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A direita e o Síndrome de Estocolmo

por João Távora, em 27.11.20

(...) O Mamadou Ba que anseia por “matar o homem branco” é um cavalheiro culto e gentil que cita Fanon; o político de direita que pretende reformar a Segurança Social é um assassino bárbaro que conspira para assassinar os pobres. Tudo em nome das metáforas.

Ninguém tem o direito de esperar que a esquerda deixe de fazer isto. É o que lhe convém: inocentar os seus, e demonizar os outros. O que compete a uma direita democrática não é queixar-se e exigir à esquerda que abandone os seus critérios duplos: é não se deixar impressionar, pois se esses critérios funcionam, é apenas porque uma parte da própria direita, por medo ou conveniência, os adopta para distinguir, entre os seus, aqueles que têm direito ao título de “democratas” e os outros, que podem ser tratados como “fascistas”. A força do esquerdismo não vem da esquerda, mas da cobardia e do oportunismo da direita. E não, isto não é uma questão tribal, de equilíbrio entre clubes. É uma questão de pluralismo e de liberdade, porque liberdade e pluralismo não existem onde o debate está tão enviesado. Nunca chamarei a polícia, como é hábito fazer à esquerda, por causa do que alguém disser. Acho bem que Mamadou Ba seja um homem com liberdade para citar Fanon ou o que lhe apetecer. O que também acho, no entanto, é que Mamadou Ba não pode continuar a ser o único homem com liberdade em Portugal.

A Ler a crónica semanal de Rui Ramos no Observador



4 comentários

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De Anónimo a 28.11.2020 às 10:42

Demorou, mas finalmente a direita vai-se libertando, desinibindo e afirmando-se cada vez mais no espaço público, sem rodeios, sem receios. Chegaram ao fim os tempos em que a direita (encabulada) mendigava por um pouco de atenção e de consideração da esquerda e, de chapéu na mão, lhe pedia licença para ser também democrata. 
Deve-se recusar   l i m i n a r m e n t e   aceitar como "moralmente superiores" quem, anos e anos a fio _  sem quaisquer escrúpulos morais _ domesticou, sujeitou, intimidou e enxotou a direita do espaço democrático, com a arrogância insolente (característica) de quem decide "quem é quem";  quem entra ou fica à porta da democracia ; quem tem ou não Direito de Cidade. Anos e anos a fio assim se têm comportado estes Torquemadas do regime. 
Somos confrontados, diariamente, com uma ausência absoluta de cultura democrática desta esquerda imoral que, ostensivamente, capturou a Academia, as redacções, a Cultura, que está em cada esquina, que invadiu todo o espaço público e se amesendou no banquete das prebendas e das sinecuras.
Denuncie-se esta esquerda doente e afirme-se com coragem, os valores da direita, porque...
 "A força do esquerdismo não vem da esquerda, mas da cobardia e do oportunismo da direita. E não, isto não é uma questão tribal. É uma questão de pluralismo e de liberdade".
e  "Mamadou Ba não pode continuar a ser o único homem com liberdade em Portugal".
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De Anónimo a 28.11.2020 às 11:54

" A abordagem ao dr. Ventura, que o dr. Costa precisava seduzir por causa do Novo Banco, mereceu, se mereceu, um ou dois rodapés noticiosos – e nenhuma coluna indignada."

                      
" O PS, que passou o mês a reclamar um “cordão sanitário” em redor do Chega, atravessou a câmara para mendigar a André Ventura um voto contra, demonstrando que o diálogo com “o fascismo”, afinal, pegou de estaca e para toda a gente. Os senhores membros do governo – o mesmo governo que auto-proclamou a sua queda no dia em que dependesse do PSD – viu um seu secretário de Estado bater à bancada dos sociais-democratas, pedindo licença para falar com Rio e, quiçá, conseguir que este mudasse de ideias."



"É isto o regime. Tudo e o seu contrário. Nenhum posicionamento e, por isso, qualquer posicionamento. Em todos e com todos. Uma democracia representativa em que já ninguém representa nada".



 _ É esta a tal superioridade moral da esquerda?
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De Anónimo a 28.11.2020 às 19:06


O direito de resposta:


https://portadaloja.blogspot.com/2020/11/g-valente-ou-arte-de-matar-racistas.html
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De Anónimo a 28.11.2020 às 19:37


O problema é antigo. E foi bem retratado em A Tempestade, William Shakespeare, no personagem Caliban. Queixava-se que até era no idioma do seu "Senhor" que podia expressar a sua revolta.
Há soluções para o se sentir completamente integrado numa cultura, aonde vive. A virtuosa é ir para onde se possa sentir na sua, genuína, cultura. Reinventar uma, híbrida, é ridículo e manifestamente auto-destrutivo. 

Para quem não sabe, nem gosta, de estar aonde está, um gueto será sempre um gueto.

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