por Corta-fitas, em 29.11.06
Mas se progressivamente fui perdendo pachorra para ler Paulo Gorjão, ainda menos a tenho para as alturas cada vez mais recorrentes em que insiste no loop das suas obsessões e repetições ad nauseam. Que uma delas envolva pessoas que morreram em circunstâncias trágicas e não tiveram ainda sequer direito a funeral, parece-me doentio.
Não sei o que acha que consegue com isto mas, na parte que me diz respeito, só me resta desejar-lhe, como fazem os chineses, que atravesse «tempos tão interessantes» como aqueles que os camaradas, amigos e familiares dos falecidos neste momento infelizmente atravessam.
7 comentários
De João Villalobos a 29.11.2006 às 22:53
Caro Paulo Gorjão,
Compreendo o seu papel de paladino na desconstrução da lógica mediática. É aliás o que mais aprecio mesmo se não tenho paciência para a sua análise política que me parece cada vez mais ad hominem (Um tema sobbre o quaol evito falar aqui mas sobre o qual, se quiser, falaremos noutro lugar quando o entender.
No entanto, neste caso, a frieza da sua análise numa altura em que os contornos do acidente impossibilitam o luto dos envolvidos é de uma dureza extrema, desnecessária face ao seu objectivo e, quanto a mim, sem resultados que a justifiquem.
Por vezes, e esta é uma delas, devemos deixar que o cérebro seja substituído pelo coração.
Garanto-lhe que, para as pessoas em causa, as suas palavras não são respeitosas porque assim elas o dizem. Não se trata aqui de qualquer censura. Mas de um período de nojo com contornos complicados, porque ainda não houve sequer ocasião para fazê-lo.