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A dívida pós-colonial

por henrique pereira dos santos, em 10.12.24

André Ventura, no seu estilo elegante e rigoroso, resolveu, a propósito dos cem anos de Mário Soares, repetir baboseiras que há anos uma parte da sociedade diz sobre Mário Soares e o processo de descolonização.

O que disse é duplamente injusto porque está a aplicar a um tempo passado pontos de vista do presente (nisso se aproximando da lógica woke) e a concentrar em Mário Soares aquilo que foi uma opção colectiva: a de sacrificar a liberdade de guineenses, angolanos e moçambicanos à defesa da liberdade de portugueses.

Quanto às circunstâncias, o Estado português negociou numa posição de especial fraqueza porque as suas forças armadas se recusavam a combater o assalto dos países pelos movimentos de servidão (seria a altura de começar a chamar os bois pelos nomes, quer a história desses partidos e a forma como trataram a dissidência antes de 1974, quer o que fizeram depois, deveria impedir-nos de lhes chamar movimentos de libertação) que tomaram o poder pelas armas, sendo os supostos processos negociais com o Estado português meros formalismos.

Quanto à substância, o facto é que o problema maior não é o que é habitualmente é referido, a expulsão racista de milhares de pessoas, mas a entrega do poder a governos ilegítimos que usaram a força para subjugar os seus cidadãos.

Os retornados, mal ou bem, adaptaram-se, tiveram a sua liberdade garantida, foi-lhes permitido refazer a sua vida, nada disso justifica a injustiça que muitos sofreram (muitos apenas pelo crime de serem brancos), mas o facto é que essa injustiça foi um momento, muito doloroso para muitos, é certo, mas um momento.

Para os povos da Guiné, Angola e Moçambique a nossa dívida é muito maior: se os portugueses conseguiram impor a liberdade e a democracia aos partidos irmãos dos movimentos de servidão que pretendiam, em Portugal, impor regimes semelhantes aos que foram impostos nesses países, foi porque os portugueses não quiseram empenhar-se e gastar recursos a defender a liberdade na Guiné, Angola e Moçambique.

O que se passa hoje em Moçambique é o resultado, também, da nossa cobardia em 1974.

Essa é uma dívida pós-colonial que talvez devêssemos tentar começar a pagar não continuando a transigir, quer com a mitologia que os movimentos de servidão têm usado para se apresentar como exercendo um poder legítimo, quer com as práticas desses governos ilegítimos.

E já vamos tarde.


28 comentários

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De cela.e.sela a 10.12.2024 às 15:20

«béin!, não é Béin assim!, mas, talvez!»
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De Anónimo a 10.12.2024 às 15:27


os portugueses não quiseram empenhar-se e gastar recursos a defender a liberdade na Guiné, Angola e Moçambique


Correto. E, em minha opinião, fizeram eles muito bem. Os portugueses da metrópole não tinham nada que ir para lá (Angola, Moçambique, Guiné) e arriscarem-se a morrer pela liberdade dos outros.

Quem quisesse ir, que fosse, mas o Estado português não tinha e não tem o direito de obrigar os seus cidadãos a irem fazer-se matar pela liberdade de outro país.
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De Anónimo a 13.12.2024 às 07:29

"E, em minha opinião, fizeram eles muito bem. Os portugueses da metrópole não tinham nada que ir para lá (Angola, Moçambique, Guiné) e arriscarem-se a morrer pela liberdade dos outros".


 Entretanto foram  para a Bósnia, República Centro-Africana, etc. ...
Que tem a dizer sobre isso?

« Jean-Pierre Lacroix agradeceu “a generosa contribuição de Portugal com as tropas das forças especiais fortaleceu a capacidade de manutenção da paz da ONU para proteger as comunidades mais vulneráveis" e pelo seu significativo apoio às Operações de Paz das Nações Unidas e pelo serviço e sacrifício dos seus agentes militares e policiais destacados em todo o mundo sob a bandeira da ONU  “sendo o país que mais agentes tem  na Missão Multidimensional Integrada na República Centro-Africana, tendo também efetivos na Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, na Missão Multidimensional Integrada no Mali  e na Missão de Verificação da ONU na Colômbia. Lacroix reitera que a ONU agradece o serviço e o sacrifício das portuguesas e portugueses que servem em contextos perigosos e difíceis, longe dos seus entes queridos: “as tropas portuguesas têm demonstrado um elevado nível de profissionalismo e de dedicação e estamos profundamente gratos pelo seu contínuo serviço.”


