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Insisto que as reacções da "nossa"pobre esquerda às posições políticas (quanto à resolução da crise do euro) da Alemanha ou da Inglaterra reflectem indisfarçáveis tiques de xenofobia, nalguns casos de puro racismo, atentatório de uma Nação supostamente civilizada. Vale-nos o facto das vozes de burro não chegarem ao céu.
Com a sua decisão de submeter a referendo o mais recente pacote de ajuda à Grécia, Papandreou fez política de alta escola e risco, e deu uma bofetada na cara, um murro no estômago e um pontapé nas pudendas dos cultores da tibieza. O primeiro-ministro grego fartou-se de ver os gregos sufocados, tratados como aldrabões, preguiçosos, sulistas sem préstimo, e convidados a penas de untermensch por uma Europa que nem tem a coragem de reconhecer a sua herança.
Os astutos negociadores financeiros, os hábeis planeadores económicos, os prudentes chefes de governo hão-de estar agora a pensar como foi, afinal, que um golpe político passou a rasgar e desfez os parcos ganhos das suas negociações tão sábias e demoradas.
Foi a política, estúpidos.
Com política, Papandreou subiu a parada para níveis gerais e alarmantes de risco. Razão pela qual, ele, Papandreou, não pode perder de maneira nenhuma.
Se o referendo não se realizar, afinal, isso só poderá ter acontecido por duas razões: internamente, pelo advento de um governo de salvação nacional e o recuo dos distúrbios; externamente, pelo advento, por fim, de um plano de real resgate da Grécia (embora possivelmente injusto para toda a restante Europa).
Ganhe o «sim» ou o «não» no referendo, Papandreou terá feito a Europa mexer-se, com apenas um susto de morte ou, então, com o próprio deflagar do desastre financeiro e económico na zona euro e em toda a União Europeia.
Se o referendo acontecer, e o «sim» ao novo plano de resgate vencer, Papandreou vence mais que eleições, vence na confiança e (de novo) faz que a oposição se junte às suas fileiras e põe distúrbios «indignados» para lá da linha da marginalidade.
Com uma vitória do «não», pode Papandreou retirar-se sem lavar as mãos. Terá, de facto, tentado tudo.
Vem de onde não se esperava, mas ... querias liderança política?! Toma!
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Muito bem, nada a apontar
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