humanitária relevante nos barcos, mas são as autoridades israelitas, parte interessada, portanto as suas informações devem ser ouvidas com a cautela com que se ouvem partes interessadas sobre o que quer que seja, mas a quantidade de indícios que, desde o primeiro dia, apontavam para a inexistência de ajuda humanitária relevante nos barcos é esmagadora e só a opção mediática de fingir que não os viam explica o sucesso dessa fraude nas opiniões públicas da Europa).

O que me interessa é a posição oficial dos UN experts (não traduzo para não incorrer em confusões involuntárias) que se pronunciam num site oficial das Nações Unidas sobre o plano de paz de Trump.

Estes expertos independentes, que durante os últimos dois anos lançaram (uns mais que outros) apelos lancinantes ao cessar fogo imediato, mesmo que isso significasse uma vitória tão retumbante do Hamas que nem os reféns eram obrigados a libertar, porque havia uma situação humanitária inaceitável em Gaza, de repente, ao contrário da Autoridade Palestiniana, da generalidade dos países árabes da região e de muitos outros, deixaram de ter pressa em chegar à paz em Gaza.

Porquê?

Porque os termos da paz em Gaza correspondem, de facto, à rendição do Hamas e não aos termos que estes expertos e os altos funcionários da ONU, incluindo Guterres, sempre entenderam que eram os termos aceitáveis de um cessar-fogo, isto é, a rendição de Israel e o abandono dos mecanismos que asseguram a defesa do Estado de Israel.

No caso da ONU, mesmo que vá pela sombra, será muito difícil recuperar dos danos de credibilidade que o pântano em que vive lhe causa.


30 comentários

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De Anónimo a 05.10.2025 às 15:46

Parece haver um lamento generalizado entre os membros da flotilha; as meninas meninos "não estão a receber o tratamento que merecem".


Se calhar até recebem mais do que merecem.


A não esquecer que foram meter-se com Israel aliando-se objectivamente aos terroristas que o atacam.


A não esquecer que Israel tem mais que fazer e assuntos de muito maior importância onde aplicar os seus recursos.


Sendo assim só podem queixar-se de si próprios.


E aprendendo a lição, da próxima vez vão abanar-se para outro sítio.
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De Anónimo a 05.10.2025 às 21:16

E abanando-se sacodem a amiba que lhes habita o pensamento.
Coisa falsamente refrescante.
De onde a crise de ansiedade permanente que inevitávelmente vai contagiar a amiba, ao ponto da bicha entrar em movimento perpétuo.
Todo o perigo reside aqui pois a amiba pode, facilmente, adquirir o controlo.
É lícita a dúvida; e se já assumiu ?
Ora vão ler Tales de Mileto para saber como se poderá resolver a questão.
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De Leitor a 05.10.2025 às 17:16

"Estes expertos independentes, que durante os últimos dois anos lançaram (uns mais que outros) apelos lancinantes ao cessar fogo imediato, mesmo que isso significasse uma vitória tão retumbante do Hamas que nem os reféns eram obrigados a libertar, porque havia uma situação humanitária inaceitável em Gaza, de repente, ao contrário da Autoridade Palestiniana, da generalidade dos países árabes da região e de muitos outros, deixaram de ter pressa em chegar à paz em Gaza."


Síntese acertadíssima. Parabéns pelo post.
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De Anónimo a 05.10.2025 às 18:23

Os "activistas" regressam hoje a Portugal, melhor dizendo, foram corridos, rápido e curto por Israel,  depois da triste figura que fizeram.


Mais uma inglória vitória da triste e finíssima extrema.


Ao velho Arnaldo de Matos é que nunca enganaram.
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De Filipe Costa a 05.10.2025 às 21:46

Os israelitas nem quiseram saber dos tlm's, para quê? Eles têm a cópia integral na Mossad, o Pegasus anda ai.
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De Anónimo a 06.10.2025 às 06:52

As elas e os eles da tão célebre  Flotilha acabam de regressar, corridos sem glória das terras de Israel.


Como era de prever começou bem e acabou melhor.


Os egos imensos nem foram arranhados, regressando á pátria indiferentes a esta e ao mundo se estarem coiso para eles.





















