Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




A esquerda queria que a Inglaterra fosse como a esquerda queria

por José Mendonça da Cruz, em 24.10.22

É tal o peso de canga socialista e ignorância sobre os nossos telejornais e sobre os correspondentes que enviam a Londres que telejornais e correspondentes afirmam que o governo conservador devia demitir-se e ir para eleições gerais. Com comovente candura apresentam até como justificação o facto de trabalhistas e liberais defenderem isso mesmo.

Telejornais portugueses e respectivos correspondentes em Londres gostariam, portanto, que o Partido Conservador, que tem uma maioria absoluta desde 2019, desistisse na altura em que as sondagens lhe dão números muito baixos, assim colocando os trabalhistas no governo. Esta é a canga socialista que pesa sobre os nossos telejornais e respectivos correspondentes.

A ignorância está em não saberem como funcionam as respeitabilíssimas instituições inglesas, e em ignorarem, nomeadamente, que o Primeiro ou Primeira Ministro/a inglês/a não conta, como cá, com ministros que são apenas da sua confiança; antes, em Inglaterra o/a PM  tem como membros do governo membros do Parlamento eleitos por circunscrições importantes. O que não só faz deles bem mais que ajudantes do Primeiro-Ministro, como lhes confere um estatuto de peças autónomas do governo, que podem trocar de lugar com o chefe do mesmo governo, se o partido eleito para governar assim entender.

Podiam-se lembrar, ao menos, de Thatcher e John Major. Mas, lá está, a ignorância pesa. 


26 comentários

Sem imagem de perfil

De anónimo a 25.10.2022 às 00:33


Realmente, que o comum eleitor português esteja a ser enganado, vai para meio século, quanto ao valor do seu voto, ao valor de esta pseudo democracia engendrada por comunistas e defendida por socialistas... compreende-se. Mestade do eleitorado já não alinha neste absurdo.

Entretanto jornalistas que queirem ser respeitados desconhecem os dados básicos do que estão a aanalizar é demasiado caricato. Ou estão apenas a panfletar, eles e os seus editores?. 
Imagem de perfil

De O apartidário a 26.10.2022 às 20:19

É desconhecimento e panfletar ao mesmo tempo. 
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 25.10.2022 às 09:06

O José Mendonça da Cruz faz bem em tentar esclarecer os brutos deste país. Mas olhe que o seu esforço é inglório, porque a maioria dos portugueses desconhece o sistema inglês e continuará a ignorá-lo. E desconfio que nem o do seu próprio país têm interesse em perceber! E por essa razão, como podem desejar ou exigir a reforma total do seu sistema eleitoral. Quem lê? Quem procura estar minimamente informado? Poucos!...E é pena, porque todos os fracassos e misérias deste país falhado nascem da ignorância e iliteracia generalizadas que, por sua vez, geram este conformismo, esta cegueira crónica dos portugueses, que os leva a aceitarem com mansidão todas as albardas que carregam e todas as cangas que lhes põem em cima. 

Como diz há uma grande diferença entre o nosso sistema e o inglês.
No nosso caso, o 1º ministro "faz" ministros os amigos que vai buscar ao seu círculo íntimo e estes, por sua vez, "recomendam" outro de muita confiança, de quem  já foi sócio, camarada ou coisa parecida, numa teia intrincada de que só distinguimos a mais descarada arbitrariedade e impunidade absoluta.  E é deste autêntico assalto ao poder (por um bando sem-vergonha) que nascem todos os conluios, o nepotismo, o amiguismo, o compadrio, o favorecimento mais impudente, as "jogadas", as corrupções, os negócios mais promíscuos entre amigos e parentelas ( tudo gente escolhida a dedo, que não pia, que não denuncia, pois é tudo «gente da casa», gente de «confiança» disposta a tudo, a cometer toda a espécie de atropelos para se manterem  onde estão.
Não há um único ministro inglês que não tenha sido eleito. O mesmo é dizer que o 1ºMinistro não tem liberdade para escolher onde quer e como lhe apetecer. Um cidadão pode candidatar-se livremente a deputado do seu distrito , ou seja, tem a liberdade de poder fazê-lo sem pertencer a nenhuma estrutura partidária. A eleição de qualquer deputado, mesmo que seja partidária, é sempre uninominal e é escolhido pelo seu distrito unicamente (não pelas "estruturas" da máquina partidária como em Portugal). Portanto nem a escolha  nem a posterior eleição  dos deputados dependem do poder central do partido, nem do governo. Ele só responde perante o seu distrito.
No momento de formar governo, o 1º Ministro inglês tem  obrigatoriamente de escolher entre os deputados eleitos  quem vão ser os futuros ministros. Ou seja, qualquer Ministro foi validado pelo povo pois foi previamente escolhido,  eleito e confirmado democraticamente pelo voto do povo. 
Nenhum  1ºMinistro inglês "convida" amigos para Ministros, gente que ninguém elegeu  ninguém conhece, nem sabe de onde vieram. Os "amigos" íntimos do 1ºMinistro inglês não têm qualquer hipótese de assaltar o poder.
Eis a diferença entre uma Democracia saudável e consolidada e um arremedo de democracia «à medida» de uns quantos nababos
Imagem de perfil

