Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Uma estratégia que preserve a esperança

por João Távora, em 07.10.13

 

No dia de mais um aniversário da “república”, convém relembrar que a chefia de Estado real, como provam as velhas monarquias constitucionais europeias, em situações de crise politica ou económica opera com extraordinária eficácia como factor de equilíbrio e elemento aglutinador. 

Dito isto, estou convicto que o aproveitamento do descontentamento popular e das fragilidades de um País sob resgate financeiro e sob forte ameaça de desagregação social com vista à afirmação do ideário monárquico parece-me um grave erro. Foi esse o modelo de intervenção dos republicanos nos anos que antecederam o 5 de Outubro: de uma forma impiedosa, numa política de terra queimada, de “quanto pior melhor”, todas as ignomínias foram utilizadas para denegrir a Chefia de Estado e o regime constitucional monárquico: a intriga permanente, a violência verbal e a calúnia, o assassinato político, o golpismo e o facciosismo deram frutos em 1908. Depois, o sucesso da “república” apenas foi possível à custa dum País profundamente fracturado e deprimido, e com a imposição duma continuada repressão e violência sobre os portugueses. Os reflexos desse trágico período condicionaram a nossa História até aos dias de Hoje.
Acontece que a agenda dos monárquicos militantes é de facto mais difícil de afirmar nestes tempos de desagregação, empobrecimento, mágoa e revolta que vivemos; quando a demagogia apela à irracionalidade e a uma intolerante agenda igualitária que invoca os instintos mais primários. Tanto mais que o regime monárquico para ser eficaz, exige uma Nação com auto-estima e um Estado com instituições credíveis, factores intrinsecamente orgânicos, porque emergentes do Povo de que procedem. 
A militância Realista é, por tudo o que referi, um trabalho de longo prazo. Uma exigente maratona de persistência, paciência e inteligência. Porque só após edificada a monarquia, reflectida na solidez das instituições democráticas da Nação, faz sentido chamar o Rei.

 

Publicado Sábado no jornal i 

Um país inSeguro

por João Távora, em 19.09.13

O tom radicalizado assumido por António José Seguro reforça a minha ideia de que o PS envereda por caminhos escusos na sua estratégia de assalto ao poder, que fragilizado, arrisca um dia destes lhe caia ao colo. Se esse discurso de desespero satisfaz o aparelho do partido e as franjas mais à esquerda do seu eleitorado que acredita genuinamente que a ruptura com o Euro é saída válida para a crise, desconfio que a irracionalidade das reivindicações assuste o eleitorado de centro que é aquele que consubstanciaria aos socialistas uma clara vitória eleitoral. De resto, nas actuais circunstâncias o excesso de teatralização no combate político prejudica qualquer uma das partes da contenda: as pessoas da rua não só descrêem em promessas fáceis, como anseiam secretamente o termo deste ambiente de pré guerra civil e por uma solução o menos dolorosa que possível para a crise financeira em que o País mergulhou com o governo Sócrates.

Se a votação nas autárquicas não for um indicador credível desta tese, aguardemos então pelas próximas sondagens para verificar.

Para rir, se não fosse para chorar

por João Távora, em 03.07.13

Ao invés, o CDS considera que é num quadro de estabilidade e de procura de consensos políticos que se podem obter as mudanças necessárias no relacionamento com a missão externa e na margem de manobra do Estado português.


Excerto retirado da página 32 da moção de Paulo Portas ao Congresso do CDS Sábado na Póvoa do Varzim


Com a devida vénia ao Samuel de Paiva Pires, daqui.


