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A SIC N ofereceu-nos esta noite um debate muito instrutivo, esclarecedor e diversificado sobre a tragédia que aconteceu e responsabilidades sobre o sucedido, e tudo isto apenas com os com seus funcionários, com a prata da casa (ou latão, melhor dizendo): o jornalista ou locutor cujo nome não me lembra e não merece que perca tempo em ir verificá-lo, o Paulo Baldaia, Eunice Lourenço e Pedro Marques Lopes.
Quatro pares de olhos centrados num único alvo, Carlos Moedas. Extraordinário! Não percebo a razão pela qual não alargaram o debate, por exemplo a João Soares e a Pedro Nuno Santos, para maior largueza ou amplitude de opiniões e assim esclarecerem melhor as pessoas que se dão ao trabalho de verem o canal. Eu dou-me a esse esforço mas apenas porque tenho um especial sentido de humor e gosto de ter matéria-prima fácil e gratuita para me divertir e escrever.
Por qualquer motivo que informaticamente desconheço, sou informado de várias “notícias” de diversos órgãos de comunicação social. De entre os bombardeamentos de hoje, recebi uma “coisa” da CNN, um escrito alegadamente de Anselmo Crespo, onde se dizia que ele teria dito, e agora entre aspas, “Anacoreta Correia veio fazer uma triste figura. Se acha que é o responsável político pela tragédia em Lisboa só tem de se demitir.”
Aquilo bateu-me forte, fortemente, como quem chama por mim. Gente não era certamente e a chuva não bate assim pelo que fui ver. Na verdade achei estranho e, conhecendo bem a categoria, honestidade e seriedade de Filipe Anacoreta Correia, não acreditei no que estava a ler e tive de confirmar.
Ao contrário do que afirmava falsamente Anselmo Crespo na mensagem que recebi da CNN, Filipe Anacoreta Correia não disse que se achava “o responsável político pela tragédia em Lisboa” nem tem, obviamente, de se demitir.
O que Filipe Anacoreta Correia disse foi que era ele quem tinha os pelouros da mobilidade e das empresas municipais (como é o caso da Carris) e que “Se é para apurar responsabilidades políticas, elas devem ser apuradas em mim, de forma inequívoca”, e não sobre Carlos Moedas.
Acrescentou ainda Filipe Anacoreta Correia que não hesitaria em demitir-se se houvesse qualquer indicação de que houve falhas de índole política (que não se verificou, tanto quanto se sabe até agora), que ainda não há qualquer dado objectivo que permita imputar responsabilidades políticas a quem quer que seja (que não há, até ao momento) e que era necessário esperar pelos resultados da investigação (como é evidente), tendo também reforçado (e obviamente) a autonomia operacional da Carris.
Esclareceu também que não tinha conhecimento de quaisquer queixas de sindicatos da Carris sobre falhas na manutenção e que tinha tido este trimestre uma reunião com sindicalistas e que nenhum lhe tinha comunicado essas supostas queixas.
De forma que, na posse dos dados que existem, eu posso dizer, tal como o Ministro disse do Reitor, que Anselmo Crespo é um mentiroso e que da próxima vez que se referir a Filipe Anacoreta Correia deve lavar antes, e bastante bem, a sua boquinha com sabão como a Mamã Dalton fazia ao Averell.
A comunicação social queixa-se de não ser levada a sério, de não ser ouvida, lida, vista ou comprada. Acontece que certa comunicação social deixou de ser uma fonte de informação séria e independente para ser uma activista e agente política que prefere, ao invés de noticiar, influenciar e levar a cabo as suas pretensões, quaisquer que elas sejam.
Como pretende ela ter o mínimo de credibilidade?
Vasco Lobo Xavier
"Como pretende ela ter o mínimo de credibilidade?" ---------------------------- Parece-me óbvio que já desistiram disso faz tempo ,antes mesmo do aparecimento dos poligrafos e "fact-checkers" , os quais são na verdade pouco mais que instrumentos de ataque político a quem não alinha nas narrativas oficiais e politicamente "correctas".
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