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De Anónimo a 10.12.2024 às 15:30


Os retornados [...] apenas pelo crime de serem brancos



Alguns "retornados" não eram brancos. Vieram de Moçambique bastantes pessoas de etnia indiana ou chinesa que para lá tinham emigrado a partir da Índia ou da China, que não eram brancas e que nunca tinham estado, nem sequer os seus ascendentes, em Portugal continental.
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De henrique pereira dos santos a 10.12.2024 às 20:27

É tão estúpido truncar uma frase só para fazer um comentário irrelevante
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De Anónimo a 10.12.2024 às 15:39

Boa tarde HPS
Respeitosamente, assino por baixo.
Tenha uma boa semana. Saúde
António Cabral
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De Anonimo a 10.12.2024 às 15:43

prácticas?
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De henrique pereira dos santos a 10.12.2024 às 20:25

Obrigado, já corrigi
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De zé onofre a 10.12.2024 às 19:46

Boa tarde, Henrique


Não serão as saudades do Império que alterarão a história.
Que os Movimentos de Libertação tiveram o apoio de potências estrangeiras, não é novidade para ninguém. Em Angola a FNLA, tinha o apoio dos EUAN; o MPLA da União Soviética e dos países com ela alinhados; A UNITA tinha o apoio do Governo Português e do regime do apartheid da África do Sul.
Conte algo que não se saiba.
1 - Portugal nunca soube colonizar. O General Kaulza de Arriaga queixava-se que não se podia alfabetizar mais os "indígenas» porque ficariam em maioria sobre os Brancos.
2 - Portugal nem explorar bem as riquezas coloniais soube - entregou as maiores riquezas a companhias estrangeiras.
3- Portugal teve treze anos para negociar a independência das colónias, mas o governo - Imperialista Salazarista - nunca aceitou que Portugal ia só do Minho à Madeira e Açores. Quando o Salazarismo-Marcelismo caiu de maduro ainda se ensinava nas escolas que havia um Estado Português da Índia - Goa, Damão e Diu.
4 - Com uma colonização tão mal feita, e não de quinhentos anos (em África), como nos querem fazer acreditar, mas de pouco mais de 100 anos - iniciada com as campanhas de Pacificação - mas que nas vésperas da 1ª guerra Mundial todas as potências - a Inglaterra e a Alemanha estavam em conversações para dividirem entre si os territórios portugueses atribuídos a Portugal a quando da divisão de África a régua e esquadro pelos Europeus - consideravam um desperdício territórios tão ricos nas mãos de portugueses. Já na segunda metade do século XIX Eça de Queirós, dizia em As Farpas, que mais valia que o Governo vendesse as Colónias e investisse esse dinheiro em Portugal.
5 - A descolonização feita em 1974/75 foi a descolonização possível que quem nos governou até 1974 permitiu que se fizesse.
6 - É comum acusar-se a descolonização pela perda que os Colonos Brancos perderam no regresso ao seu país. Nunca se lembraram de acusar os governos que os "obrigaram" a deixar a sua Pátria para irem para as colónias Africanas sem nada, porque cá nada tinham.
7 - Não a culpa da descolonização não é de Mário Soares, ele foi um dos rostos dos Governos que descolonizaram. 
Boa semana,
Zé Onofre
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De henrique pereira dos santos a 10.12.2024 às 20:10

"A descolonização feita em 1974/75 foi a descolonização possível", sim, é o que digo no post, e foi a possível porque o Estado português não tinha capacidade para impor garantias de liberdade para os povos desses países e, por isso, abdicou de defender essa liberdade, entregando esses povos a regimes totalitários.
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De passante a 10.12.2024 às 22:12

Kerensky manteve a Rússia na guerra, e os bolcheviques sublevaram a tropa. Se Soares tivesse tentado, o mais provável é que perdesse também.

De qualquer modo, os nossos amigos só estavam interessados em correr com os europeus de África.
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De zé onofre a 11.12.2024 às 01:08

Boa noite, Henrique
A questão de ser entregue a regimes totalitários, ou imperialistas, não estava nas mãos portuguesas. Estava nas mãos dos senhores deste Mundo - OTAN X Pacto de Varsóvia. Eles decidiram quem ficava e quem saía, nós limitamo-nos a obedecer.
Nem Mário Soares - símbolo do capitalismo Americano - foi capaz de mudar o rumo dos acontecimentos. Nem Álvaro Cunhal - Símbolo do comunismo Soviético - conseguiria mudar o rumo dos acontecimentos se eles fossem noutro sentido. Pobres Fantoches, pelo menos nesta questão, da OTAN e Pacto de Varsóvia.
Mas o Regime Salazarista/Marcelista teve pelo menos treze anos para fazer diferente. Talvez a caturrice do regime fosse ao encontro dos interesses Americanos e Russos, quem sabe?
Boa semana,
Zé Onofre
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De henrique pereira dos santos a 11.12.2024 às 07:59

Fiquei com uma dúvida: quem decidiu fazer o 25 de Abril? E depois o 28 de Setembro? E depois o 11 de Março? E depois o 25 de Novembro?
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De zé onofre a 11.12.2024 às 12:17

Bom dia , Henrique


Se quer que lhe diga tenho muitas dúvidas.