A esperança é a última a morrer

por João Távora, em 19.06.13

É sempre com alguma estranheza que constato que a maioria dos católicos parece preferir viver distante da acção política. Apesar disso, não deixam de se alvoraçar com algumas decisões tomadas - cada vez mais distantes dos seus valores. Assim se vão entrincheirando, desistentes, justificando a rendição com a impotência de cada um para debelar as mais fantásticas teorias da conspiração e todo um cardápio de obscuros adamastores inexpugnáveis. 
Se é certo que os católicos nos dias de hoje já não possuem a representatividade de outrora, parece-me que em Portugal constituem ainda uma força social significativa, provavelmente mais informada e convicta do que noutras eras. Para mais, acredito que o sentido filosófico e existencial que representam constitui uma referência decisiva, e necessária, na sociedade actual, crescentemente enleada em tão profunda crise. 
É nesse sentido que interpreto a exortação do Papa Francisco aos cristãos para que se envolvam na política, considerando-a uma forma de caridade. De facto, talvez o pouco empenho dos cristãos contribua decisivamente para a má reputação das organizações políticas. "É muito fácil culpar os outros", referiu.
É inspirado por este sentido de serviço que estou envolvido na vida política, no caso, partidária, tentando, com o meu modesto contributo reconhecer-me um pouco mais no País a que pertenço e de que me sinto parte. E no próximo congresso do CDS defender uma Moção que com orgulho sou subscritor. Porque a esperança é a última a morrer.

Da greve dos professores

por João Távora, em 16.06.13

Só uma classe que recusou, como ultraje, a possibilidade de ser avaliada para efeitos de progressão profissional – isto é, uma classe de medíocres reivindicam o direito constitucional de ganharem o mesmo que os competentes – é que se pode permitir a irresponsabilidade e a leviandade de decretar uma greve aos exames nacionais. Nisso são os professores exemplares: transmitem aos alunos o seu próprio exemplo, o exemplo de quem acha que os exames, as avaliações são um incómodo para a paz de um sistema assente na desresponsabilização, na nivelação de todos por baixo, na ausência de estímulo ao mérito e esforço individual.
Mas a greve dos professores vai muito para lá deles: reflecte o estado de espírito de uma parte do País que não entendeu ou não quer entender o que lhe aconteceu. Deixem-me, então recordar: Portugal faliu. O Portugal das baixas psicológicas, dos direitos adquiridos para sempre, das falcatruas fiscais, das reformas antecipadas, dos subsídios para tudo e mais alguma coisa, dos salários iguais para os que trabalham e os que preguiçam, faliu. Faliu: não é mais sustentável. (…) Se alguém conhece uma alternativa mágica em que se possa ter professores sem crianças, auto-estradas sem carros, reformas sem dinheiro para as pagar, acumulando dívida a 6,7 ou 8% de juros para a geração seguinte pagar, que o diga.


Miguel Sousa tavares, Expresso 15 Junho 2013



Dois anos de governo e a via revolucionária

por João Távora, em 05.06.13

 

No dia que o governo completa dois anos de sobrevivência num contexto político e económico particularmente severo, sabemos por esta sondagem que apesar dos sacrifícios que se nos vem sendo exigidos, a maioria dos portugueses deseja que termine a legislatura. Mas não é essa a sensação que fica ao "auscultarmos os ventos" - o que diga-se, não é um método muito fiável de aferir a vontade popular. 
Nesse sentido é para mim um espanto a capacidade de atracção mediática dos grupelhos de protesto “espontâneo” que se desmultiplicam promovidos pelas estruturas dos sindicatos ou partidos da esquerda radical. É extraordinário como meia dúzia de profissionais do tumulto se arvoram representar a maioria dos portugueses no desejo de demissão de um governo a meio de um mandato. É muito perigosa a pretensão terceiro-mundista de que a legitimidade de um governo está sistematicamente em causa, seja ao sabor das sondagens ou de acordo com a agenda de cada grupo que pretenda o assalto ao poder através da rua, tentação só possível num país em que se cultiva o descrédito das já de si tão frágeis instituições políticas. De resto, fica por saber a quem interessa a destruição e o caos que sempre causaria ao País a via “revolucionária”. 