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De Anónimo a 06.10.2025 às 08:13

"Os mesmos activistas que há algum tempo destruíam quadros e atiravam tinta para cima dos políticos por causa da emergência climática, agora andam de lenço palestiniano ao pescoço, deitam centenas de telemóveis ao Mediterrâneo sem pensar na contaminação das águas e, com variantes consoante os países, vão da violência verbal à física contra os judeus e Israel. Tal como em Gaza não há genocídio algum também o planeta não está à beira do fim.

Amanhã outra causa virá. Igualmente urgente e inadiável pois é esse factor urgência que os activistas usam para justificar o atropelo das regras e a violência a que recorrem. Nada disto surpreende ou espanta. O que não se pode continuar a tolerar é que os líderes do centro continuem a reconhecer-lhes uma qualquer superioridade moral e a tomar medidas a reboque dos seus slogans." Helena Matos

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De Anónimo a 06.10.2025 às 10:55

Cara Helena Matos 


Líder é por definição o que faz o caminho. 


A reboque só os que andam por aí.
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De Anónimo a 06.10.2025 às 13:23

O texto supra não foi aqui postado pela Helena Matos. Trata-se de um excerto seu (dela) que transcrevi e com o qual não podia estar mais de acordo.

 https://observador.pt/opiniao/o-reconhecimento-do-estado-de-submissao/
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De Anónimo a 06.10.2025 às 14:13

«Líder é por definição o que faz o caminho»
Embora discorde da posição do governo em relação ao "estado" da Palestina (neste momento e no actual contexto), tenho de sublinhar que foram eles que "fizeram o caminho", pois foram pioneiros, revelando uma certa coragem.  Em contraste, assistimos a toda esta grande farsa e hipocrisia desmedida desses extremistas da esquerda radical, BE, Livre e outras agremiações revolucionárias do mesmo jaez, que nada fizeram e nunca se pronunciaram, nem tomaram a dianteira, nem tiverem nenhuma iniciativa (repito: nenhuma!) em relação ao tema "Palestina" quando fizeram parte da geringonça que os respaldava. Esse foi um tempo áureo para as esquerdas que colhiam o total apoio e colaboração da CS e dos jornalistas que os validavam. É caso para nos interrogarmos: por que razão desperdiçaram a ocasião? 
Não deixa de ser estranho que só agora, (muito convenientemente) o tema se tenha tornado de grande urgência para toda esta gente. Ei-los num afã, a opinar e a rasgar as vestes pela causa palestiniana. Tudo isto cheira a fraude, a impostura e é, sobretudo, de uma tão grande desonestidade intelectual que causa repulsa. Haja decoro! 
  
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De EO a 06.10.2025 às 08:39

Um título certeiro para um artigo que subscrevo inteiramente!
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De cela.e.sela a 06.10.2025 às 15:00

La creación del Estado de Israel 
El nacimiento del Estado de Israel no fue el fruto de una conspiración de gobiernos manipulados tras las sombras por el sionismo: Estados Unidos, el Reino Unido y la Unión Soviética tuvieron sus dudas al respecto, ya que querían evitar enemistarse con los países árabes, proveedores de petróleo. Tanto los occidentales como los soviéticos tenían dudas sobre a qué bloque se integraría Israel en la naciente guerra fría. Muchos diplomáticos del Departamento de Estado suponían que el nuevo Estado sería una parte más del bloque socialista, una presencia peligrosa por su cercanía al canal de Suez. La URSS, que en un principio apoyó la creación del Estado de Israel, luego viró en su posición anhelando aproximarse a los países árabes, y alimentó una narrativa antisionista que al día de hoy sigue siendo determinante en las posiciones de la izquierda radical europea. 

Por Ricardo López Göttig
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De Anónimo a 06.10.2025 às 15:02

O mal da ONU, a ideia era resolver as guerras á mesa, foi ter-se multiplicado para tantas coisas e mesas que já só é uma confusão de gente e mesas.


Carregam no pedal humanitário esquecendo, pelo menos parece, a questão das guerras.


Mesmo assim ainda bem que existe.



Talvez seja políticamente incorrecto, mas não terá a ONU civis a mais e militares a menos ? 


É que sendo os militares treinados para fazer a guerra não serão eles os melhores a cuidar da paz ?
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De Marques Aarão a 06.10.2025 às 16:38

Só falta saber quem pagou a conta da boda.

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