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No expresso deste fim de semana, há dois artigos de opinião que espelham bem a polarização da sociedade portuguesa relativamente a um dos mais importantes bloqueios da sociedade e economia Portuguesa: a regulamentação das actividades Humanas. Desta vez, o tema são os Uber. Ricardo Reis, ( pode ler aqui) um prestigiado economista, defende e preocupa-se com a concorrência, a criação de valor para a sociedade, para o consumidor, para a sociedade. Daniel Oliveira, ( pode ler aqui) um paladino do Estatismo e dos incumbentes ( neste caso os taxistas tradicionais), que são assaltados pelo capitalismo selvagem e desregulado que, não importa se trazem bem para o bem estar social concreto e real, porque introduzem a “selvajaria” no mercado, uma liberdade para prejuízo dos instalados.

Daniel Oliveira é um escritor notável, capaz de envolver os leitores fazendo-os sentir  a sua verdade excêntrica como razoável. Tão razoável, como acusar, com aparência de legitimidade,  a Uber de aproveitar mediaticamente a violência física exercida por taxistas aos seus  condutores, como um pecado francamente mais capital do que a violência original, por parte dos “agredidos” ( afinal os taxistas), eles sim, com legitimas razões de legitima defesa, mesmo com recurso aos punhos. Note-se que, aos taxistas, nunca foi negado o direito de abraçarem as plataformas das quais se defendem tão virilmente.

Ricardo Reis, parece-me, tem toda a razão e as rendas ilegítimas criadas pelo arcaico sistema administrativo de atribuição de licenças administrativas, mais uma fonte de criação de rendas ilegítimas e corrupção, não merece qualquer defesa. Sobretudo quando se prova que o serviço entregue ao mercado é mais barato, mais eficiente e mais abundante. A regulamentação, quando não é necessária, é uma das grandes razões para o nosso atraso. Regulamentação sim, mas para corrigir as falhas do mercado, não para as criar e eternizar.

No final, neste braço de ferro, ganhará claramente a grande maioria, que defende os direitos adquiridos e a regulamentação omnisciente do Estado, criando os monstros que exploram toda a sociedade e explicam a história do nosso permanente atraso.  

Também neste fim de semana, no Observador, se pode ler um artigo sobre o caso Famalicão, outra causa fracturante, de autoria de José Meireles Graça, que se contrapõe a um texto de Luís Aguiar Conraria, ( autor que também muito estimo, com pontuais excepções),  centrando a questão onde ela deve ser discutida: a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos Indivíduos salvaguardadas na Constituição e, já agora, também na carta Universal dos Direitos do Homem. O estabelecimento de uma religião obrigatória do Estado, mesmo que defendida por vultos como Rousseau ( um dos mais importantes pais espirituais  de muitos dos equívocos actuais), não é simplesmente aceitável, legitima nem juridicamente válida.

Também eu, tenho uma divida de gratidão aos pais de Famalicão que prestam um enorme serviço cívico em época de grande perigo para os direitos constitucionais, como temos visto recentemente com os episódios do Covid, dos Incêndios e de tantos, quase constantes, atropelos aos direitos fundamentais.

Tudo somado, nada de novo, não fosse agora existir, mesmo que tímida e minoritariamente , quem defenda e discuta claramente posições opostas aos dos fortes preconceitos e confusões  saídos da revolução e de uma tradição ancestral de Estado uber alles.  Na verdade, a “esquerda”, neste momento, está no lado errado da História e da liberdade.  A todos os opositores, o meu muito obrigado.

PS: Os direitos constitucionais sempre foram um empecilho para as maiorias da Sociedade. Por isso mesmo foram criados, impedindo tiranizar minorias pelas maiorias. 

Nos insuspeitos EUA, vemos a mesma contestação a direitos constitucionais, seja porque não consagram o que se pretende ( como no caso do Aborto) mesmo que remetendo para uma escolha democrática, seja porque não é conveniente, como no atropelo dos direitos de quem representa um incomodo para o ambiente ( ou outra qualquer causa que não mereça o consenso da maioria. 