 

Libertar Portugal da Austeridade?

por João Távora, em 31.05.13

soares.jpg

 

Estes malfadados tempos de aperto dão para tudo: é extraordinário como num Portugal "moderno e europeu" a oposição é protagonizada por um político reformado com dificuldades de concentração e falta de memória que invoca a luta de rua contra um governo legitimado por uma maioria parlamentar, e mais grave que tudo, contra uma austeridade para qual não se conhece qualquer alternativa. Como refere Bruno Faria Lopes do jornal de Negócios, "Libertar Portugal da Austeridade" é um slogan político mentiroso (o que implica dolo) ou simplesmente lunático (o que implica uma leitura errada da situação do país). Dentro do euro haverá mais austeridade. Fora do euro haverá mais austeridade. A comparação do nível de austeridade dentro ou fora do euro está ainda muito por fazer - mais ou menos intensa, durante mais ou menos tempo - mas jamais algum destes caminhos significará "Libertar Portugal da Austeridade" nos próximos anos. Reconhecer isto não é o mesmo que desejá-lo - é, apenas, um reconhecimento elementar do contexto do país.

Onde se esconde o Diabo, afinal?

por João Távora, em 09.05.13

 

Os cortes nos carros e nos motoristas das empresas, institutos e organismos tutelados pelo ministério da Economia, quase todas deficitárias, constitui de facto uma medida de grande teor simbólico, o que não é despiciendo. Para mais as "gorduras do Estado" são em boa parte constituídas por muitos destes "detalhes" - a maior parte delas escondidas numa presunção de "insignificância"



Proporcionalidade

por João Távora, em 06.05.13

Perante o estado de excepção em que decorre esta legislatura, pergunto-me como os comentadores regimentais conseguirão manter crescente o seu tom de hecatombe. Há mais de dois anos que se esganiçam, não tarda ficam afónicos (ou sem vocabolário).

 

Pelas minhas contas estamos falidos

por João Távora, em 05.04.13

1.224 milhões, segundo o José Gomes Ferreira. Cortar na despesa é inconstitucional.


Isto ainda pode piorar muito

por João Távora, em 05.04.13

 

Não sei se algum dos juízes do Tribunal Constitucional (o Conselho da Revolução de má memória era mais célere) terá reparado que a montante das medidas do governo para suster uma despesa pública insustentável, objectivamente inconstitucional é a nossa carência de soberania. Andam para aí todos contentes a discutir frivolidades carregadas boutades e de adjectivos bombásticos (impressiona por isso o discurso de Zorrinho quarta-feira passada na AR – alguém se lembra?) a fingir que nada se passou em Maio de 2011, como se o dinheiro nascesse nas paredes da rua com multibanco e isto um dia ainda nos estoira nas mãos. Um desenlace nada grandioso ou romântico. 

Sim, o pesadelo ainda pode virar tragédia.

por João Távora, em 03.04.13

 

A respeito da moção de censura hoje a ser apresentada pelo Partido Socialista, tenho a dizer que me faz uma imensa confusão o tremendo desrespeito que os políticos em geral demonstram para com a realidade, mesmo quando neste caso tenham tido o cuidado de lhe endereçar uma carta a dar palmadinhas nas costas.
Constituindo este governo para mim uma enorme desilusão pela inabilidade política e falta de coragem reformadora demonstradas, está também claro que, no que concerne ao empobrecimento, no actual quadro da união europeia e da moeda única, não há qualquer alternativa. Evidentemente que se poderá sempre mudar “a narrativa” aspecto que como todos sabemos a realidade é absolutamente indiferente. Sim podemos pedir à orquestra que mude o reportório, mas as águas geladas continuarão a subir e fazer vítimas. O pesadelo ainda pode virar tragédia. 

 

Valha-nos o circo

por João Távora, em 21.03.13


A notícia de que as extraordinárias reflexões políticas de José Sócrates irão voltar ao nosso quotidiano por via dum programa no canal público, caiu-nos esta manhã nas cabeças que nem uma bomba de estilhaços. Muitos como eu ter-se-ão questionado por momentos se não se trataria de uma mentira de 1º de Abril ou de outro equívoco qualquer, mesmo que saibamos como o sistema mediático simpatiza com o escândalo e as aberrações para se alimentar com os mais baixos instintos humanos. É por is so que, depois de pensar melhor, acabo por compreender a lógica desta contratação. Basta verificar a estupefacção que reina nas ruas, nos cafés, e que emerge num invulgar escarcéu nas redes sociais: assim como o Diário de Notícias ganhou o dia com a cacha, de um momento para o outro a R.T.P. passou da obscura circunspecção para as bocas do mundo, tema do dia, tema da semana, vão ver. No fundo, no fundo, quais serão aqueles de nós que resistirão ao perverso voyeurismo de, pelo menos no primeiro programa, verem com os próprios olhos a cara de pau e a total falta de vergonha do “delinquente político” que pastoreou alegre e convictamente os portugueses para o desastre.

