por João Távora, em 13.03.07
Chegou pelo Natal o meu exemplar de
Modern Times de Bob Dylan. Só no início de Fevereiro ganhou o lugar de “álbum de cabeceira”. De audição intensiva. Deste disco (como de toda a música pela qual me apaixono) tenho feito uma lenta e mastigada descoberta. A música cativa-me com vagar, não dava para crítico, eu.
Este amor começou com
Spirit on the Water, um blues bem primário, displicente e tronchudo como já não há. Depois foi
Workingman's Blues #2 que me fez parar. Embrenhar. Escutar. Reler. (É fascinante como este tema encanta o Zé Maria, que tão bem o embala, consola e delicia aqui na alcofa aos meus pés.) Depois é
Beyond the Horizon. Onde se vislumbra a redenção:
Beyond the horizon, behind the sun, At the end of the rainbow life has only begun, In the long hours of twilight 'neath the stardust above, Beyond the horizon it is easy to love. Uma delícia!
Desde
Infields (de 1983 com
Jokerman) que eu não prestava atenção a Bob Dylan. Nem sempre entendi o que me quer dizer, o meu inglês nem sempre o alcança… Depois, dizem que ele é de intervenção. Eu às vezes também sou... e daí?