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A Europa, já só remediada e mal agradecida

por Jose Miguel Roque Martins, em 17.02.25

A Europa, os países europeus, têm o direito de escolher os seus destinos. Já mais complicado é imaginar que têm direitos legítimos a que os outros, se curvem perante as suas escolhas, opiniões e interesses. A Europa, fruto das suas glorias passadas e de um complexo de superioridade moral que desenvolveu, passou a acreditar que  tinha direitos, que na verdade não são reconhecidos pelos outros.

Este comentário inicial, é valido para uma quantidade de questões, que passam pela luta contra as emissões globais, pelas políticas energéticas, pelo comercio internacional, enfim, por quase tudo. Mas esta cronica é sobre a questão da defesa.

A Europa, na última semana, sentiu-se verdadeiramente humilhada e agredida pelos EUA e pela Rússia, que a excluíram das conversas que planeiam ter sobre a questão ucraniana.  Na verdade, foi simplesmente ignorada porque, por escolha própria, deixaram de ser relevantes em termos militares. Perderam o lugar à mesa dos crescidos. Não têm legitimidade real, para ser considerada.

 A dependência de defesa dos Estados Unidos, não aconteceu por incapacidade. Deu jeito, permitiu investir no estado social, noutras políticas consideradas prioritárias. E até agora, foi uma opção que correu bem, já que os EUA aceitaram o encargo e não excluíram os europeus dos processos de defesa, ao longo dos últimos 70 anos. Muito foi conseguido pelos países europeus, pela poupança que realizaram na sua defesa.  O que aconteceu, não por terem essa obrigação para com os Europeus, mas porque consideraram ser essa uma opção  vantajosa, ou uma generosidade suportável, face a outros objectivos que traçaram. Aparentemente já não é assim. E não foi por falta de avisos desde a administração Obama. 

Nos jornais de toda a Europa, o tom é de grande indignação. Na verdade, deveriam agradecer aos EUA os bons tempos que lhes foram proporcionados e começar a fazer pela vida. Ou abdicar de vez, da sua soberania plena.


16 comentários

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De César a 17.02.2025 às 15:30

 A auroresponsabilização dá trabalho. É preferível o discurso de vitimização. Continuam em negação, enredados em "alterações climáticas" que apenas servem para desindustrializar a Europa e deixá-la para trás e movimentos woke e multiculturalismo que fractura a sociedade europeia, enfraquecendo-a.
Por isso JD Vance fez o discurso de Munique e foi tão criticado pelos burocratas europeus: tocou na ferida. E doeu. Mas como preferem matar o mensageiro em vez de discutir a mensagem....
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De O apartidário a 17.02.2025 às 20:14

Esta Europa (da UE e não só) está enredada pela agenda globalista, e agora com a derrota do partido do globalismo nos EUA (o partido democrata) o centro desse polvo é  Bruxelas. 
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De O apartidário a 21.02.2025 às 08:50

E o vaticano de Francisco:
Liz Yore and John Henry Westen join Steve Bannon on Warroom to discuss new revelations of Theodore McCarrick partnering with the Obama administration and Pope Francis to advance the globalists' new world order agenda.(canal Complicit Clergy)

https://youtu.be/dMHJEnUNwms?si=2Yu9FQ1hJEHTeGbE
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De O apartidário a 19.02.2025 às 13:38

Por cá no Rectângulo chamado Portugal :

A urgência de investir em Defesa para fazer face às necessidades da segurança europeia e a uma nova ordem imprevisível, foi sublinhada pelos oficiais-generais do GREI num seminário organizado há dois anos, mas hoje está ainda mais atual. Um livro com esses textos será lançado esta quinta-feira.
Um par de anos depois de o GREI ter enviado uma carta ao Presidente da República a dizer que as Forças Armadas estavam em “pré-falência” o almirante Melo Gomes, ex-chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), foi duro nas críticas, alertando para um cenário internacional onde “não será de excluir a possibilidade de uma confrontação mais global”.

