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PSD, Chega e IL fazem bem em manter o escrutínio implacável da Comissão de Inquérito sobre a TAP. Mas:
- não deveriam, porém, deixar que o tema exclusivo sejam as tricas nos ministérios e na chefia do governo. Devem simultaneamente insistir na extraordinária perda de valor da nacionalização socialista, e desfazer as fantasias com que o PS vem tentando fazer crer (mais uma vez) que a culpa é do Governo Passos Coelho, que privatizou em cumprimento do Memorando de Entendimento que os socialistas negociaram e assinatram, para resgate da bancarrota que os socialistas provocaram.
- acima de tudo, PSD, Chega e IL não podem deixar-se cair na armadilha de se focarem exclusivamente na CPI ou na palhaçada da nova lei do tabaco e outros fogachos do género criados intencionalmente para os distrair, assim deixando à solta o ministro da Saúde (para fazer promessas vãs e dizer vacuidades), e o ministro da Economia (para dizer que temos «uma almofada» apesar dos 272 mil milhões da dívida, e dos juros em subida), e o ministro das Finanças (para proclamar triunfos financeiros falseados), e o ministro da Educação (para dizer nada), e o ministro das Infraestruturas (para ir empurrando o projeto de furtar Portugal à concorrência e à rede ferroviária europeia, insistir no hidrogénio verde ruinoso e produtor de luvas, ou arrasar vilas por causa do lítio) e a ministra da Agricultura (para arruinar o sector), e a ministra da Justiça (para estar ausente e calada perante instrumentalizações e entorses).
É claro que talvez para isso PSD, Chega e IL tivessem que ser oposição.
(...) com políticos como Galamba, tal como com Sócrates, a economia portuguesa vai continuar a definhar, estagnada nos últimos lugares da Europa em todos os índices económicos do Eurostat, e a ser humilhantemente ultrapassada até pelos países do antigo bloco comunista. Isto, precisamente, devido à nossa economia estar asfixiada por uma das energias mais caras da Europa e devido aos impostos de um país pobre e com tantas necessidades serem desbaratados assim de forma tonta e megalomaníaca, por governantes sem quaisquer qualificações empresariais. Políticos sempre envolvidos em grandes negócios com a GALP, EDP, REN ou outras companhias que tiveram, têm, e terão ex-políticos nas administrações a receber milhões de euros.
Reveladoramente, a Tesla... não tem políticos na sua administração, só empresários a sério. Por isso, é bem-sucedida... Para dar retorno aos investidores com bases sólidas em conhecimentos tecnológicos e físicos.
(cont.) A companhia Tesla é rica e bem-sucedida porque tem uma liderança construtiva e excelente, qualificada profissional e empresarialmente; a nação Portugal é pobre e endividada porque no hidrogénio e em tantas outras áreas tem uma chefia política destrutiva e péssima, sem experiência profissional ou empresarial, em áreas que não domina, mas onde gasta milhares de milhões de euros irresponsável e levianamente, sem discussão nem olhar a objeções de peritos tecnológicos, aos quais em vez de ouvir, insulta – como fez aos 44 signatários do manifesto que questionava a estratégia nacional do Governo para o hidrogénio, incluindo corajosos professores do Instituto Superior Técnico, especialistas em energia. A solução parece óbvia. Portugal tem de desinvestir em políticos sem profissão, que não a dependência da política, e investir em quem saiba gerir. Tomando de empréstimo as expressões de Musk, persistirmos nessa cultura política portuguesa “terrível” e “ineficiente” parece ser algo “incrivelmente estúpido” que tem levado a resultados desastrosos. Se não mudarmos de classe política, então boa sorte a todos nós portugueses, para que Galamba ou qualquer um dos seus colegas “jovens turcos” no Governo possa vir a ter resultados diferentes de Sócrates.»
https://observador.pt/opiniao/o-incrivel
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