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Mais uma guerra pela democracia?

por Maria Teixeira Alves, em 27.08.13

Sem Título

Eu defendo que os Estados Unidos e o mundo não podem deixar que a Síria seja dizimada com armas químicas por Bashar al-Assad. Defendo que todos os líderes que fazem isso aos seus povos não podem ser defendidos publicamente ou os seus crimes 'branqueados ' em nome de um ódio a uma suposta superioridade americana, como cheguei a assistir com Saddam Hussein, e foi isso que escrevi no Corta-Fitas.

Mas também defendo que nenhum ataque pode ser feito sem ser calculado e todas as consequências admitidas. Isto porque os Estados Unidos preparam-se para uma ofensiva contra a Síria. 

Vi hoje um comentário de Luís Goldshmidt que me parece pertinente e que vou reproduzir aqui:

"Confesso que ao fim de anos a ver atentamente e a participar no que se passa no mundo, tenho dificuldade de compreender o mérito dos Estados Unidos (sozinhos?) lançarem do mar dez mísseis cruzeiro contra a Síria no próximo domingo à noite por causa do uso de químicos na quarta feira contra a população civil. Esta acção, feita assim, não tem densidade moral nem mérito militar. Tem todos os ingredientes de dar errado. Se for de menos, os árabes e os persas ficam a rir dos Estado Unidos. Se for demais, abre uma guerra em larga escala no Médio Oriente. 
Só se compreende caso seja o início de um plano para envolver o Irão para, enfim, levar a cabo o ataque às suas capacidades nucleares".


12 comentários

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De jsp a 27.08.2013 às 18:43

Para quem se interessa por estas "coisas",  atrevo uma sugestão : passarem os olhos pelo insupeitíssimo blog "Combustôes" .
Cpmts
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De Maria Teixeira Alves a 28.08.2013 às 23:03

Obrigada, vou lá ver.
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De Maria Teixeira Alves a 28.08.2013 às 23:09

Gostei do blog e admito que tem razão que este conflito pode intensificar-se e daí surgir um conflito mundial, mas isso é verdade para todos os conflitos.
Mas fica sempre a faltar aos profetas: Qual a solução?


E um conselho aquela música de fundo não deixa ler os post até ao fim, torna-se ensurdecedora.
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De xico a 29.08.2013 às 09:48

Maria Teixeira Alves
A solução é desligar o som.
A outra passa pelos americanos tirarem o dedo do gatilho e deixarem que quem foi à Síria diga efectivamente quem usou armas químicas.
Eu ainda me lembro da figura de urso que Colin Powell fez tentando convencer o mundo de que havia armas de destruição maciça quando a expressão dele fazia perceber que nem ele acreditava naquilo.
Entre uma ditadura que retira direitos políticos e uma ditadura que retira direitos políticos, direitos das mulheres, direitos de associação, direitos das minorias, qual prefere? É entre dois tipos de ditaduras que estamos a discutir e que se quer iniciar uma guerra. Não é entre ditadura e democracia.
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De tric a 27.08.2013 às 19:19

"Eu defendo que os Estados Unidos e o mundo não podem deixar que a Síria seja dizimada com armas químicas por Bashar al-Assad"
.
dizimada com armas quimicas por Bashar al-Assad...
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De José Domingos a 27.08.2013 às 21:36


Os usa, muito preocupados, com a democracia, como no Iraque, no Egipto, na Libia, tudo tem petróleo. A seguir é o Irão. O que quase n-ao se fala, são dos mercenários, milhares, e que são tidos por combatentes da liberdade. O "jornalismo" analfabeto, conta esta história muito mal contada. Estas cenas, parecem dum filme de quarta categoria, o enredo é sempre o mesmo. Com sorte, pode ser que se reunam nas Lages. Uma guerra agora, vai fazer um jeitão ao monami hollande, desvia as atenções, isto sem falar dos politicos ingleses, habituados que estão a dizer yes boss, ao patrão americano. Shame
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De xico a 27.08.2013 às 22:30

A forma de a população da Síria não ser dizimada passa pela retirada do apoio ocidental aos grupos de terroristas que atacam na Síria.
O mundo não é a preto e branco, e Saddam Hussein foi colocado na cadeira do poder com o apoio da "superioridade americana".
Sou suficientemente velho para me lembrar dos filmes de Hollywood em que os americanos lutavam lado a lado com os talibãs e com a Al Qaeda.
Os EUA não estão interessados na democracia na Síria, mas sim em defender os seus interesses na região. A derrota de Bashar al Assad lançará a Síria num caos pior do que o que se vê no Egipto.
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De monge silésio a 27.08.2013 às 22:54


A imposição do eu aos outros, desconhecendo o ninho de víboras que ali está.

