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Regresso à escrita após uma interrupção no ”Cachimbo de Magritte”. Agradeço aos meus novos companheiros do “Corta Fitas” este espaço que me cederam para dar continuidade a um caminho que iniciei no blog anterior.
Também hoje regressou o chamado “bom tempo”. Parece que não ficará por muito tempo, ou seja, a incerteza sobre o dia de amanhã permanece; o que, por outras palavras, significa que é muito difícil estimar o que vai acontecer no futuro próximo. O mesmo acontece com a situação política, económica, financeira e social do País. Se as “previsões meteorológicas” são muito mais difíceis em anos que saem fora do padrão conhecido e registado nos anos anteriores, o mesmo acontece com as chamadas projecções políticas, económicas e financeiras.
As estimativas são sempre análise do passado para projectar o futuro. Quando o presente nada tem a ver com o passado, qualquer projecção tende a ser mais astrologia do que verdadeira previsão. Por tudo isto olho com muitas cautelas as projecções que surgem diariamente (sejam do Governo, das oposições, das instituições internacionais, das associações profissionais, dos sindicatos,…). Mas estes tempos trazem consigo (pelo menos) uma vantagem: criatividade. As soluções futuras terão de ser necessariamente diferentes daquelas que temos adoptado e isso estimula à intervenção e ao debate. Aqui estarei!
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