 


35 comentários

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De Anónimo a 17.07.2022 às 18:36

Também não gosto da inervenção do estado em demasia. Mas podia restringir-se ao essencial,por exemplo no caso que relata existe a questão dos TVDE poderem recusar serviços enquanto que os taxis não o podem fazer. E nós sabemos que há certos locais, a certas horas onde qualquer motorista não quer ir, e so TVDE podem simplesmente recusar.
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De Francisco Almeida a 18.07.2022 às 08:41

Em primeiro lugar, nada obriga a que os TVDE prestem um serviço universal, quer em horários quer em locais. Quem não gostar pode deixar de usar TVDE, pode usar um carro particular ou pode evitar esses locais e essas horas.
Em segundo lugar só o incumprimento do dever que o Estado não cumpre, segurança dos cidadãos, permite que existam esses lugares.
Em terceiro lugar, considerar esta questão como o "essencial" é de tal forma retorcido e absurdo que logo identifica a trincheira anónima.
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De Anónimo a 18.07.2022 às 12:24

Ok, vamos lá todos fazer o que cada um quer e o Estado (se calhar esqueceu-se que somos todos nós) que se amanhe.
Ou seja, os TVDE servem quem querem, e qualquer cidadão cumpridor que queira usufruir do serviço, pode ser recusado. Que compre um carro ... pois se calhar até quer, mas há o problema do dinheiro que a corrente liberal em Portugal não consegue resolver para que cada um faça o que quer.
Ah pois, mas esses lugares só existem porque culpa do Estado (mas quem será esse gajo incompetente?), pena é que esses locais também existem nas sociedades onde o Estado quase não intervém (de quem será a culpa nesses casos?). Trincheira anónima, bem, é mais a trincheira pragmática do que no dia a dia faz falta.
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De Francisco Almeida a 18.07.2022 às 16:07

Obrigado por demonstrar que tive razão. Como leitura sugiro
https://24.sapo.pt/opiniao/artigos/a-uber-e-ma-mas-andar-de-uber-e-bom
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De jo a 18.07.2022 às 16:53

Mas os táxis são obrigados a prestar um serviço universal. Cujos custos e riscos têm de compensar nos restantes serviços. Além disso têm o custo tabelado e não podem pedir mais por um serviço para uma zona que não lhes covenha.
O que a UBER faz é ficar sem a obrigação de serviço universal ou dos custos tabelados, o que lhe permite ter custos menores obviamente.
Seria concorrência leal se os taxis fossem desobrigados das suas obrigações, ou a UBER tivesse que as cumprir também. Assim é só concorrência desleal.


A juntar a isso, se formos ver a principal diferença entre os serviços está na plataforma informática e na publicidade mundial da UBER. Mas a UBER nunca deu lucro nem saíu do vermelho, tem subsistido de aumentos de capital manhosos, se fosse uma empresa com piores relações públicas já tinha sido acusada de dumping.
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De balio a 18.07.2022 às 18:03


se fosse uma empresa com piores relações públicas já tinha sido acusada de dumping


Dumping é uma coisa muito mal definida.


Dumping é vender abaixo do custo, mas isso é algo que muitas empresas fazem, pelo menos nalguns produtos, para atrair a clientela.


É normal uma empresa jovem, como a Uber supostamente é, vender abaixo do custo. Isso não será considerado dumping. O problema é que a Uber está a demorar um tempo anormal a crescer...



Os EUA regularmente acusam a China de dumping e castigam-na por isso, mas nunca sabem provar a acusação.
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De jo a 18.07.2022 às 22:08

Dumping será uma coisa mal defenida mas a Uber não é uma empresa jovem, só se consideramos que uma empresa é jovem enquanto não arrastar a concorrência para a falência, a partir daí pratica preços de mercado.
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De Francisco Almeida a 18.07.2022 às 20:29