De O apartidário a 26.10.2022 às 20:25

Um regime politico de bananas e sacanas sem margem para dúvida. 
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 25.10.2022 às 10:11

Se acontecesse ao contrário, qual era canga? E já agora que peso teria?


Será que o partido trabalhista também é ignorante? É que também pede eleições gerais.


Enfim, ficámos a saber que o partido trabalhista não conhece o sistema politico onde disputa o poder.
Sem imagem de perfil

De José Mendonça da Cruz a 25.10.2022 às 16:51

Não se faça desentendido. Os trabalhistas têm toda a legitimidade e interesse em defenderem eleições para já. Os jornalistas é que não. Aos conservadores foi confiado um mandato com maioria absoluta. Em eleições, não em sondagens.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 25.10.2022 às 10:56

Qualquer deputado que se senta naquele Parlamento inglês está ali por direito próprio, em seu nome pessoal, porque, como o Sr. disse, no Reino Unido eles são eleitos uninominalmente por circunscrições importantes que os propõe e escolhe os nomes. O que faz deles, como bem referiu, "peças autónomas do governo", pois a existência e permanência dos deputados no Parlamento não dependem do governo. É precisamente o inverso: o governo é que deve prestar contas aos deputados. Desta feita, se o governo ou o 1ºMinistro forem destituídos de funções não significa que os deputados percam automaticamente o seu mandato e se dissolva o Parlamento. Nem mesmo os deputados do partido que esteve a governar.(Só por má fé, ou pela tal "canga socialista" é que os nossos enviados especiais não referem como funcionam as Instituições britânicas).  
O que deviam ter salientado e informado _como seria seu dever_ é que os deputados têm um estatuto que lhes confere uma grande liberdade, independência e autonomia, ou seja, não  temem pelo seu lugar, visto não estar dependente do poder e daí sentirem-se livres e sem constrangimentos para criticar às claras, abertamente e, se necessário, destituir o 1º Ministro (como se viu). Quanto mais questionado for um governo e mais escrutínio houver, só contribui para melhorar a Democracia. Após os trâmites legais previstos escolherão, ou não, eleições antecipadas ou um novo 1º Ministro que entendam mais adequado. 
Os nossos "enviados especiais" fariam pedagogia da boa, se esclarecessem o povaréu de cá sobre as diferenças: explicariam que em Portugal não há esta liberdade para os deputados, nem o partido lhes confere qualquer autonomia. Se levantarem muito a crista e discordarem abertamente e publicamente, tornam-se um grande incómodo e, consequentemente, serão corridos pelo partido (é o partido que propõe o seu nome, sublinhe-se). Ora, a sua escolha é absolutamente dependente dos bons serviços prestados ao partido para irem, ou não, nas "listas" das próximas eleições. 
Percebe-se porque são os nossos infelizes deputados uns "yes-minister"  obrigados a fazerem aquele desgraçado papel de ventríloquos do governo! 
Imagem de perfil

De O apartidário a 26.10.2022 às 20:31

Os nossos "enviados especiais" fariam pedagogia da boa, se esclarecessem o povaréu de cá sobre as diferenças: explicariam que em Portugal não há esta liberdade para os deputados, nem o partido lhes confere qualquer autonomia." ------ e os jornalistas têm autonomia para serem isentos e capazes?  
Sem imagem de perfil