Boa semana, 
Zé Onofre
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De Anónimo a 13.12.2024 às 08:03

«Se quer que lhe diga tenho muitas dúvidas».
Foi um "fogo amigo". :)))
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De lucklucky a 10.12.2024 às 21:21

"1 - Portugal nunca soube colonizar. O General Kaulza de Arriaga queixava-se que não se podia alfabetizar mais os "indígenas» porque ficariam em maioria sobre os Brancos."


Se explorar essa afirmação vai chegar à conclusão que o 25 de Abril foi um movimento da supremacia branca...
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De zé onofre a 11.12.2024 às 12:31

Bom dia, lucklucky


Como respondi ao sr. Henrique, quando me perguntou quem fez o 25 de Abril , e por aí fora até o 25 de Novembro,  eu disse-lhe que tinha as minhas dúvidas.
Quanto aos Movimentos de Libertação penso que as grandes potências, que na altura eram "de brancos", apoiaram, se é que não fomentaram, os ideais Nacionalistas Africanos para acabarem com um colonialismo retrógrado e caminharem para o Neocolonialismo. 
Como as "chamadas Nações Africanas", que África herdou dos europeus, não passavam de tribos inimigas ancestrais, os neocolonialistas souberam muito bem manobrá-las para imporem a tribo mais subserviente ao seu serviço.
E creia, que se Portugal não praticou o neocolonialismo,  não foi por falta de vontade - foi por fraqueza económica
Agora vou acabar, porque se me ponho para aqui a elaborar, havia de ser amanhã e eu aqui a responder-lhe.
Boa semana,
Zé Onofre   
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De lucklucky a 11.12.2024 às 18:59

O ponto é que o 25 Abril provocou a quebra  com as colónias, assegurando ao mesmo tempo que a  maioria da população do mais reduzido Portugal seja branca. 
Se Portugal fosse hoje ainda do Minho a Timor - vamos supor num regime democrático - a maioria da população já não seria branca. Claro também assegurou a não intervenção dos brancos na gestão de Angola. Moçambique e outros... os supremacistas dos dois lados ficaram contentes.
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De Anónimo a 13.12.2024 às 09:11

A África do Sul e a (ex) Rodésia seguiam com atenção e interesse redobrado os destinos de Moçambique, uma vez que havia um grande intercâmbio entre os três países, pela proximidade geográfica (e não só), havendo muitas afinidades e influências mútuas, tanto ao nível dos hábitos, mentalidade e costumes, como  mantinham relações económicas, empresariais, comerciais, (basta lembrar que os portos marítimos de Moçambique serviam a Rodésia). 
Portanto, esses países aguardavam com expectativa o desfecho da descolonização de Moçambique porque tinham na mira um sonho: formarem conjuntamente uma grande potência em África que abrangesse toda a área do sul do Continente africano. Evidentemente, com todos incluindo os brancos.
Afirmo que estes novos países vergonhosamente destroçados pelo arraso dos "descolonizadores" de má memória, teriam tido um futuro bem diferente e o seu progresso e desenvolvimento económico, político e social seriam pujantes naquele Continente e dariam hoje cartas ao Mundo. Bastaria apenas que tivessem dado a liberdade de escolha e as condições e as garantias de segurança para que ali permanecesse quem desejasse continuar a dar o seu contributo (as provas dessas capacidades estavam dadas) na construção duma nova África. As qualidades, as capacidades, a iniciativa, o vigor, o empreendedorismo, Know-how e a motivação mantinham-se intactos, só tinham de ser aproveitados.   
Mas os pequenos Onofres desta vida estão cá para emperrar a máquina do progresso e do desenvolvimento.


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De Anónimo a 13.12.2024 às 08:01

Este Onofre parece que engoliu a famosa cassette e ainda não "desprogramou"! Está lá ipsis verbis a tralha toda da cartilha já rafada. Misericórdia, poupem-nos destes jericos empalhados saídos do museu. 
Dizem eles que «havia um Estado Português da Índia - Goa, Damão e Diu». 
E não é que havia mesmo?!
.Eu vivia em Moçambique e andava na escola quando perdemos a Índia e recordo bem esse acontecimento, porque a meio do ano lectivo chegaram à minha turma crianças vindas de Goa, Damão e de Diu  (com as respectivas famílias) e em tudo tão portuguesas como eu, sem nenhuma distinção. Foi-nos tudo bem explicado.  E já agora, na minha escola  havia crianças de todas as etnias, "raças", cores a serem...(imagine-se!)... alfabetizadas, vejam só! (E desta feita, lá se vai a sua credibilidade sobre a veracidade da citação do Kaúlza de Arriaga).