Há muitos anos jogava na Bolsa. Deixei-me disso quando me reformei e saí de Lisboa, isto é, quando deixei de ter informação financeira imediata. Quando liquidei a carteira fiquei com alguns títulos desvalorizados que não valia a pena vender. Um deles era A Nacional de que detinha uma boa quantidade. A análise que fizera, mostrava-me que a empresa estava falida e, em condições normais de mercado, incapaz de recuperar. Mas tinha dois terrenos onde tinha as instalações, em Alcântara e Cabo Ruivo e qualquer deles valia por si mais do que a então capitalização bolsista da empresa. Era uma questão de tempo.
Pressionado, o governo decidiu salvar a empresa mas quis assegurar que os lucros iriam para alguém que não os accionistas. Duas ofertas de compra, baixas, a que não aderi pelo motivo exposto. O património da empresa valia muito mais. Aí o governo decretou a venda obrigatória e eu recebi uma ninharia.
Voltando ao assunto, as licenças de táxi eram "vendidas" pelo governo mas, ao contrários das licenças de caça - outro disparate - não eram nominais e eram depois transaccionadas por valores especulativos que chegaram a atingir 20 mil contos. Por exemplo o presidente da ANTRAM tinha há tempos mais de 15 licenças. Esse e os outros, acreditaram que os governos eram sérios e que estavam a adquirir um valor protegido. Claro que se sentem lesados mas, de facto têm racional e eticamente menos motivos para isso do que eu. Compraram um privilégio que, como todos, é basicamente injusto.
Aqui, ou se discutem e responsabilizam governos que tiveram mais do que tempo para legislar sem ceder a pressões que terão existido ou, pragmatica e realistamente pensa-se não nos taxistas nem dos agora explorados motoristas das TVDE mas nos utentes. Ora o que é indiscutível é que o serviço de transportes melhorou, que arrastados pela concorrência, os taxistas melhoraram particularmente a limpeza interior dos táxis. Além disso, desconheço nas TVDE roubos sistemáticos e em escala como acontecia e acontece (menos) por exemplo a quem apanha um táxi no aeroporto.
Agora o que é simultaneamente ridículo e obviamente activismo hipócrita de esquerda, passe o pleonasmo, é vir exigir ética a empresas como UBER neste ambiente de total falta de ética do governo. Para nem falar em competência.
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De Francisco Almeida a 18.07.2022 às 20:48

As licenças de táxi eram "vendidas" mas, ao contrário das licenças de caça, outro disparate, não eram nominais e eram depois revendidas a preços especulativos que chegaram a atingir 20 mil contos. Os taxistas, incluindo o presidente da ANTRAM que há anos já tinha mais de 15 licenças, acreditavam que estavam a adquirir um valor protegido, no fundo um privilégio. Bem vistas a coisas não era muito diferente das licenças para abrir um estabelecimento nos EUA mas que era ou não rentável conforme obtivesse licença de vender álcool.
Não faltou tempo ao governo para legislar e só não o fez ou por incompetência ou por ter cedido a pressões ou por ambas. Agora está a ser pressionado pelo esquerdismo que quer mais uma manifestação proibição. Há um vírus, proibem-se as pessoas de sair, há fogos, proíbem-se as pessoas de passear em área florestal. Já morreram 65 pessoas afogadas este anos, aguardo a proibição de frequentar praias a quem não faça provas e pague uma licença para nadar. Amanhã será a feira de S. Martinho ou anos da prima. O mal é tomar-lhe o gosto.
A falta de ética e a falta de competência do governo é, também neste caso, flagrante. Por isso vir pedir ética a uma empresa como a UBER ou cercearem-lhe a actividade como no AirBnb, é activismo hipócrita de esquerda, passe o pleonasmo.
A questão simples e imediata é que as coisas melhoraram para o utente. Até os táxis se apresentam mais limpos, pressionados pela concorrência. E ética por ética, não possível aos TVDE o autêntico assalto que faziam os taxistas aos passageiros no aeroporto.
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De balio a 19.07.2022 às 09:02


não [é] possível aos TVDE o autêntico assalto que faziam os taxistas aos passageiros no aeroporto


Parece que os TVDE se dedicam a assaltos diferentes, aumentando os preços em certas ocasiões.
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De Anónimo 78 a 22.07.2022 às 22:50

Um grupo de 30 taxistas foi detido pelo Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) pelo crime de especulação, uma vez que cobravam mais do que o devido pelos percursos.