De balio a 25.10.2022 às 11:42


O que os comentadores de telejornais sabem é que, em democracia, o governo deve ser escolhido pelo povo. E sabem que o Partido Conservador tem atualmente apenas uma minoria dos desejos do povo. Os comentadores de telejornais intuem, em minha opinião bem, que um partido que sabe que já não é da vontade do povo deveria permitir que esse povo se pronunciasse.
A questão, felizmente, não se coloca em Portugal, dado que em Portugal existe, felizmente, um Chefe de Estado que tem o direito de, quando se apercebe que o Parlamento já não corresponde aos desejos do povo, o dissolver e convocar eleições antecipadas.
No Reino Unido, lamentavelmente, não existe tal coisa, pelo que o povo tem que arcar com um Parlamento que já não o representa.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 25.10.2022 às 14:01

"tem atualmente apenas uma minoria dos desejos do povo."

Como sabe? Já foram a votos? Ou "é cá uma fèzada" induzida pelo jornalismo "wish thinking" enfeudado ao socialismo?
Sem imagem de perfil

De balio a 25.10.2022 às 16:44


Como sabe?


Não sei, em rigor. Mas as sondagens todas indicam-no de forma tão explícita que não dão lugar a dúvidas.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 25.10.2022 às 20:05

Se diz "não sei em rigor" é um contrassenso afirmar "não dão lugar para dúvidas" A 1º afirmação anula  a 2ª. O desconhecimento que diz ter quando afirma "não sei", é reforçado pela sua  incerteza, ao acrescentar "não sei  em rigor" . Assim sendo, não combina com a sua ilacção final: não pode haver dúvidas.
 Não há lógica dizer na mesma frase "sondagens" / "indicam" (porque uma sondagem é uma parcela, uma amostra, uma opção entre várias, com  possibilidade de margem de erro; assim como uma sondagem "indicar" pertence ao domínio do "parecer" e não do "ser",  logo comporta Imprecisão ou incerteza e nunca pode ser "tão explícito" como afirma, porque tal exige  certeza cristalina. 
Balio, só há certeza cristalina no voto contado (em acto eleitoral) pois ele revela  "de forma explícita" um resultado inequívoco (nunca nas sondagens como afirmou), porque só as urnas não dão "lugar a dúvidas".
 Não misture conceitos, não afirme uma coisa e o seu contrário,  porque só leva a confusões entre a realidade e a fantasia de alguns e não serve ao esclarecimento das pessoas. Deve ser isto a que chamam "desinformação".
 E o resto são tretas para nos entreter com o "pensamento mágico" daqueles que acham que se se concentrarem muito num desejo (e o escreverem) fazem desencadear "forças" capazes de o realizar.


P.S. Acabo de ouvir umas sondagens no telejornal em que o PS está a ser fortemente penalizado na avaliação feita pelos portugueses. Ora diga-me: acha que está na hora. por esta auscultação ao povo e vou citá-lo: «dado que em Portugal existe, felizmente, um Chefe de Estado que tem o direito de, quando se apercebe que o Parlamento já não corresponde aos desejos do povo, o dissolver e convocar eleições antecipadas»?.
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 27.10.2022 às 13:05

Há uns anos em Portugal houve uma espécie de sondagem que deu um coelho como o mais votado pela populaça, mas quem sentou a traseira no Governo foi o 2o, coligado com 2 partidos com ainda menos expressão eleitoral.
O rigor pelos desejos do povo coiso e tal, nessa altura elegiam-se deputados, e não Governos.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 27.10.2022 às 19:11

É isso mesmo. E se lhes convier, dizem o contrário: elegem-se governos! E não deputados. Enfim, têm cara para tudo. E os portugueses têm o que merecem que os escolheram.
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 27.10.2022 às 13:01

Ah bom.
Então que se façam sondagens mensais, e cada vez que o Governo tiver menos de 50% de taxa de aprovação, eleições. 
Qual resultado eleitoral e mandatos de 4 anos.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 25.10.2022 às 13:51

"... em Inglaterra o/a PM  tem como membros do governo membros do Parlamento eleitos por circunscrições importantes. O que não só faz deles bem mais que ajudantes do Primeiro-Ministro, como lhes confere um estatuto de peças autónomas do governo, que podem trocar de lugar com o chefe do mesmo governo, se o partido eleito para governar assim entender".

