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Sempre que alguém parte (e eu acredito que seja para o encontro com Deus) coloca-se sempre a questão do sentido da vida e hoje, em concreto, a de António Borges. Não o conheci pessoalmente e por isso escrevo com base na sua biografia que li no Público e, sobretudo, recorrendo à minha memória sobre tudo aquilo que me marcou na sua intervenção pública. As capacidades intelectuais, académicas e profissionais de António Borges são de todos conhecidas e até mais reconhecidas fora do país. Seguramente um dos mais capazes da sua geração e por isso fazendo parte da elite portuguesa. Desta se destacou pela sua atitude de disponibilidade em servir e em intervir sempre que entendeu que tal acrescentaria valor. Nunca se refugiou naquilo a que Rui Ramos (no seu artigo de 17 de Agosto no Expresso e aqui referido pelo João Távora) designava por política gate em que os “cidadãos que apenas querem tratar de si têm uma razão para, em boa consciência, declinarem cargos públicos”. Também não optou, como muitos fizeram, pela actividade de comentador político ou económico. Ou seja e ao contrário do que acontece com muitos da nossa elite política e económica, deu a cara e disse sempre o que pensava e sem “travões” pois sempre actuou com toda a liberdade. Nem sempre foi bem entendido e, por vezes, a sua frontalidade chocava com os nossos lusos costumes. Regresso ao serviço pois é a atitude mais nobre de um cristão e de um português que se orgulha de o ser. O serviço no nosso tempo não se mede no campo de batalha contra os inimigos infiéis ou combatendo as tropas invasoras; os feitos de hoje que identificam a nobreza de uma atitude assentam na capacidade de intervir na causa pública mesmo quando (e especialmente) tal seja uma dura exposição à crítica feroz de sectores que apenas “buscam casos”. Uma nota especial para a luta que travou com o cancro: descrição total sobre o que se passava e atitude positiva perante um combate desigual. Fez tudo o que tinha para fazer até cair no chão. Entregou-se até ao fim! Paz à sua alma!
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