As detenções ocorreram em várias ações de fiscalização e prevenção rodoviária durante os grandes eventos culturais que tiveram palco na capital, nomeadamente Rock in Rio, NOS Alive e a Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas, nos meses de junho e julho, explicou a força de segurança num comunicado citado pelo Notícias ao Minuto.

A PSP adiantou também que os veículos táxi foram apreendidos, enquanto os detidos foram notificados e presentes à autoridade judiciária.

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De Anónimo a 19.07.2022 às 10:57

Desconheço qualquer pressão para proibição, mas se existe, condeno-a de imediato.
Mas quanto às proibições que refere, possivelmente não teriam existido se houvesse mais responsabilidade, algo que está muito em desuso na sociedade. Em nome da liberdade, valor inquestionável, pensa-se que tudo se pode fazer sem atender às condições para o efeito.
Reparo que é reformado, eu também para lá caminho, deve com certeza ter presente a velha máxima que na adolescência normalmente é transmitida, " Mais liberdade, mais responsabilidade", ou "A autonomia deve ser usada com bom senso". A falta do que referi, que observo diariamente leva-me a compreender, apesar de não gostar, as proibições do governo.
Questionar as proibições do virus é perfeitamente absurdo apesar de se terem verificado incoerências. Quanto aos fogos não houve proibições, houve sim, devido a temperaturas excepcionais que potenciam fogos.
No entanto cada um é livre de criticar o governo, só por criticar, quando se trata de assuntos cujo procedimentio se registou em vários países.
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De Francisco Almeida a 19.07.2022 às 11:56

Reproduzo um comentário que publiquei no Observador:
Mais um bom artigo, mais um artigo sem consequências.

Rui Ramos não focou um aspecto particular que reputo significativo. Sou um proprietário florestal - de facto comproprietário - e aí tenho a minha residência. Este "estado de contingência" retirou-me o direito de passear no que também é meu e assim vigiar abusos, no limite - já aconteceu há muitos anos - assustar um pirómano em execução e evitar o alastramento de um incêndio.
Eu entendo que foram violados dois direitos com protecção constitucional: o direito de livre circulação e o direito à propriedade privada. Mas quem sou eu para reclamar violações constitucionais num país cujo PR é um ex-professor de direito constitucional?
À laia de desabafo, diria que o governo, tal qual ciganos e banqueiros, faz o que lhe consentem.
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De Anónimo a 20.07.2022 às 12:21

Todos, enfim quase todos, sabem que não existem leis e regras perfeitas. Obviamente proibir alguém de circular na sua propriedade com o nobre objectivo de afugentar pirómanos não faz sentido. A questão é que se está a falar da gota de água e a esquecer a inundação. Afinal alguns proprietários tiveram de ser "lembrados" da proibição da utilização de maquinas e ferramentas agricolas, pasme-se, nas suas propriedades. Já nem falo do rebentamento de um pneu numa via próxima da floresta que desencadeou um incêndio, o que significa que não foi assim tão descabido as proibições devido às temperaturas anomalas. Agora pode-se sempre à laia de cabresto ignorar as condições vigentes e respeitando cegamente a lei, potenciar as desgraças, para depois se acusar o governo de faltas de meios. E faltam meios, mas evita-se é de acentuar essa falta originando situações excecionais.
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De passante a 17.07.2022 às 20:56

uma liberdade para prejuízo dos instalados.


O que a internet potenciou foi mais uma circulação de elites (cf. Pareto) - a apregoada desintermediação apenas estabeleceu novos intermediários.


A Uber gastar milhares de milhões de capital de risco a subsidiar preços para dominar um mercado, e acabados os subsídios o resultado ser medíocre quer para trabalhadores quer para clientes é um bom exemplo.

