Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
A família Azevedo resolveu, há muitos anos, meter-se num perdócio (a expressão é do próprio Belmiro de Azevedo) a que chamou Público, convencido por um conjunto de jornalistas com provas dadas.
Bem, resolveu investir num jornal de qualidade porque pretendia garantir que houvesse imprensa livre e sem intervenção editorial dos seus proprietários.
Como é da mais básica teoria económica, um produtor que não depende dos seus consumidores, e que sabe ter os seus prejuízos sempre cobertos pela caridade alheia, acaba a produzir coisas sem qualidade, o que seria o menos, e sobretudo sem utilidade social.
A degradação do perdócio a que chamam Público tem vindo a acentuar-se - não falo de ouvir dizer, eu compro o jornal todos os dias, em papel, tal como às vezes compro frescos que não estão frescos como gostaria, apenas porque me fazem falta e a procura de alternativas melhoras não justifica o esforço que teria de fazer - ao ponto de publicarem e darem destaque a coisas completamente tresloucadas (ver as mais recentes junções de letras de Alexandra Lucas Coelho, por exemplo) ou dedicarem-se à promoção da mais pura iliteracia económica (ver a lomnga lista de coisas de Rafaela Burd Relvas sobre habitação, por exemplo).
Até aqui, nada de anormal, a não ser a fidelidade da família Azevedo ao seu pobre privativo, que a leva a manter a caridade, mesmo sabendo que há muito deixou de servir para alimentar o pobre, servindo agora apenas para lhe alimentar os vícios.
Continuarei a comprar o jornal em papel, até que haja qualquer coisa melhor em papel, e não deixarei de o fazer, mesmo que Público tenha escolhido hoje, 7 de Outubro, para falar daquilo a que o Público chama a destruição de um território e do povo palestiniano.
A mim só me fazem lembrar esta música de John Lennon sobre Paul McCartney, ou melhor, o seu título, "How do you sleep?" e, francamente, não consigo entender como a caridade da família Azevedo vai ao ponto de aceitar o branqueamento de um massacre.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Subscrevo e partilho das mesmas preocupações.Algum...
Em todo o caso creio que o grande desafio, muitíss...
Creio que no essencial as coisas caminham, se não ...
Sou assalariado desde que comecei a trbalhar, desd...
Desde que disseram esse disparate que eu pensei, b...