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Até gostava que me convencessem do contrário

por Cristina Ferreira de Almeida, em 16.06.07
Toda a gente está de acordo com Salazar: em Portugal não se coloca a questão do regime. Mesmo os monárquicos concordam que não é prioritária. Mas, tanto no jantar de ontem como nas reacções à interessante análise sobre esquerda e direita feita pelo Luís Naves, lá damos por nós a discutir os ideais monárquicos. Percebo que, para quem defende a monarquia, seja irritante ver o tema tratado como uma patetice: reis e rainhas não pertencem ao universo do capuchinho vermelho, do lobo mau e da fada madrinha, e as modernas monarquias europeias aí estão para o provar. No entanto, não encontrei até agora nenhum argumento válido para, em Portugal, voltarmos a um problema que está já resolvido.
Noto que alguns monárquicos vêem na reabilitação da imagem pública de D. Duarte - que, há alguns anos, nem era notícia, e agora enche o prime-time de uma estação televisiva- a esperança numa conquista da popularidade. Não julgo que isso possa acontecer; a nossa família real desperta o interesse de qualquer concorrente de reality show, com a diferença de que estes estão sempre "dentro da casa".
Por fim, acho que o mundo não caminha em direcção à monogamia e esse é o principal problema do ideal monárquico.


11 comentários

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De Anónimo a 18.06.2007 às 22:13

Pois eu acho que a aparição frequente dos Senhores Eanes, Soares, Sampaio e Cavaco e as declarações que sistematicamente produzem são uma optima vacina contra a república.
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De Anónimo a 18.06.2007 às 12:14

Pois eu acho que a aparição frequente do senhor dom Duarte Pio e as declarações que sistematicamente produz são uma optima vacina contra a monarquia.
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De Anónimo a 17.06.2007 às 23:20

O franciú como tem poucos fregueses em português, graceja em francês. Abençoado poliglota. Babel em versão Badaró.


zématias
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De Anónimo a 17.06.2007 às 17:31

Madame Ribeiro,

Vous nous racontez une histoire três drôle.
Tout d'abord le roi représente sa personne,ses enfants, sa famille et ses amis et seulement après ceci ou cela.
Vive la République!
MB
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De L. Rodrigues a 17.06.2007 às 14:02

Sou anti-monárquico porque acredito que quando nascemos deviamos ser todos considerados iguais à partida. O que cada um pode ser, e será, não deve estar inscrito no berço. É apenas isso, e basta-me.
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De Cristina Ribeiro a 17.06.2007 às 13:43

Cristina,esse é um dos erros que atribuo a Salazar:acho que, nesse aspecto ,Franco esteve bem.
Quanto ao facto de o Presidente da República se desligar dos partidos,tal ainda não aconteceu-veremos como vai ser no Futuro...
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De cfa a 17.06.2007 às 12:35

Cristina Ribeiro:
Concordo consigo, mas a grande ironia do caso espanhol, que é sem dúvida um caso de sucesso, é que o próprio Juan Carlos é um produto do franquismo. Ao contrário do nosso Salazar, que não preparou sucessor, é hoje tido como certo que Franco planeou o futuro de Espanha depois do seu desaparecimento, através de Juan Carlos.
Discordo de si num ponto: chamem-me ingénua, mas acho que um presidente da república já não tem nada a provar aos partidos e acredito que tenha em vista o interesse nacional.
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De cfa a 17.06.2007 às 12:29

Correspondência:
- 2:44, zématias, ao contrário do que poderia pensar, acho esse um comentário simpático.
- 3:03, Amigo monárquico-à-esquerda, eu, no seu lugar, em vez de matar o assunto com umas balelas, aproveitava para atiçar a blogosfera, pode ser que se torne agenda. Como saberá, Salazar é tido como simpático aos ideiais monárquicos mas sem pachorra para ir mais longe.
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De Anónimo a 17.06.2007 às 03:03

Gosto destes republicanos que para justificar o regime citam Salazar. Presunção e água benta, cada um toma a que quer. Republicanismo e salazarismo também. Se a matéria não fosse relevante cfa não faria o post sobre república vs. monarquia.


o-monárquico-à-esquerda
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De Anónimo a 17.06.2007 às 02:44

E para Cristina Ferreira de Almeida vai o prémio "descubra a Câncio que há em si".
Parabens pelo prémio e continue a mandar postais.



zématias

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