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Escrevi aqui, no final de Dezembro, em quem intencionava votar e por isso não me vou repetir. Destaquei, nesse post, a dificuldade que tinha com o candidato Marcelo no que à eutanásia diz respeito. Um mês volvido e com o país a viver uma verdadeira catástrofe sanitária (na quarta feira registara-se 721 óbitos, o maior número de sempre em Portugal) a eutanásia volta, uma vez mais, a ser assunto do dia. Não, não sou eu a puxar o tema mas sim os deputados da Assembleia da República que, ontem mesmo, aprovaram, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a lei da morte medicamente assistida. O diploma deverá ser votado e (quase com toda a certeza) aprovado na sessão plenária do próximo dia 29 de Janeiro. Choca, choca mesmo, constatar que o parlamento português tenha dado um passo em frente para a aprovação da morte a pedido exatamente no dia em que mais mortes aconteceram no nosso país. Estamos todos numa luta contra a pandemia, com muitos a sofrerem nos hospitais, com os médicos e enfermeiros num esforço colossal para conseguir a sobrevivência dos cerca de seis mil internados e temos os nossos deputados a aprovar a eutanásia. E o que tem isto a ver com o próximo Presidente da República? Tem tudo! Será, aliás, o primeiro assunto que terá de decidir! A eutanásia é um tema que divide a sociedade portuguesa e por isso de uma elevada delicadeza que deverá merecer uma ponderada decisão do próximo PR. Não é uma mais uma Lei nem uma Lei qualquer e por isso o poder constitucional, que um Presidente da República tem, torna-se relevante na decisão de voto na eleição de depois de amanhã. Excepto Marcelo Rebelo de Sousa, todos os outros candidatos promulgarão a Lei. Sim, Ventura também o fará desde que seja devidamente regularizada. O atual PR tem dito repetidas vezes que só tomará posição após a Lei ser aprovada na AR e, em iguais vezes, afirmou que não coloca de parte qualquer das três alternativas possíveis. Ou seja, a posição de Marcelo é um mistério. Irei votar com esta dificuldade na minha consciência mas, como já o referi, em República temos de escolher o Chefe de Estado e, sem dúvida alguma, Marcelo é (comparativamente) o mais bem preparado politicamente (e especialmente num tempo de grandes dificuldades que todos iremos enfrentar).
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