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Os três temas principais de capa do Público são interessantes:
Guerra na Síria
Há a suspeita que Bashar al-Assad terá ordenado ataque com gás sarin nos arredores de Damasco (Síria). A confirmar-se (e tudo indica que sim) este é o maior ataque com armas químicas desde que em 1988 Saddam Hussein (aquele que desapareceu deste mundo porque felizmente tivémos um George Bush para dar cabo dele) ordenou contra os curdos do Iraque, com um cocktail de gás mostarda, sarin, tabun e VX e que provocou a morte de quase 5000 pessoas. E ainda houve quem achasse que foi injusto o ataque dos EUA ao Iraque, só se perderam as que caíram no chão.
Hoje temos um Obama, que tanto agrada à esquerda europeia, e o resultado é este na Síria."A indecisão norte-americana. A fraqueza da ONU está a matar-nos" disse George Sabra, adjunto do líder da coligação da oposição Síria.
Muitos mortos depois e o Obama parece agora estar a acordar.
Segundo tema de capa a destacar:
IGF destruiu papéis essenciais para avaliar swaps
Seis dossiers com documentos de 2008 sobre contratos swaps foram destruídos pela IGF em nome da rotina de eliminar papéis com mais de três anos (ai que rotina tão conveniente).
Seria informação essencial para avaliar o controlo feito à subscrição destes contratos. Quando foi pedida a auditoria pela Ministra (em Maio de 2012) já só havia dossiers com o trabalho associado a processos de fiscalização de swaps de duas empresas (CP e Carris), os outros desapareceram.
Ou seja, quando Maria Luís Albuquerque pediu a auditoria eles já não existiam para seis empresas do Estado.
Um tema real que compete com a ficção de Dan Brown.
Terceiro tema:
Jobs
Durante semanas quase sem filmes para ver, estreia hoje o Jobs, a história do pai da Apple (e não eiple como vulgarmente se ouve na televisão). Não li as críticas mas tenho um vontade enorme de ir ver. Espero que seja pelo menos tão bom como a Rede Social (Facebook story).
A questão Síria é uma escolha de Sofia: a troca do horror pelo horror. Escolher qual?Assad é um carniceiro brutal. Os que se lhe opõem não se distinguem na moral. São apenas mais perigosos.
Quem lidera hoje a batalha na Síria são os jihadistas, especialmente a Al Qaeda.
Se o país cair nas “forças de oposição”, virará um ninhal de radicais. Isso é escolher Assad? Não! Mas não me parece que os EUA apoiados pelos ingleses devam repetir o disparate que se fez na Líbia, que passou de um governo desprezível para outro, com a diferença de que o actual tem conexões directas com o terror. A Líbia continua tão brutal como sempre foi, só que, agora, a infra-estrutura do país está destruída, e terroristas transformaram o deserto em campo de treino.
Quem aproximou a Líbia do terror foi a Nato. Rasgando resolução da ONU, a aliança militar entrou na batalha. Terror e Nato fizeram uma estranha aliança objectiva. Há um risco enorme de que os EUA façam o mesmo erro na Síria.
Os sírios estão em maus lençóis com Assad ou sem ele; o mundo, no entanto, estará mais seguro com a derrota das forças terroristas que se lhe opõem. E isso não quer dizer que inexistam motivos para tentar depor o facínora! Tudo é péssimo, e existe o mal menor. Penso que não nunca podemos é condescender com os motivos do terror.
O jihadismo mais radical convenceu Obama e o Ocidente que a “Primavera Árabe” lutava por democracia. Nada mais falso! A democracia é um dos valores que os radicais mais odeiam. Terroristas não querem saber, por definição, de “Primaveras”.
O povo sírio merece democracia? Estou entre aqueles que confundem esse merecimento com um direito natural do homem. Mas é inegável que a Al Qaeda constitui hoje a força mais organizada de combate ao facínora Assad. Fazer o quê? Vénia máxima, a pergunta está errada. Não vale a pena fazer nenhuma forma de acordo com terrroristas, especialmente quando não se tem nada planeado para a etapa seguinte.
Existe uma certa herança marxista, presente mesmo em algumas cabeças mais lúcidas, que a história esteja sempre numa espécie de marcha para a frente, rumo ao progresso. Assim, na dita “Primavera Árabe”, muitos pensam que a queda de ditadores representaria a chegada dos árabes à Ágora inevitável da democracia. A verdade é que o mundo árabe tem sido liderado por ditadores execráveis, mas isso também não torna democráticos os seus oponentes.
Os obamistas e a sua determinação de ver o mundo como ele não é!!! O facto é que Obama começou o seu mandato em 2008, com o Médio Oriente e adjacências conflagrados. Hoje, o status da região não mudou – em muitos aspectos piorou, porque ainda mais hostil ao Ocidente e a Israel -, e agora é o Norte de África que se vê às voltas com as milícias assassinas que já eram rotina no Sudão.
Com uma diferença, no entanto: as de agora estão ligadas à “rede”!!!
Bush, era a Besta do Apocalipse para muitos. Obama é o Demiurgo, o redentor. Os factos falam por si.
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