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Especialmente gozosa a crónica, no JN, de Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, versando a inefável ética republicana. Explicando, nas suas contradições, essa ética que pressupõe duas Éticas, uma - a dos republicanos - superior à outra, a dos inquestionáveis valores primordiais.
Nuno Botelho ilustra a impagável ética republicana com o Governo de Costa. Com os Cabritas, os Vieiras da Silva, os Cravinhos - descobriu-se agora: os Zorrinhos também - os Soares e quantos mais, tudo ao monte e fé no Supremo Arquitecto.
Assim - desde sempre assim - a República se explica. Aos costumes (à costumeira vozearia) redarguirei com o cunhado do Rei de Espanha, a cumprir pena de prisão. E com Carlos César, num último dizer antes de embarcar para o Continente - a César o que é de César. E lá ficou a sua família, zelando pelos seus interesses. Não há dúvida, assim nasceu a República, assim subsistirá, entre punhais e veneno, compadrios e intrigas, nepotismo e revanches - perseguições políticas em que Salazar apenas se evidenciou um bocado mais do que os outros.
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