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A dialética socialista do Incumprimento

por Vasco Mina, em 24.08.16

Lembram-se do Cenário Macroeconómico apresentado ao PS por um conjunto de reputados economistas? Recordam-se que foi com base neste documento que António Costa e o PS se apresentaram como alternativa política e económica ao Governo PSD-CDS? Recentemente o Carlos Guimarães Pinto, o André Azevedo Alves e o Alexandre Homem Cristo apresentaram com muita clareza o balanço entre o que tinha sido projetado e aquilo que é hoje, nua e crua, a nossa realidade económica. Ontem, o economista e deputado do PS, Paulo Trigo Pereira, também ele um dos subscritores do citado Cenário Macroeconómico, apresenta a sua abordagem da situação económica e financeira do País. Começa humildemente por reconhecer o seguinte: “O crescimento económico é fraco há década e meia, não sendo por isso imputável nem a este nem ao anterior governo”. Assim sendo, por que subscreveu a tese de um crescimento de 2,4%? Ou seja, quando se é oposição (era o caso em 2015) então crescer é fácil e demonstrável num documento; quando se passa à governação, então o problema é do passado e resulta de uma observação estatística. Quanto ao défice apenas refere a única medida efetuada até agora pela governação socialista: ajustar, coma Comissão Europeia, a meta do défice. Ou seja, quando não se consegue pela via das reformas muda-se a meta. Muito ainda estaremos para ver o que vai ser feito nesta gin´sstica da meta variável. Sobre a dívida, o Deputado do PS reconhece, uma vez mais, que “enquanto permanecerem as necessidades de recapitalização da banca e das empresas públicas, não há forma de o seu peso no PIB diminuir”. Pergunta: mas não sabia isto quando redigiu o Cenário Macroeconómico? Porque projetou uma redução da dívida pública? É que a realidade dos números mostra, sim, um aumento da referida dívida. Não conseguindo explicar o porquê da diferença entre o projetado eo real, o Professor de Economia derrapa para a já conhecida dialética socialista justificativa do fracasso: “O terreno económico e financeiro é obviamente importante para o debate político, mas este não pode reduzir-se a crescimento económico, défice e dívida”; o que a seguir escreve é a habitual conversa da treta que já nem vale apena mencionar. O final do texto é, simplesmente, delicioso: do Governo aguarda a apresentação do Orçamento para 2017 e do PSD espera a apresentação de propostas alternativas e a definição do caminho alternativo. Mas, afinal, qual é o caminho da atual governação? É esta questão que o deputado socialista se recusa a explicar pois tudo o que foi apresentado no tal Cenário Macroeconómico se resume no seguinte: Incumprimento!


6 comentários

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De caminho do senhor a 24.08.2016 às 12:00

catástrofe! bancarrota! miséria!
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De Lufra a 24.08.2016 às 12:41

O PS parece uma incubadora de idiotas!
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De Carlão a 24.08.2016 às 14:25

As metas do défice asfixiantes como defendem a direita e o diretório alemão são incompatíveis com a democracia. Mas ponha-se a função pública a pão e àgua e cortem-se os subsídios aos pobres. Assim já temos superávit e passamos a ser o melhor aluno da turma. 


Humildemente sugiro:


50% de corte para todos os funcionários públicos e pensionistas, com retroação a 2011.
42 horas semanais no Estado.
Privatização do ensino público.
Fim do SNS.
Fim da ADSE. Que paguem num hospital privado, esses parasitas.
Donald Trump, Shauble e Medina Carreira a controlarem isto tudo, à vez, um por semana faz uma verificação do estado da arte.
Fim de todos os subsídios do Estado e criação de subsídios gordos para as famílias numerosas.
Multas altas para quem não tem filhos (o CDS até salta de alegria com estas duas úlitmas).
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De Nuno a 24.08.2016 às 21:23

É preciso muita lata - as medidas que eles querem que o PSD apresente foram as que eles reverteram.
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De carlão a 24.08.2016 às 22:44

Oi?
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De Anónimo a 25.08.2016 às 11:18

Bem observado. Se a boçalidade de Jorge Coelho e o "academismo" de PTP delimitam um espectro do apoio PS à geringonça, o colapso intelectual de PTP é muito revelador.

XisPto

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