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De Simão a 27.08.2013 às 23:04

Ler este post s.f.f.:
http://combustoes.blogspot.pt/2013/08/a-guerra-quimica-na-siria-coisas-que.html (http://combustoes.blogspot.pt/2013/08/a-guerra-quimica-na-siria-coisas-que.html)



....mas há quem acredite em "fairytales", enfim........
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De João Távora a 28.08.2013 às 10:19

A história ensina-nos que devemos evitar ser simplistas nestes casos... Não são claros para mim os interesses em jogo, só me parece que nenhum dos lados defenda a "liberdade" ou algo parecido. 
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De Floriano Mongo a 28.08.2013 às 11:14

Nos EUA, o presidente precisa pedir autorização ao Congresso para entrar em guerra com outro país. Foi o que fez, o odiado Bush antes de atacar o Iraque. Ao contrário do que se disse, a ONU não vetou a acção americana, apenas não a autorizou, o que é diferente, essa votação sequer existiu.

 

 Mais uma vez, Obama não pedirá autorização, agora para atacar a Síria. Mais uma vez porque Obama já ignorou o Congresso no ataque à Líbia. Para todos os efeitos, não entrou em guerra com aquele país. Assim, os EUA combateram numa NÃO-GUERRA.

 

 Obama repete também o dito naquela ocasião. Que o objectivo não era derrubar Kadafi, mas “libertar” a Líbia. Com essa justificativa, Obama pode atacar quem quiser e não precisa de prestar contas a ninguém — mas, diabólico era mesmo o Bush.

 

Assim como na Líbia, só bombardeariam alvos militares. A depender da intensidade, a consequência é óbvia: as forças oficiais ficam debilitadas, e os rebeldes avançam. Para a semelhança ser perfeita, só falta decretar uma zona de exclusão, mas apenas para as forças de Assad… Mais uma vez, parece, os EUA vão atirar bombas numa NÃO-GUERRA.

  
Assim como Sadam, não há dúvidas que Assad tem armas químicas. Embora o objectivo não seja derrubar o governo sírio, a probabilidade de que este caia é enorme. Nesse caso, o arsenal químico, que não tem como ser destruído sem o risco de um desastre de proporções inimagináveis, pode cair nas mãos dos jihadistas da Al Qaeda. Tudo ali, bem ao lado de Israel e bem perto dos inimigos xiitas do Hezbollah, no sul do Líbano.

Mas ao contrário do odiado Bush, o amado Obama tem tido uma habilidade imensa no Médio Oriente. Por que erraria agora?

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De Floriano Mongo a 28.08.2013 às 12:08

Os EUA, e os seus aliados europeus estão prestes a fazer mais um enorme erro - agora na Síria — decorrente da incapacidade de Obama em entender o mundo como ele é!

 

 Um ataque à Síria juntará, mais uma vez, numa aberrante aliança, as forças ocidentais e os terroristas da Al Qaeda, com a agravante de atirar gasolina  sobre o conflito entre sunitas e xiitas.

 

A realidade é que a oposição síria não é formada por democratas e manifestantes pacíficos que lutam contra um regime sanguinário apoiado pelo Irão e pelo Hezbollah. A oposição síria é apoiada pelo Qatar e Arábia Saudita e as principais facções armadas são ligadas à Al Qaeda e salafistas ultrarradicais, anticristãos e antixiitas e anti-alauítas. O regime sanguinário de Assad, é aliado do Irão e do Hezbollah.

 

  A decisão de atacar a Síria e depor o facínora parece iminente. Não é a primeira vez que se tem a impressão de que se vai cruzar a linha. Desta vez, no entanto, pela sua envolvência, a questão é muito mais grave.

 

Em intervenções militares, é importante ter uma estratégia de saída. Obama passou dois anos pedindo o fim da ditadura Assad, mas nada fez para que isso acontecesse. Insiste na sua saída, mas as alternativas, decorrentes de desfechos da guerra civil são um país fragmentado ou a ascensão de grupos islâmicos radicais.

 

A melhor opção seria o não envolvimento do Ocidente.

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