Espelho meu...

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Espelho meu...

por João Távora, em 30.09.06

Tenho sangue de barata, sou um resistente. Sou monárquico, do Sporting, conservador, de direita (com as letras todas), casado e católico praticante. Habituado a duras batalhas, sempre com fé, sempre empenhado. Habituado a levar muita porrada, sim!
Mas agora é demais: chegado à charmosa idade dos 45 anos, com as minhas respeitáveis entradas, cabelos grisalhos e apurada sabedoria, no auge do meu convencimento, sou surpreendido pela insolente Margarida Rebelo Pinto. Afirma ela na sua catedrática e sexy coluna do Sol, que afinal as mulheres da moda, modernas, maduras e inteligentes, provavelmente as que contam, hoje em dia preferem os rapazes mais novos. Agora deu-lhes para isso… Diz que têm mais graça sem traumas e descomplexados… que são uma fonte inesgotável de… Arghh! Não sei se aguento mais esta contrariedade.
O que me vale é que sou monárquico, do Sporting, conservador, de direita, casado e católico praticante!

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8 comentários

De Gonçalo Ameal a 03.10.2006 às 00:05

Monárquico sim, conservador e de direita sim, do Sporting sim, fonte inesgotável de Arghh sim, só não sou católico praticante e casado.

De SkinStorm a 02.10.2006 às 00:37

Mas sendo casado e conservador porque lhe interessa o que preferem as mulhers? :)

De Vasco Rosa a 01.10.2006 às 11:23

As coisas com que te preocupas, rapaz! Então dás importância ao que a MRP diz?... Não faças isso.
Abraço, Vasco

De Anónimo a 30.09.2006 às 22:42

Monárquico, Sporting, casado: estou de acordo consigo no essencial.

De eu a 30.09.2006 às 21:34

Caramba, num país onde para se ser culto e intelectual é necessário ser de esquerda, republicano, ateu (ou agnóstico, que é mais chique), não casado (de preferência em união de facto homossexual), admira-me que alguém se afirme desta forma tão rebelde (porém conservadora!). Isto chega a ser paradigmático... Para se ser conservador é preciso ser rebelde! Apesar de não partilhar mais nada consigo que não seja a religião, admiro essa atitude, com todo o respeito. É que, para dizer a verdade, irrita-me aquela atitude esquerdista, agnóstica, etc. etc., de considerar os outros que não se enquadram nos seus segmentos socio-politico-...-culturais de verdadeiros ignorantes. E como esse é o "mainstream" é preciso coragem para se afirmar pertencer a um desses grupos. Volto a dizer que apenas partilhamos a religião (não a religião clubística, pois a minha tinge-se de azul e branco às riscas) mas gostei muito de ler este bocadinho!