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(...) Antes de ser um problema financeiro e conjuntural, a reforma do Estado é uma questão moral. Por que razão o funcionário público tem uma mão cheia de privilégios em relação ao cidadão comum? Por que razão não pode ser despedido mesmo quando se torna excedentário? Por que razão trabalha menos 5 horas por semana? Por que razão tem a melhor parte do SNS (a ADSE)? Por que razão o cálculo das pensões da CGA é muitíssimo mais favorável do que o cálculo da Segurança Social? No fundo, por que razão vivemos num regime que consagra uma aristocracia, o funcionalismo público? Com ou sem troika, estas questões morais deviam ser atacadas pelo governo português; mesmo que não vivêssemos um cenário de falência, estes privilégios das corporações deviam ser extintos, porque são injustos antes de serem insustentáveis. (...)
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