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De lucklucky a 10.12.2024 às 21:14


"porque as suas forças armadas se recusavam a combater"


Porque é que trata esse facto como geração espontânea?


 As forças armadas portuguesas recusavam-se a combater porque os  democratas e os democratas populares  incentivaram tal.
Logo os democratas incluindo Mário Soares e os "democratas populares  têm grandes responsabilidades por essa fraqueza do estado português.

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De Jorge a 11.12.2024 às 10:25

Mário Soares disse na Tv  e o video coore as redes sociais, sobre Antonio Salazar " pode-se nao gostar dele mas uma coisa é inegável,  nunca meteu a mão nos dinheiros públicos ". Uma verdade q todos conhecemos pois faleceu com meiz duzia de contos no banco e casa de Santa Comba. Já Mário Soares faleceu e deixou uma herança de 16 milhões de euros. Tirem as vossas conclusões. 
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De Francisco Almeida a 11.12.2024 às 11:35

Concordo com muito do postal mas discordo do essencial. Para simplificar apenas refiro Angola que nunca teria sido entregue ao MPLA sem a acção do MFA. Antes do mais a retirada de meio milhão de brancos (em sentido lato pois tive primos retornados de raça mista e na 3ª geração de Angola e 4ª de África) foi induzida e provocada pelo MFA que começou por os desarmar à força e assustar metodologicamente. Recordo que, num país paralizado por greves, com aviões retidos em aeroportos estrangeiro por falta de pagamento a ponte aérea, sob o comando do tenente-coronel Ferreira d Almeida não teve um incidente nem um problema. E nunca o MPLA ganharia Angola, sem as tropas cubanas, chegadas antes da independência, instaladas em quartéis pré-peparados por Rosa Coutinho e transportadas em Antonovs russos que,  tiveram de escalar os Açores, autorizados por Melo Antunes, ministro dos Estrangeiros. Aliás foi esse serviço de Melo Antunes ao comunismo soviético que lhe garantiu a confiança de Cunhal e poder negociar a neutralidade comunista no 25 de Novembro, contra a impunidade dos crimes do PREC e garantia de sobrevivência política ao PCP.
Soares sabia de tudo e entendeu-se sem problemas com Melo Antunes o que faz dele cúmplice e conivente. 
De resto tudo nele indica uma profunda indiferença ou mesmo um desprezo por todas as populações não europeias. Desde a célebre definição de Timor como uma meia ilha com mais afinidades com a Indonésia do que com Portugal até ao autocrático reconhecimento de Goa como indiana, deixando desprotegidos e sem direito à nacionalidade portuguesa goeses, incluindo opositores de Salazar como Bruto da Costa.
Poder-se-ia ter oposto com êxito à descolonização que se fez? A isso não é possível responder com certezas mas admito que seria improvável. Agora o que pode afirmar é que não mexeu um dedo para o evitar.
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De JPT a 12.12.2024 às 10:15

"Soares sabia de tudo e entendeu-se sem problemas com Melo Antunes o que faz dele cúmplice e conivente". Errado. Soares não tinha as armas e tinha a visão do óbvio: quem tinha as armas (que é quem manda) iria entregar (ou até já tinha entregado) o poder nas "províncias ultramarinas" aos ditos "movimentos de liberação" criados e tutelados pela URSS. Foi esse o principal móbil dos capitães do 25 de Abril: acabar com a guerra e entregar o poder aos nativos (sendo que os marxistas nas Forças Armadas, a começar pelos da Guiné e a acabar nos de Timor, garantiram que fosse aos "seus" nativos). Ou seja, "essa" guerra (que Spínola julgava ainda poder combater) estava à partida perdida, pela impossibilidade de projectar poder militar em África e Timor, e a única guerra "ganhável" era a de atrelar Portugal europeu à NATO e à CEE - e essa guerra foi ganha, garantindo um rendimento mínimo aos portugueses europeus e um rendimento máximo a Soares e à nossa classe política, respectivos parentes, amigos, irmãos e dependentes (e isso sim, em grande medida, culpa de Soares, a face despudoradamente bochechuda do novo regime). A única, e gravíssima, culpa que Soares tem, no processo de descolonização, é a falsificação histórica de lhe chamar "exemplar", desde 1975 até à sua morte, ignorando a catástrofe que foi para os angolanos, moçambicanos, guineenses e timorenses - e, numa medida incomparavelmente menor, para os retornados (como eu).
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De Anónimo a 11.12.2024 às 11:50

Bom dia
Algum dos comentários sobre M S é sobre atitudes que não tomou durante a sua atividade pública? 

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    255. J
    256. A
    257. S
    258. O
    259. N
    260. D