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O capitalismo funciona na base da confiança entre as pessoas.
Claro que o sistema repressivo do Estado reforça essa confiança quando penaliza as quebras contratuais, mas na base está mesmo a confiança entre as pessoas que permite aliviar os sistemas de controlo e tornar tudo mais eficiente.
Durante algum tempo é possível usar essa característica para subir rapidamente, enganando os outros, mas se é sempre possível enganar alguém durante muito tempo, não é possível enganar toda a gente durante todo o tempo.
O problema da relação entre a AD e o Chega está num desencontro que não se poderia resolver sem confiança, e Montenegro não tem confiança em Ventura (eu também não).
Dizer-se que era possível ter um governo estável com um acordo entre a AD e o Chega porque matematicamente desse acordo resulta uma maioria de deputados, pressupõe a convicção de que André Ventura cumprirá adequamente os compromissos que assumir, convicção que, a não existir (e como eu compreendo que não exista), torna a vantagem matemática numa inutilidade política.
Aparentemente há um braço de ferro pelo primeiro lugar à direita, de que resulta a falta de confiança de Montenegro em Ventura, suspeitando que toda a sua acção política tem como objectivo levar o Chega a substituir o PSD no regime, e a falta de interesse em Ventura se associar, de forma tranquila, ao seu principal inimigo, intuindo que o crescimento que a aliança objectiva que estabeleceu com o PS lhe permitiu, possa ser limitado numa conjuntura menos favorável.
Ventura e António Costa são muito iguais, aos dois a governação não interessa muito, o que lhes interessa é o exercício do poder, e isso permite-lhes em cada momento defender qualquer política que lhes garanta poder, tornando-os adversários temiveis.
Os tempos mais próximos não parecem estar de feição para institucionalistas como eu, que gostam de governos e políticos cinzentos, que executem políticas públicas minimalistas, deixando às pessoas, tanto quanto possível, as decisões que entenderem tomar, livremente, respeitando o carácter sagrado do direito à asneira.
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