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De Anónimo a 18.07.2022 às 06:43

Direito à manifestação - coletes amarelos 2018
Direito à greve - motoristas de matérias perigosas 2019


Acho que ainda me falta um atropelo ou dois mas isto aconteceu antes do covid.
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De Anónimo a 18.07.2022 às 10:40

A despropósito se calhar... mas uma passagem do seu post fez-me lembrar que os portugueses são um povo com imensas virtudes,  entre as quais se  destaca a Generosidade e Solidariedade e por isso raramente estamos do lado dos que exercem a "Lei do mais forte", daqueles que agem de forma prepotente esmagando as suas vítimas,  em geral pessoas sem as mesmas armas nem meios para se defenderem. 


Temos empatia pelos mais fracos, os mais desprotegidos ;  condenamos  todas as formas de poder absoluto e agressivo, porque nos choca o uso da "força bruta" e autoritária.


 Por isso vimos, recentemente, o povo em peso, espontaneamente ou organizado, pelas ruas de todo o país, a condenarem  uma guerra brutal, injusta e desproporcional,  provocada pela invasão da Rússia à Ucrânia. 
Gostaria de ver a mesma Solidariedade  dos portugueses em relação a esta autêntica emboscada montada por um Estado persecutório que concebeu todos os ardis para caçar uma família de Guimarães. Oxalá os portugueses também se organizem concertadamente e se manifestem em peso, pelas ruas de todo o país, a condenarem a perseguição desigual e inconstitucional (antes de mais) mas também brutal, autoritária e desproporcional,  feita àquela família, que tem sido acossada pelo fanatismo ideológico duma seita (minoritária) que quer impor à força bruta o  "wokismo", pretendendo converter "inquisitorialmente" um país inteiro a essa nova "religião" do Estado.  Vergonhosa essa imposição  do governo  que embarcou nas "modas" do momento, apenas para aproveitamento com fins políticos.


 Em Democracia, é bom lembrar, os governos estão de passagem. Não se podem colocar acima da Constituição, nem do Estado, nem cilindrar a Lei, nem  passar por cima das Liberdades.
BF  
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De Anónimo a 18.07.2022 às 11:26

Subscrevo. Só é pena que as opiniões se manifestem individualmente e surjam como se fossem vozes isoladas. Mas não são. Os portugueses comuns e anónimos também têm sentido crítico, mas às vezes acomodam-se por não saberem como fazer nem por onde começar, para se manifestarem coletivamente, a uma só voz, como fazem noutros países democráticos, com uma cidadania mais participativa. É assim que se fazem ouvir, ruidosamente, para condenarem quando algo não lhes "entra" e não acatam. Imagino por cá o "tremor de terra" que isso provocaria neste governo que só "trabalha" para agradar ao povo e a pensar nas sondagens. Os portugueses, se soubessem o poder que realmente têm,   bem lhes podia pregar uns valentes sustos.  
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De balio a 18.07.2022 às 14:31


A mim não me parece que se deva fazer oposição entre os TVDE e os táxis.


Os TVDE são utilizados sobremaneira por turistas. São muito cómodos para eles. Acho muito bem que haja TVDE para os turistas poderem usar.


Mas, para os autótones, os táxis são em geral melhores. Porque existem em todo o lado e não somente nalgumas poucas cidades. Porque podem ser chamados com um telefonema usando um telefone normal e não necessitam de um smartphone (que muita gente não tem). Porque podem ser pagos em dinheiro e não exigem cartão de crédito (que muita gente não tem). E, finalmente, porque em muitos casos são mais baratos.


Trata-se de serviços complementares e, em geral, para públicos-alvo distintos. Não tem nada que se pôr um em contraposição ao outro.
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De Costa a 18.07.2022 às 18:52

Ó Lavoura, nem mesmo o repugnante e por si tão louvado AO90 eliminou o "c" de "autóctone". Diz a Porto Editora - essa guarda pretoriana do acordo - que "na sequência consonântica ct essa consoante é pronunciada" e como tal se mantém na grafia.
O servilismo cego é patético. E dá em asneirada da grossa. 
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De Anónimo a 19.07.2022 às 09:26

