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Infelizmente, o circo político criado em torno da co-adopção e as “habilidades” criadas por alguns deputados do PS, que só se parecem preocupar com a agenda ideológica esquecendo o País e as dificuldades reais dos portugueses, veio colocar as indefesas crianças no centro de uma discussão para a qual elas nada podem fazer para ser ouvidas.
No entanto, rapidamente vários pseudointelectuais se vieram arrogar em defensores dos direitos dos homossexuais em adoptar, imagine-se, ignorando os direitos das crianças a ter um pai e uma mãe.
Na minha opinião, o desejo a co-adoptar dos adultos nunca se pode impor aquilo que aos olhos da ciência parece ser o melhor para as crianças.
O Parlamento e o Estado devem essencialmente regular e defender os direitos das crianças a terem uma família o mais parecido com a família natural, é isso que diz o instituto da adopção, e não fazer ciência, o que compete às universidades e às academias, sendo estas que se devem pronunciar através de estudos até porque têm competências e conhecimentos para o fazer.
Vejamos, pegando por exemplo na análise da Ordem dos Psicólogos, (1) esta inclui autores com publicações em revistas sem qualquer indexação nacional ou internacional e em publicações menores, para ignorar por completo autores de referência mundial que publicaram nas melhores revistas internacionais, em 2012, como Mark Regnerus (2) ou Lorens Marks (3), com dois importantes estudos: um mostrando claramente que as crianças criadas por pessoas do mesmo sexo têm resultados significativamente piores nas dimensões sociais, emocionais e relacionais e o outro onde os estudos que defendiam não existirem diferenças eram constituídos por amostras muito reduzidas e não representativas com falhas metodológicas graves.
De referir ainda que apenas cerca de metade das referências (52.8%) fazem parte da lista apresentada de publicações revistas por pares com factor de impacto, o que é manifestamente pouco.
Como se isto não bastasse para facilmente colocar em causa a forma como chegaram às conclusões, onde claramente não encontram nada que obste à co-adopção, parece terem-se esquecido do principal. É que o que este diploma da co-adopção implica, entre outras coisas, é a filiação forçada das crianças a ter dois pais ou duas mães, e isso não é referido de forma evidente, não se explicando se este facto que vai ser imposto às crianças é ou não prejudicial ao seu desenvolvimento, à sua construção da identidade e da personalidade e às suas relações sociais.
Só por isto, qualquer um de nós deve ter a prudência e o bom senso suficientes para perceber que no mínimo é cedo para avançar para uma engenharia social arriscada como a co-adopção.
A forma apresentada, por alguns, para concluir um apoio explícito à co-adopção, ignorando importantes estudos recentes e o uso de um argumentário que afirma, entre outras coisas “que os homossexuais são tão bons pais e cuidam tão bem de crianças como os heterossexuais…” é infeliz e desprovido de qualquer senso.
Todos sabemos que não é isto que está em causa! Apesar de se saber que o melhor meio familiar para as crianças crescerem é com um pai e com uma mãe, não está em causa neste diploma legal se a criança pode ou não viver com duas pessoas do mesmo sexo ou com orientações sexuais homo ou bissexuais.
O que tem de contar para a decisão é se uma criança forçada a ter uma filiação de dois pais ou duas mães vai ter pelo menos as mesmas oportunidades para o seu desenvolvimento do que as crianças sem essa imposição!
Francamente, é que à Mulher de César não basta ser séria é preciso parecê-lo!
Abel Matos Santos
Psicólogo Clínico e Sexologista
Originalmente publicado aqui
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Muito bem!
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«As costas da Mina e a da Guiné foram desde o sécu...
Siga prà marinha.Muito bem.
Muito bem, nada a apontar