A desgovernada III republica

por João Távora, em 10.03.13

 

As justificações do aflito e impopular presidente no famigerado prefácio ao seu livro “Roteiros VII" constituem a prova provada da ineficácia do sistema de Chefia de Estado da nossa república. Refém de prerrogativas constitucionais que lhe legitimam a interferência no poder executivo, qualquer silêncio ou abstenção de Cavaco perante a gravíssima crise que afunda os portugueses no desespero, por mais sincero que seja, é interpretado à luz das cores partidárias que o elegeram, as mesmas que nos governam hoje impondo ao país em profunda crise brutais doses de austeridade. Nesse sentido é absolutamente inglória qualquer tentativa sua de se posicionar acima das facções em disputa do poder.
De facto o nosso sistema semipresidencialista convida ao conflito institucional. Imaginem por momentos que o "candidato poeta" ocupava nesta altura a cadeira de Belém. O mais provável seria a este ponto ter já cedido à tentação de atender ao ruído dos protestos da rua e das redes sociais, em boa parte a sua base social de apoio. Dessa forma teria Alegre “monarquicamente” (no sentido de unilateral) assumido o conflito institucional com o parlamento (em qualquer país civilizado o órgão democrático por excelência, porque representativo, colegial e plural) cuja maioria há menos de dois anos legitimada pelo voto popular suporta o governo do resgate, destituindo Passos Coelho e comprometendo o ajustamento a que a Europa e os credores nos comprometeram.
Eis que os desgastados órgãos de soberania nacionais se revelam reféns da arquitectura do regime, quando a Nação sitiada num trágico processo de resgate financeiro, delas mais necessita.

Águas revoltas

por João Távora, em 06.03.13

 

Desde que interrompido o seu projecto de assalto ao poder no final do período revolucionário nos anos setenta, habituámos-nos a viver com o ruído das extremas-esquerdas, que com um pé dentro e outro fora do sistema, sempre souberam aproveitar o terreno fértil proporcionado pela nossa frágil sociedade civil e imatura democracia representativa, afinal o seu ancestral “inimigo” a abater.
Aqui chegados, os sentimentos de desilusão, receio e desespero que comportam estes tempos de brutal e inevitável ajustamento conferem ao seu discurso  uma oportunidade única de ressonância mediática e ilusória “legitimação”. A questão não seria tão alarmante se a situação que atravessamos se tratasse de uma mera crise, por definição um fenómeno passageiro, que não é. Por tudo isso distancio-me dos tão em voga movimentos de protesto, um caldo de sensibilidades e de “partidos”, sempre manipulado pelas bem organizadas máquinas dos sectores radicais que se distinguem pelas tirânicas soluções que gostaríamos de ver definitivamente adormecidas nas mais negras páginas da nossa história.

Os tempos que se adivinham apresentam-se politicamente tempestuosos e exigem acima de tudo muita racionalidade que consiga aplacar estados de espírito e rancores que por mais intensos que sejam não nos libertam da realidade a que estamos sujeitos. José Sócrates descobriu tarde de mais que “o mundo mudou”. A questão actual e pertinente é de como preservar e fortalecer a democracia num processo prolongado de empobrecimento do Ocidente, fruto o reequilíbrio das economias mundiais e da acumulação de erros políticos das últimas décadas.