Tenho a certeza de que foi um lapso do Lavoura. Se há coisa em que tenho reparado nele é precisamente o facto de nunca dar erros ortográficos, nem de sintaxe, nem mesmo de pontuação. Não é pouca coisa nos tempos que correm.
Já noutras questões, de ordem mais "opinativa", tem dias e, quanto a mim, não acerta tanto ;-) pois o Lavoura é uma pessoa tão especiosa quanto "especial".
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De Costa a 19.07.2022 às 12:31

O Lavoura é um devoto, um verdadeiro beato do AO90. O que o leva a cometer erros ortográficos de forma continuada e com exuberante abundância. Não são aliás erros, já que se trata de uma conduta deliberada, dolosa, impenitente de adopção de algo absolutamente ilegal na sua alegada vigência, cultural e cientificamente indefensável e que politicamente (como se uma opção política, apenas por essa sua condição, tudo justificasse e sanasse) falhou em toda a linha nos seus absurdos propósitos.
E se acaso aqui houve apenas um lapsus calami (e quem não está isso sujeito?), não pode o Lavoura, até pelo seu fanático zelo sacerdotal na matéria, esperar qualquer benefício de dúvida ou tolerância. Em poucos casos como no do Lavoura a forma inquina tanto a substância.
E quanto a ela, a substância, estamos conversados.
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De jo a 18.07.2022 às 17:09

O caso de Famalicão não me parece um caso de direitos liberdades e garantias.
Ninguém proibiu o pai das crianças de lhes ensinar o que quer que seja, ele é que parece pensar que a simples referências a certos assuntos vais provocar um mal irreparável nas crianças, o que parece excessivo.
Quem está a tentar restringir o acesso das crianças a informação é claramente o pai e não a escola. Não sendo os filhos propriedade dos pais a recusa que eles tenham contacto com certos temas é censura pura e simples. Admitindo que o pai é bem sucedido, então quando os filhos forem pais como vão saber qual o grande erro que lhe iam ensinar nas aulas de cidadania? E como evitar que os seus filhos sejam enganados?


Depois desta gritaria toda, alguém sabe ao menos o que foi lecionado nas aulas a que as crianças não assistiram?


"Tenho um filho de 10 anos, penso que o que lhe ensinam na escola é inútil. Posso pô-lo a trabalhar e a aprender na escola da vida? O filho é meu faço o que quero com ele."
Qual a diferença deste discurso do dos pais de Famalicão?
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De Anónimo a 19.07.2022 às 10:57

"está a tentar restringir o acesso das crianças a informação"

Ouça lá, acha bem que nessas aulas se ensine aos meninos e meninas quantas posições existem para praticar sexo, porque é que as mulheres apreciam mais de "determinadas maneiras" (abstenho-me de as mencionar aqui da forma explícita como foram referidas no "programa" da tal disciplina) também "ensina" técnicas para conquistar uma rapariga em 3 dias.,etc.  E fico-me por aqui... "apenas" por estes três pequenos exemplos. Além de outra questão que até acho mais preocupante: é que sendo uma disciplina pouco objectiva,  e nada isenta sob o ponto de vista ideológico, os petizes ficam totalmente entregues à arbitrariedade do(a) professor(a) sem qualquer possibilidade de controlo : ninguém tem acesso ao que é dito ou às vezes apenas insinuado em sala de aulas. Logo, os petizes estão entregues a alguém que tanto pode ser boa como má e muito  perniciosa influência. Não temos modo de saber o que é plantado naquelas cabeças inocentes. É só isso que quero salientar.  As disciplinas de Matemática, Português,Biologia, Geografia, Química, etc não têm ideologia, portanto, não são ensinadas segundo as "convicções" subjectivas do prof., nem são matérias sujeitas às "considerações" das crenças de cada um. Os seus conteúdos programáticos são taxativamente objectivos, factuais, científicos e aceites universalmente e academicamente em qualquer parte do mundo civilizado. Evidentemente esse facto torna os programas dessas disciplinas absolutamente consensuais  e  são aceites tranquilamente e sem qualquer sobressalto pelos pais ou encarregados de educação, de qualquer parte e em qualquer escola!  A disciplina de Cidadania tem características bem diferentes: talvez por estar impregnada de ideologia nada consensuais, nem científicas, a disciplina torna-se dum género mais "fluído", ou seja, há matérias que podem ser ensinadas à vontade do freguês... e, neste caso, os alunos podem estar sujeitos e à mercê de "manias" e de crenças subjectivas dos profs, conforme as suas ideologias pessoais, religiosas, agnósticas, políticas, ou mesmo do foro moral e da ética, inclusive da moral sexual de quem calha. É, pois, uma espécie de roleta russa, porque não sabemos de facto quem calha aos nossos filhos (e, já agora, a nós também). Se há, sem dúvida, professores confiáveis,  excepcionais e isentos, também temos conhecimento de que os há pouco "estruturados" e com umas "particularidades" bastante duvidosos do ponto de vista do carácter (felizmente não a maioria) e que se servem de certas doutrinas para... doutrinarem dentro da sala de aula! São autênticos "cavalos de Tróia" aí introduzidos,  aproveitando as tenras idades, terra fértil para "moldarem" e fazerem a "sementeira" do que lhes aprouver.
Não era isso que "estava no programa" quando entregámos os filhos à escola, pois não?  
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De Anónimo a 19.07.2022 às 12:06

