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"Podem estar seguros que não adotarei a austeridade de 2011"
Recordo com um arrepio a dura austeridade de 2011. Lembro a sua classificação, pela esquerda bem falante, de ser mais Troikista que a Troika, de ser uma punição ideológica e que, Passos Coelho, ao invés de se esconder atrás da pesada herança de Sócrates e da imposição da terrível Troika, ter o “desplante” de assumir as politicas seguidas como necessárias em si mesmas. Obviamente um político sem capacidade de comunicação.
Com a chegada de António Costa ao poder, a austeridade termina de forma imediata. Achei estranho, pois não houve diminuição dos impostos e a política orçamental continuou num sentido de consolidação acima das exigências internacionais, o que me encheu de satisfação mas também de confusão, pois esse facto passou a chamar-se uma política de boas contas. Não vi também aumento do investimento publico e melhoras do serviço nacional de saúde. Percebi depois que, aparentemente, o fim da austeridade acontece quando a função publica ganha ou recupera direitos.
Estou curioso com o que António Costa quis dizer com não adoptar a austeridade de 2011. A primeira pista não é boa. Ainda não há nenhuma indicação do cancelamento dos aumentos salariais para a função publica. Que a confirmar-se, será mais uma indicação do estatuto privilegiado que tem em relação á atividade privada.
Uma coisa é certa, ao Dr. António Costa, ninguém pode negar simpatia e extraordinárias capacidades de comunicação.
José Miguel Roque Martins
Convidado Especial*
* As opiniões manifestadas nos textos de convidados com a assinatura "Corta-fitas" só comprometem os seus autores.
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