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(…) Como Camus bem sabia, não há cosmopolitismo sem raízes, não há ética cosmopolita sem pátria. Um bom cosmopolita é um bom anfitrião que domina as artes da hospitalidade. Ser cosmopolita é tratar bem aqueles que visitam a nossa casa. A jusante, só podemos ser bons cosmopolitas se mantivermos a montante uma enorme estima pela nossa casa; só podemos amar a Humanidade se amarmos o vizinho do 4º esquerdo se pudermos ver a Humanidade num estrangeiro se amarmos a nossa rua, a nossa cidade, a nossa pátria. Ora nas últimas décadas, o multiculturalismo representou na prática a destruição organizada da nossa própria casa, a erradicação de narrativas nacionais com centenas de anos, a diabolização das nossas religiões (judaísmo e cristianismo) com milhares de anos. Como é que podemos agora reconstruir uma noção de pátria que nos liberte do multiculturalismo e que, ao mesmo tempo, evite nacionalismos?
(…) Se queremos evitar uma longa guerra civil com os islamitas e se queremos manter a essência das nossas democracias abertas, temos de reaprender a jogar bowling juntos, temos de reaprender a articular a palavra pátria, temos de voltar à decência de Albert Camus.
A Pátria de Camus, um ensaio de leitura obrigatória de Henrique Raposo hoje na revista do Expresso.
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