por Corta-fitas, em 29.11.06
Mas se progressivamente fui perdendo pachorra para ler Paulo Gorjão, ainda menos a tenho para as alturas cada vez mais recorrentes em que insiste no loop das suas obsessões e repetições ad nauseam. Que uma delas envolva pessoas que morreram em circunstâncias trágicas e não tiveram ainda sequer direito a funeral, parece-me doentio.
Não sei o que acha que consegue com isto mas, na parte que me diz respeito, só me resta desejar-lhe, como fazem os chineses, que atravesse «tempos tão interessantes» como aqueles que os camaradas, amigos e familiares dos falecidos neste momento infelizmente atravessam.
7 comentários
De Anónimo a 30.11.2006 às 00:39
Bom livro a ler: "Máscaras de Salazar" - Fernando Dacosta
De Telmo C a 29.11.2006 às 23:14
João,
Agradeço as tuas palavras, tu que tens que passar o dia com uma das pessoas que referes nos teus comentários.
Sim, a dor e incompreensão não passam, nem vão passar depois da questão a que o dito senhor Paulo Gorjão, que não tenho o desprazer de conhecer (e felizmente que assim é), ficar resolvida. Neste momento apenas queremos poder fechar este mau capítulo das nossas insignificantes vidas.
Em relação ao que esse senhor diz (desde o Governo pagar os custos do repatriamento, até ao facto de serem referidos os empregadores destes meu amigos) ele deveria tentar informar-se melhor. Evitava dizer parvoíces que, como tu dizes, não ajudam a minorar a dor que sentimos.
Mas continuo a achar que o melhor é ignorar as mentes pequenas, pois de coisas pequenas e insignificantes está este mundo cheio. E publicitar textos mediocres e sem sentido é algo que já deveriamos ter deixado de fazer. Até porque osenhor é tão corajoso nas suas opiniões que nem permite que se façam comentários às mesmas no seu blog. E de corajosos assim, também estmaos nós fartos...
Mais uma vez João, obrigado pelas tuas palavras e por partilhares uma dor que só quem a está a sentir sabe como é.
Obrigado,
TC (tu, João, sabes quem é. E só não me identifico mais porque acho que o senhor PG não merece...)
De PG a 29.11.2006 às 23:00
Caro João Villalobos,
Sobre a minha análise ad hominem, nem tenho a certeza do que está a falar.
Quanto ao resto, evidentemente, discordo, mas não quero estar aqui a falar mais sobre o assunto.
De João Villalobos a 29.11.2006 às 22:53
Caro Paulo Gorjão,
Compreendo o seu papel de paladino na desconstrução da lógica mediática. É aliás o que mais aprecio mesmo se não tenho paciência para a sua análise política que me parece cada vez mais ad hominem (Um tema sobbre o quaol evito falar aqui mas sobre o qual, se quiser, falaremos noutro lugar quando o entender.
No entanto, neste caso, a frieza da sua análise numa altura em que os contornos do acidente impossibilitam o luto dos envolvidos é de uma dureza extrema, desnecessária face ao seu objectivo e, quanto a mim, sem resultados que a justifiquem.
Por vezes, e esta é uma delas, devemos deixar que o cérebro seja substituído pelo coração.
Garanto-lhe que, para as pessoas em causa, as suas palavras não são respeitosas porque assim elas o dizem. Não se trata aqui de qualquer censura. Mas de um período de nojo com contornos complicados, porque ainda não houve sequer ocasião para fazê-lo.
De PG a 29.11.2006 às 22:42
Caro João Villalobos,
Não pretendo chegar a lado nenhum e julgo que sou muito claro onde quero chegar, i.e. acho que há uma distorção na cobertura jornalística do assunto. É isso apenas que me interessa neste assunto.
Evidentemente que respeito a dor das pessoas. Pergunto-me, aliás, onde é que se pode inferir das minhas palavras o contrário.
De João Villalobos a 29.11.2006 às 22:32
Caro Paulo Gorjão,
Obrigado pelos seus desejos.
Mas a mesma qualidade compassiva (no sentido busdista do termo) que revela na resposta ao meu post deveria tê-la relativamente ao assunto em apreço. Neste momento, aquilo que diz toca, no pior dos sentidos, pessoas que sentem uma dor e uma incompreensão que os seus post nada ajudam a sarar.
Para além disso, se pretende chegar a algum lado com os seus textos, asseguro-lhe que ninguém ainda entendeu qual seja.
De PG a 29.11.2006 às 22:25
Caro João Villalobos,
Pela minha parte continuarei a ler o que aqui escrever com atenção e interesse.
Desejo-lhe felicidades, portuguesas, para as suas actividades na IPSIS.
Cumprimentos,