Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
De tempos a tempos a comunicação social queixa-se de que ninguém a vê, ninguém a lê, ninguém a ouve, ninguém a compra. E chora, chora, chora, lamentando-se do seu público alvo, que não presta. A comunicação social portuguesa nunca imagina nem admitiria que quem não presta é ela e que as pessoas não a vêem, não a lêem, não a ouvem ou não a compram porque não acreditam nela e porque ela não presta. Mas é assim mesmo.
Hoje ouvi na rádio (não sei se na Antena 1 se na TSF) que a Comissão Técnica que realizou o relatório sobre os fogos (e que afecta mortalmente o governo da geringonça) admitiu que havia “informação não totalmente correcta no relatório dos incêndios de outubro”, pondo assim em causa o seu próprio relatório. Achei estranho. Cheguei a casa e bisbilhotei os jornais na net e aparecia esse título em vários deles, até no Observador.
Fui então à fonte, por desconfiar da canalização, e apercebi-me que aquilo que foi dito, na verdade, foi que a Comissão não podia (obviamente) garantir que fossem verdadeiros os dados em que se baseou para elaborar o Relatório, mas apenas garantir que o seu Relatório se sustentou, todo ele, em “documentos oficiais”.
Ora isto é completamente diferente daquilo que os títulos e chamadas de atenção pretenderam fazer crer.
A comunicação social portuguesa lamenta-se porque ninguém a lê, a vê, a ouve e compra? Eu acho extraordinário é que neste país alguém a leia, veja, oiça e compre.
É verdade, a imprensa anda mal. Alguém da comunicação social devia perguntar ao senhor da Comissão Técnica o que andou afinal a fazer, para vir agora dizer que afinal vai analisar a coisa com maior profundidade.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Não vou repetir um comentário que já fiz noutro po...
Exactamente. E depois temos isto:https://sicnotici...
Estamos quase todos a ser 'aspirados' de alguma fo...
Como sabe o mundo do crime está, no capitulo judic...
Com República ou Repúbica hoje consta ser o dia da...