Está aqui tudo dito. 
Nunca é demais destacar-se que todos aqueles que vão formar um qualquer governo são, antes de tudo, membros do Parlamento, portanto, eleitos.  Não são caras desconhecidas dos eleitores, nem são "convidados" pelo 1º Ministro a seu bel-prazer para funções governamentais como se faz em Portugal. Entre nós é sempre aguardado com suspense e muita  curiosidade o momento da surpresa, da "revelação": quem vão ser os "ungidos" para esta ou aquela pasta??? 
Em Inglaterra, pelo contrário, os membros do governo são conhecidos de todos os ingleses _ até porque foram eles que os elegeram... Por conseguinte, os ingleses não vão ter surpresas, sabem de antemão que qualquer deputado do Parlamento eleito por si, é sempre um potencial candidato a membro do governo, Ministro por ex., e em certas circunstâncias, poderem vir a trocar os papéis, substituindo-se ao 1º ministro e passar a assumir essa função. Sem a queda do governo, sem eleições antecipadas, uma vez que o partido está legitimado e mandatado por uma maioria.



Era isto que se devia esfregar aos ignorantes jornalistas  "enviados" para o RU como comentadores encartados.
 
Sem imagem de perfil

De anónimo a 25.10.2022 às 22:57


Agradeço ao anónimo o sua boa intenção, e boa descrição, do que é uma Democracia com "D" maiúsculo, com legítimos representantes dos eleitores num Parlamento e num Governo. Democracia.

Nada assim se passa em Portugal. Aqui engana-se o cidadão.
Tudo muito constitucional, claro, mas apenas apropriação do poder político numa sociedade politicamente inculta, prepetrado sabemos bem por quem e com que intenções. Uma sereníssima classe política vai para meio século.
O resultado está à vista.

Ainda, um dia, haverá um livro branco sobre esta "democracia" em Portugal?.
Imagem de perfil

De O apartidário a 26.10.2022 às 20:35

Branco não sei se haverá mas negro já se pode fazer.
Sem imagem de perfil

De jo a 26.10.2022 às 16:06

Um sistema maravilhos o britânico. Pena que esteja à beira de tornar o país ingovernável. Tornou-se o governo das verdadeiras alfacinhas.
Os ministros são escolhidos entre os eleitos para o parlamento, o que causa que o governo em tempos difíceis não tem coesão nenhuma com os ministros a tentarem derrubar o primeiro ministro para ficarem com o lugar.
Junta-se um Chefe de Estado não eleito que não serve para nada nestas crises, além de gastar o erário público a fazer coisa nenhuma (e a passear a tampa da sanita, ao que se diz).
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 26.10.2022 às 23:39


Crise é ter uma divida de 270 mil milhões e agora que chegou mais uma tempestade não poder socorrer o povo e as empresas.
O exemplo do Reino Unido é o mais correcto numa democracia mas isso vocês odeiam porque não podem controlar e quanto a ter um chefe de estado que exerce uma magistratura de influência torna-se ridículo em função em função da palavra influência  que é sinónimo de nepotismo, amiguismo e impunidade.


P.S. - O balio que largue o observatório e vá trabalhar de preferência para o governo para ver se não escreve tanta bacorada pela internet.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 26.10.2022 às 23:42


Não que seja grande exemplo mas a monarquia espanhola fica bem mais barata que a Republica Portuguesa.
Andam há mais de 50 anos a dinamitar a Nação !
Sem imagem de perfil

De jo a 27.10.2022 às 23:21

Pergunte isso ao Carlos emérito que foi banido do reino pelo filho por corrupção. O cunhado e a irmã do rei foram acusados de corrupção.
Vai barata a festa,
Gostava de ver os números que o levam a dizer que a monarquia é mais barata que a república..
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 27.10.2022 às 07:36

"com os ministros a tentarem derrubar o primeiro ministro para ficarem com o lugar".

Então acha mesmo que é assim?
Camarada, o sistema inglês não é nenhum bananal! Tem regras! Tem limites. Nunca se esqueça de que os ingleses têm arraigados, entranhados, os princípios da Magna Carta desde 1215 !!!  Não é uma pequena oligarquia como a nossa, (à nossa escala) em que um grupo muito restrito de amigalhaços seleccionados _ pela discricionariedade do PM _ exercem o poder. E de que maneira... 
Bem se vê que não percebe nada dos assuntos dos ingleses. E "falar sem pensar é como disparar sem apontar". Geralmente não se acerta!