"Não era isso que "estava no programa" quando entregámos os filhos à escola".

Assim como também não "está no programa" da Constituição Portuguesa.
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De Anónimo a 19.07.2022 às 13:08

Deixou-me a pensar um texto que li há dias, onde se colocava a seguinte questão, a propósito desta polémica disciplina: o autor gostaria muito de saber como  seria (ou como vai ser) a reacção da esquerda "se" (ou "quando") o Min. da Educação fôr do Chega e começar a doutrinar-lhe os filhos na escola.
Mas antecipamos a resposta... Não só a disciplina passaria num instantinho a ser opcional, como até, talvez  "desaparecesse" de vez!
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De jo a 19.07.2022 às 15:08

"Ouça lá, acha bem que nessas aulas se ensine aos meninos e meninas quantas posições existem para praticar sexo, porque é que as mulheres apreciam mais de "determinadas maneiras" (abstenho-me de as mencionar aqui da forma explícita como foram referidas no "programa" da tal disciplina) também "ensina" técnicas para conquistar uma rapariga em 3 dias.,etc. "


Não achava bem se isso tivesse sido ensinado, mas não foi, e sabe-o tão bem como eu.
Os putos de Famalicão hão-de aprender essas matérias a seu tempo, se não ficarem tão ressabiados como os pais, mas não nas aulas de cidadania. E nem precisam de ir à internet.
 Lamento desiludi-lo mas não existem matérias neutras, tudo tem idiologia e é missão dos pais que se preocupam procurar contrabalançar o que se aprende mostrando outras idéias, não censurar pura e simplesmente.
Se os seus filhos são moldados irreverssivelmente numa aula semanal de 50  minutos, então são eles que têm um proiblema, não a escola.
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De Anónimo a 19.07.2022 às 11:53

Jo, acho que deve ler este texto sério e cheio de humor, a propósito da dita cuja  "Cidadania" para desenvolvimento de tonhos e toinos.

https://blasfemias.net/2022/07/14/famalica%cc%83o-temos-pena/

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De jo a 19.07.2022 às 15:13

Concordo com o texto da Blasfémia. Os alunos deverão ir, não podem ser obrigados a concordar com o que é dito, nem a ter boas notas na disciplina.
O que se fez foi proibir alguém de ouvir opniões diferentes. Não me parece uma atitude muito liberal.
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De Anónimo a 21.07.2022 às 09:28

