De Anónimo a 28.11.2015 às 01:34
Mas a "Europa" não é flor que se cheire. Lembrem-se do que aconteceu na Grécia, quando a "Europa" deixou cair o Samaras. Este queria um programa cautelar mas a UE queria um terceiro resgate. À UE por isso interessava a vitória do Syriza porque assim poderia assumir uma linha inflexível com os gregos até os obrigar a aceitar um terceiro resgate. E assim a UE nunca apoiou o Samaras e até o desautorizou durante a campanha eleitoral, para que este perdesse a face perante os gregos e o Syriza ganhasse as eleições. E a Grécia teve mesmo um terceiro resgate, como queriam os credores.
Cá, vamos pelo mesmo caminho, mas a interesse de quem? Não se esqueçam que o PS sempre foi a p*ta da "Europa". O governo Costa foi imposto pela "Europa" contra a vontade do Cavaco, que queria um governo de gestão, e Portugal vai ser novamente saco de pancada, quando interessar aos poderes externos. Lembrem-se de que o Sócrates foi o pau mandado da Merkel e do Sarkozy, aumentado o investimento público depois da crise de 2008, como eles mandaram, isto quando o nosso défice orçamental era superior a 5% e tínhamos um dos maiores défices externos do mundo. Essa política era correcta para países que tivessem uma folga orçamental, nunca para Portugal. O "pinóquio" depois fez-se de vítima, dizendo que o mundo tinha mudado, pois a "Europa" puxou-lhe o tapete com a crise das dívidas soberanas.
Quem é que foi mesmo o capacho da Merkel em Portugal? Lembram-se de que o Sócrates foi despedir-se da Merkel e do Sarkozy a Berlim e Paris respectivamente, já depois de Passos Coelho ser Primeiro-ministro e antes deste visitar estes governantes? Isto é normal? Comparem as situações. Sócrates é arrasado nas eleições e vai fazer uma vida luxuosa em Paris, fingindo que está a estudar filosofia, depois filosofia política (desde quando é que um "licenciado" em "Engenharia" na Universidade Independente podia fazer um Mestrado em Filosofia na Sorbonne??). Passos Coelho vence as eleições com minoria, é deposto no Parlamento e vai assumir o seu lugar de deputado. É a primeira vez que um ex-PrImeiro-ministro passa ao Parlamento depois de deixar o Governo, tendo ainda por cima o poder lhe sido retirado pelo Parlamento. Quem é que tem verdadeiramente maturidade democrática: Passos Coelho, que aceitou uma função "menor", ou a novo capacho da "Europa", António Costa? A quem é que interessa a política do PS e para quê?