(Mas nós, portugueses, duma maneira ou doutra, estamos encurralados, sem saídas, porque mesmo que o nosso método fosse como o do inglês, também não estaríamos melhor: ponderando as honrosas excepções, quando se olha para a qualidade de alguns pobres diabos ali sentados como deputados no Parlamento português e se começa a imaginar a tragédia que seria o PM ter de escolher, daquele rebanho, a sua equipa para formar governo! Dá vontade de rir (para não chorar). 
E contudo há alternativa: bastaria que pusessem de lado este refugo, esta pepineira e começassem, finalmente, a ser mais  exigentes e criteriosos nas escolhas dos seus deputados, atraindo os melhores, altos quadros, gente altamente qualificada e prestigiada, que deu provas de competência nas suas carreiras profissionais bem sucedidas pelo seu próprio mérito, sem deverem nada aos partidos. Como fazem os ingleses!)
Sem imagem de perfil

De anónimo a 27.10.2022 às 18:19


Há uma subtileza a considerar.

O PM no Reino Unido é realmente eleito pelos deputados vencedores em nome póprio nos seus círculos eleitorais. Não são escolha do chefe do partido. São escolha, selecção local, e dependem dos seus eleitores.  

O PM em Portugal é eleito por um grupo de personagens do seu partido que

dependem de esse chefe do partido e que os escolhe para se sentarem na AR com o propósito de votarem nele para PM. São seus funcionários de carreira partidária. Um bom emprego, diga-se. Mas óbviamente não são políticos.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 27.10.2022 às 09:51

Pelo que o Jo diz, até parece que no sistema britânico o governo faz o que quer e lhe apetece. Está enganado. Qualquer governo e PM têm de responder perante a Câmara dos Comuns (ou seja, perante os mais de 600 "Membros do Parlamento"). Estes representam o povo e exercem um controlo absoluto sobre as leis e têm o dever de fiscalizar o governo.  Aliás, todos nós já vimos as imagens na TV das idas frequentes e permanentes dos PM's britânicos, exigidas pelo Parlamento, pela Câmara dos Comuns.  E nem lhes passa pela cabeça recusarem-se a ir prestar contas, isso seria impensável (lembra-nos alguma coisa, não?...) É isto que se denomina Sistema Parlamentarista. Parlamentarismo puro e duro, donde emana uma verdadeira e consolidada Democracia, em que o Parlamento controla, escrutina e fiscaliza genuinamente o governo, e maisimpõe-lhe limites ao seu poder. Não sei qual vai ser o desfecho do que está a acontecer no Reino Unido, mas pode ter a certeza de que  lá, nenhum governo tem a veleidade de exercer poderes eternos e ilimitados. 
Ao passo que, entre nós, pela nossa falta de cultura democrática, estamos a permitir que se façam todas as manobras e tentativas de mexicanização (eternização) do partido do governo. Onde não existe transparência, pouco escrutínio pode haver, porque o governo, como é sabido,  muitas vezes sonega informações deliberadamente, não dá satisfações, nem presta os esclarecimentos que são devidos ao Parlamento, mesmo quando este os solicita. Um governo de opacidades, cujo intento é  "o poder pelo poder"  não passa duma Farsa a que erradamente chamamos democracia. Com a devida protecção daquele senhor de Belém.
É esta democracia  a fazer 50 anos, que vamos "festejar"?!
Sem imagem de perfil

De José Mendonça da Cruz a 27.10.2022 às 12:32

É sempre reconfortante ver alguém confirmar tão cristalinamente um título: a esquerda queria que a Inglaterra fosse como a esquerda queria.

Comentar post



Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • Anónimo

    Pois...

  • marina

    é assim , para analisar este assunto só contabili...

  • Luis

    Num país como os EUA um artista que fosse estourar...

  • Anónimo

    Muito bem. Partilhei.

  • Anónimo

    Com que então, " Botas" ?...Suspeito que o "Foreig...


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2023
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2022
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2021
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2020
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2019
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2018
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2017
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2016
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2015
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2014
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2013
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2012
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2011
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2010
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2009
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2008
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2007
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2006
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D