Jo, os filhos são "moldados" (prefiro dizer "estruturados"/ "educados") em 1ºlugar pelos pais, pela família em geral e pelos amigos próximos que fazem parte do seu círculo, de diferentes gerações e variadas proveniências. Esse  será sempre o molde e a "marca de origem" que ficará gravada na pessoa. Gradualmente a sociedade, a escola, enfim, a Vida e a experiência também ensinarão e assim se acrescenta e se somam outras aprendizagens à medida que se cresce. Não vejo nisso nenhum problema.  Éfoi  e  será sempre assim.
O problema não está, pois, no receio de que estejam a "moldar" os filhos_ porque disso a Vida sempre se encarregou de o fazer_ o problema é que há gente apostada (é esse o termo) em os "desprogramar" intencionalmente (se me faço entender...)  para fazerem o grande Reset na mente nas novas gerações : "apagar" e "abalar" toda a bagagem que traziam de origem para a  "substituir". por  "novas coisas". Só pergunto: com que direito? E com que fim?
Se V. não levanta estas questões a si mesmo, então... anda muito distraído, na melhor das hipóteses. Porque na pior hipótese não vê ao longe  qual é o objectivo ou intuito destas lavagens cerebrais, nem  se está a aperceber de que mundo estão a preparar para os seus filhos (se os tem) e para as próximas a gerações. Eu costumo dizer que o Grande Apagão está em marcha, porque é a derrocada da civilização e cultura ocidental com as suas "marcas" de origem que estão a suprimir. 
(p.s. leia o livro "2084, La Fin du Monde, de Boualem Sansal" , inspirado no 1984 de Orwell.
Mas antes, aconselho-o a ler (peço desculpa da ousadia) este artigo bastante esclarecedor:


https://observador.pt/opiniao/r-i-p-rap/
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De Anónimo a 21.07.2022 às 16:25


Sobre o caso de Famalicão "O estabelecimento de uma religião obrigatória do Estado, mesmo que defendida por vultos como Rousseau (...), não é simplesmente aceitável, legitima nem juridicamente válida"


"É, de facto, o poder totalizante, absoluto, despótico que não permite o pensamento, só a submissão. Também não permite a memória de um tempo anterior pois não existe história. Nem diversidade: não há alteridade porque não há individualidade. Tudo e todos são diligentemente vigiados para a detecção de qualquer desvio" - Eugénia de Vasconcellos 
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De Vasco Silveira a 22.07.2022 às 12:17

"Também eu, tenho uma divida de gratidão aos pais de Famalicão que prestam um enorme serviço cívico em época de grande perigo para os direitos ..."



Caro Senhor


Subscrevo totalmente a sua afirmação: daí estar disponível para financiar, participar e divulgar em qualquer forma ( Crowdfunding ?) que se crie para apoiar os ditos pais, e para nos permitir pagar a dívida que aqui assumimos.
Cumprimentos


Vasco Silveira


PS: naturalmente é fácil falar, sem agir consequentemente. Não sou "nerd" nem por aí perto, mas na medida das minhas possibilidades "técnicas" estou disponível para colaborar na sua criação.
PS
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De Anónimo a 22.07.2022 às 19:53

Subscrevo! Também me disponibilizo para apoiar esta família. Bem-haja, Vasco Silveira, pela iniciativa. Até que enfim qua alguém tomou a dianteira.
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De Anónimo a 23.07.2022 às 11:04

Caro Vasco Silveira 


Que excelente ideia: sair do sofá e fazer alguma coisa, o que muito falta em Portugal. No corta fitas não temos grandes meios mas, em conjunto consigo e com quem quiser colaborar, está na altura de nos esforçarmos. 
Já falei com o Joao Távora e vamos investigar um pouco as questões legais e tecnológicas e gostaríamos de contar com a sua colaboração como o mentor de um projecto interessante. Deixo-lhe o meu numero de telemóvel, para que me ligue se achar oportuno e trocarmos algumas ideias!  93 221 29 88 
Bem haja 
jose miguel martins 
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De Lowlander a 23.07.2022 às 00:04

"Ricardo Reis (...) um prestigiado economista"



Um prestigiado economista que em Agosto de 2007 (tao sensatamente!) disse ao Diario Economico que a crise financeira iria estar resolvida dai por um mes?


Como diria a Teresa Guilherme "Isso agora nao interessa nada!" 

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