No evento, que foi fechado pelo Presidente da República, Melo Gomes tinha apontado ao Governo socialista de então e aos antecessores do PSD/CDS: “Não é mais possível ignorar as fragilidades existentes e prosseguir na inércia de, pelo menos, uma década, sem que as consequências não se venham a revelar desastrosas para os interesses nacionais. A situação que hoje se vive nas Forças Armadas não é acidental, resulta de uma vontade tutelarmente assumida e democraticamente validada. Todos nós temos razões para nos preocuparmos.” Agora, com Portugal no sétimo lugar dos piores países da NATO, com 1,48% do Produto Interno Bruto (PIB) gasto em despesas militares, a preocupação aumenta pela necessidade de fazer uma recuperação mais rápida: na próxima cimeira da NATO, em junho, o objetivo pode passar para 3% ou 3,5% do PIB, o que representará mais do que duplicar o orçamento português em Defesa.  ------------  Continua 
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De O apartidário a 19.02.2025 às 19:01

O aumento dos riscos para a segurança mundial “não parece ter merecido, em tempo, a devida atenção por grande parte da sociedade civil e, também, por parte dos decisores políticos”, afirmou então Melo Gomes, presidente da Mesa do GREI. Já com a guerra da Ucrânia em estado avançado, mas sem saber que os Estados Unidos iam deixar os europeus sozinhos - como ficou claro durante a Cimeira de Munique a semana passada -, o almirante tinha argumentado ser “incontornável a necessidade de considerar as implicações do quadro de crise e da conflitualidade vigente e dedicar, agora, uma especial atenção às Forças Armadas por forma a que possam assegurar, com a maior brevidade, a sua adaptação aos tempos atuais”.

Neste momento, com o volte-face de Donald Trump, os países europeus já discutem o eventual envio de forças de manutenção de paz para a Ucrânia, o que representaria um novo encargo financeiro, mas também um esforço significativo do ponto de vista militar.

No texto que agora consta do livro, o almirante reformado acusou mesmo o poder político, mais concretamente o Governo socialista da época, de manipular a verdade, ou de mentir: “Tudo o que temos vindo a dizer, há anos, tem vindo infelizmente a verificar-se: a relação com a realidade alterou-se, as opiniões assumiram maior relevância do que os factos e o discurso oficial nem sempre - poucas vezes - coincide com a comum perceção do que, na verdade, se passa”. Só que nas Forças Armadas “não há lugar a improvisações”.

Passados dois anos, a situação melhorou ligeiramente para o pessoal, com a atribuição pelo novo governo PSD/CDS de subsídios mais altos a todos os militares, subidas de salários em escalões inferiores e em algumas especialidades. Na área do armamento, foram assinados vários contratos sobretudo para reequipar a Marinha.
Na intervenção que vai fazer no lançamento do livro, Melo Gomes repetirá o discurso de há dois anos, com uma nota final de ironia: “Esta intervenção poderia ter sido elaborada por uma qualquer plataforma da inteligência artificial… não foi!”

Daqui https://expresso.pt/politica/defesa/2025-02-19-generais-lancam-livro-premonitorio-do-nacionalismo-que-esta-a-gerar-a-nova-desordem-mundial-174f33fa
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De Anonimo a 17.02.2025 às 16:58


Havia feito um comentário sobre este tema, que por coisas do digital se perdeu antes de chegar ao destino (tem havido assim uns quantos).
A Europa tornou-se irrelevante, por opção própria. Com a queda do Muro, criou-se a ideia não só de que "ganhámos", mas também de que a teoria das zonas de influência havia terminado, sendo os EUA o líder global, e a Europa o seu "sidekick".
Não é somente na força tácita das armas que os europeus ficaram a dormir, é mesmo na questão diplomática. Basta olhar para África, onde USA, Rússia e China dominam a 100% (mais os extintos isis), com a Europa a vê-los passar.
Mas a questão para a qual estamos a acordar não é apenas em matéria de defesa do ponto de vista do investimento, a Europa deixou-se ultrapassar no sector tecnológico pela China, o que acaba por ter repercussões também no sector da Defesa.
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De O apartidário a 19.02.2025 às 07:23

Os gastos em Defesa e a crise europeia (do articulista/ comentador mais verdadeiro, assertivo e pertinente em Portugal) :

A reacção dos políticos europeus foi a de choque e de escândalo. Não lhes ocorreu que esta era a enésima oportunidade concedida à Europa para assumir responsabilidades que são inequivocamente suas e assumir custos que têm de ser seus. Macron, liderando o bando de inexistências políticas europeias, com a sua habitual e esgotada grandiloquência, não se lembrou de fazer um balanço honesto da iniciativa europeia de 2017 chamada “cooperação estruturada permanente” em matéria de defesa, anunciada então com todos os truques retóricos de mudanças histórico-universais. Ninguém reconheceu que ano após anos todos os Estados-membros da UE praticamente sem excepção se tornaram especialistas a vigarizar as contas exigíveis dos gastos em defesa – os famosos 2% do PIB em despesas globais com a defesa e os convenientemente esquecidos 20% dessa despesa em equipamento militar.  --------Continua 

https://www.sapo.pt/opiniao/artigos/os-gastos-em-defesa-e-a-crise-europeia
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De Silva a 17.02.2025 às 17:03

O que há a fazer é implementar rapidamente e em força, reformas estruturais a começar, repito, a começar pela abolição do salário mínimo, liberalização dos despedimentos e abolição dos descontos seguindo-se outras reformas estruturais.