Manifestação

por João Távora, em 02.03.13

Alguém que explique por favor àqueles senhores dos sindicatos, do PCP e do BE que hoje nas TVs têm um privilegiado tempo de antena: pelas regras por eles conhecidas e aceites (?), a avaliação da prestação dum qualquer governo (de qualquer um, mesmo que não seja de esquerda) é feita pelos representantes do povo no parlamento, e em último caso nas urnas por voto secreto e universal, de preferência no final da legislatura. Uma manifestação é uma manifestação, é legítimo e faz bem aos nervos, mas não é uma sondagem, muito menos um referendo.

Vistas assim as coisas

por João Távora, em 26.02.13

 

“Os italianos votaram em massa contra a austeridade”, referia-se assim hoje em título o jornal i à vitória da esquerda em Itália na capa.  



Inquietações

por João Távora, em 26.02.13

 

Tendo em conta a cultura dominante nos meios de comunicação social e nas oligarquias do regime; quando ser de esquerda é considerado uma virtude em contraponto ao adjectivo pejorativo que constitui a posição contrária; jamais se poderia esperar um mandato menos que conturbado a um governo de direita em Portugal. A tarefa revela-se então ciclópica na actual situação de resgate financeiro e emergência nacional, para mais coincidente com um processo de ligeiro reequilíbrio das economias mundiais e o correspondente empobrecimento do ocidente a que se assiste. É por isso que receio que nos defrontemos de novo com o facto de um governo não socialista não vir a completar o legítimo mandato por razões exógenas à democracia e seus preceitos regulamentares. Por mais justificações que se atribuam a estes golpes de Estado o assunto inquieta-me profundamente.
Assim como me inquieta que o partido que arruinou as finanças do país e que negociou e assinou o respectivo acordo de resgate financeiro com o FMI e os parceiros Europeus, tenha conseguido fazer vingar a ilusão colectiva de que a austeridade é um mero capricho, uma opção ideológica, e não a consequência de uma economia moribunda e da impossibilidade de financiamento do Estado nos mercados financeiros. Um embuste que incendeia as ruas e põe em causa a salutar alternância dos partidos no poder. E que mais tarde em confronto com a realidade resultará em mais um profundo golpe no crédito da democracia. 

Chega!

por Vasco M. Rosa, em 18.02.13

Bateu aqui à porta uma jovem com um inquérito da Universidade Católica fazendo uma série de perguntas sobre a situação em que vivemos, as opções políticas do residente, a sua adesão ou repulsão das políticas actuais e o seu cheiro quanto à liderança do partido socialista e se Seguro ou Costa seriam melhores PM. É bom responder, mas algumas perguntas exigiriam maior leque de respostas que desse margem para a expressão de uma maior consciência política.

A questão da liderança do PS e da arrepiante hipótese dum novo governo PS é que me pareceu a mais no pacote, embora entenda a necessidade de maximizar os inquéritos. Tanto faz que seja um ou outro; pouco mais será que simpatia ou antipatia pessoal, ou então a arrepiante contabilidade dos riscos que correríamos caso um deles fosse PM. Já nos chega o sarilho que o outro nos deixou!

Terra queimada

por João Távora, em 07.02.13

 

A atitude persecutória e difamante aplicada pela oposição a Franquelim Alves é uma demonstração do grau zero da disputa política, que incinera tudo à sua volta sem olhar a meios. Já esteve mais longe o dia em que apenas uns poucos quadros do aparelhos partidários, tão desqualificados quanto desesperados, aceitarão o enxovalho dum cargo político. 


Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • Filipe Costa

    Eu acho que podiamos começar a resolver o problema...

  • Antonio Maria Lamas

    Muito bem o Henrique a pôr as coisas no seu devido...

  • Anonimo

    Obrigado por mais um texto esclarecedor do que se ...

  • Anonimo

    O construtor vai construir de acordo com as necess...

  • Anonimo

    ExactoQualquer estudante de 10 num curso de econom...


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2024
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2023
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2022
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2021
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2020
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2019
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2018
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2017
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2016
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2015
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2014
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2013
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2012
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2011
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2010
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2009
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2008
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2007
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D
    248. 2006
    249. J
    250. F
    251. M
    252. A
    253. M
    254. J
    255. J
    256. A
    257. S
    258. O
    259. N
    260. D