Tudo o resto fluirá muito mais rapidamente.
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De Cão que fuma a 17.02.2025 às 23:07

https://www.caoquefuma.com/2025/02/a-europa-ja-so-remediada-e-mal.html
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De cela.e.sela a 18.02.2025 às 09:06

«Pobres e mal agradecidos
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De O apartidário a 19.02.2025 às 16:11

[Error: Irreparable invalid markup ('<span [...] ;>') in entry. Owner must fix manually. Raw contents below.]

<p dir="ltr"><span style="color:#0F0F0F;"><span style="font-size:14px" ;="">Miguel Morgado, no seu habitual comentário televisivo, destrói completamente a narrativa de esquerda que os média apregoam sempre.(no caso sobre o pós catástrofe de Valência onde a Rtve fez claramente a defesa do partido Psoe no Governo central em Espanha tal como vimos nos últimos anos a defesa dos partidos esquerdistas em Portugal pelas televisões ,em especial a RTP e a Sic).  Reparem bem na expressão da pivot do programa e do outro comentador afecto ao PS.(no canal Rui Pimenta )</span></span></p><p dir="ltr"><span style="" ;=""><font color="#0f0f0f"><span style="font-size: 14px;">https://youtu.be/uZ26LW1ufSs?si=hVdKR6Wrih8P1Gxr</span></font></span></p>
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De O apartidário a 18.02.2025 às 15:05

Os desgovernantes europeus (cúmplices da administração democrata de Biden e do globalismo) estão agora atrapalhados:

En este video, Trump humilla a Pedro Sánchez, Von der Leyen, Macron y Scholz y explica por qué Europa es irrelevante. ¡No te lo pierdas! ( video em castelhano bastante fácil de entender )

https://youtu.be/vy6CLLvaic8?si=erUijLrlPMEXyrTZ
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De O apartidário a 18.02.2025 às 16:34

E do mesmo canal:
A reunião dos estarolas europeus do globalismo (excepto a sra Meloni)em Paris, canal Roberto Crobu psicólogo

https://youtu.be/FIlDOp6j3Uk?si=ZZubRavI0_neslL0
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De Anónimo a 18.02.2025 às 18:25

É verdade que deu jeito à Europa sub-contratar um escudo militar aos EUA. Mas os EUA ganharam um mercado importante para as suas armas e, mais importante, asseguraram área de influência estratégica junto do território do seu inimigo ideológico e geopolítico mais importante: a Rússia. 


As prioridades mudaram e a China ocupa o lugar que a Rússia ocupava em termos geopolíticos. Mas Trump, ao contrário de todos os seus antecessores, não é inimigo ideológico da Rússia. É inimigo ideológico da União Europeia, assim como de todos os seus antecessores na Presidência dos EUA (Ronald Reagan e George W. Bush incluídos). 


Portanto, a alteração radical de política externa não se deve a algo que a Europa tenha feito ou deixado de fazer. Deve-se ao facto de querer, conjuntamente com a Rússia, dinamitar o último grande bastião de democracia liberal existente (sim há por aí outros países liberais, como a Austrália, a Nova Zelândia, o Japão, a Coreia do Sul e Singapura, mas estes dificilmente resistirão se a União Europeia e Estados Unidos sucumbirem ao autoritarismo, alinhando com uma Rússia e China autoritárias).


A Rússia e os seus representantes nos EUA, Trump, Vance e Musk, sabem que o projeto Europeu não resiste sem a Alemanha, França e Reino Unido. Já conseguiram retirar o Reino Unido da equação (Farage é outro pau mandado da Rússia). A França ninguém garante que não descarrile (é uma incógnita o posicionamento Europeu da Le Pen pois já mudou de agulhas várias vezes). E agora fazem tudo para apoiar o único partido que, na Alemanha, defende a saída do país da União Europeia. 


Mas por cá o desporto nacional é a "bater no ceguinho" acrescentado cacofonia à cacofonia existente na União Europeia. Vamos a isso. Vamos enterrar-nos cada vez mais. 
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De Anonimo a 20.02.2025 às 08:17

Musk Não é facho, limita-se a fazer as suas apostas. Ganhou a dos USA, as europeias veremos.
Mas é o homem mais inteligente de sempre, e uma força do Bem, por isso há que apoiar.
Entretanto há muita gente a acreditar na paz pela força, pode ser que ainda tenham de sair do podcast e bater pala numa twrra distante. 

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