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Resposta ao artigo do Tiago Mesquita no Expresso

por Maria Teixeira Alves, em 22.05.13

Publico aqui o post scriptum, que anexei ao artigo da polémica, para responder ao artigo de Tiago Mesquita que escreve um artigo de opinião no site do Expresso, em que resumindo diz quem é contra a adopção (co-adopção, ai) por homossexuais é estúpido e ignorante e quem é a favor é inteligente, ao nível do Einstein, e moderno (whatever that means):

Depois de ler este artigo revoltado no site do Expresso, escrito por um miúdo, tenho de acrescentar este post scriptum. Não vou cair na tontice de chamar estúpido e ignorante em cada parágrafo como ele faz (típico de discursos imaturos de pessoas mais ofendidas que racionais - talvez porque para além da palavra "moderno" poucos argumentos existam para justificar que uma criança seja dada (dar para a adopção, para não virem com mais disparates à volta da palavra dar) a dois homens ou duas mulheres em vez de um pai e uma mãe). E diz a certa altura (a única frase em que não revela ódio) que "Consigo perceber a preocupação, quando genuína, em relação ao bem-estar das crianças". Pois é Tiago, e quem te garante que o bem-estar da criança é ter dois pais ou duas mães? Perguntaste a alguma das crianças que está por exemplo na Casa Aboim Ascensão, se é isso que querem? Se querem ser filhos do Sérgio e do Paulo? Não, não perguntaste. Então porque achas que é isso que as crianças querem? Perguntaste aos portugueses se é isso que querem? Não, não perguntaste. 

O Tiago cita um padre, o Nuno da Câmara Pereira e cita-me a mim, como exemplos que tenta ridicularizar, mas esquece-se que como penso eu pensa a maioria da população e se não tem medo, então promova um referendo. Há muito mais gente e gente brilhante (não com a inteligência de cinco tostões deste miúdo) que defendem precisamente o mesmo que eu. 

Enquanto estas criaturas acharem que a adopção é um mercado para fornecer filhos a adultos que querem ter os filhos que a natureza não permite, não estão a pensar nas crianças. Um bébé precisa de uma mãe, o que chumba logo a ideia de serem dois pais. O conceito e pai e mãe refere-se ao macho e à fêmea que procriaram, não é um conceito inventado pelo homem, como o é a homoparentalidade (a palavra nem existe no dicionário do corrector)

As crianças adoptadas não podem ser diferentes das outras, e as outras têm um pai e uma mãe. Ás crianças abandonadas têm de lhe ser dado um família substituta, ou então é melhor não saírem da instituição (ali também têm amor, e se nalguns casos não é assim fechem-se essas). Nunca dois pais ou duas mães. Gostava de perguntar ao Tiago se gostava de ser filho do Lícinio e do Renato?


61 comentários

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De Bibi a 22.05.2013 às 12:58

E quem garante que o bem estar das crianças é numa Instituição? Porque não pergunta às crianças da Casa Pia se preferiam o Bibi ou dois pais ou duas mães...?



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De Maria Teixeira Alves a 22.05.2013 às 14:24

Estou mesmo a ver as crianças da Casa Pia que foram violadas por homossexuais querem ser adoptadas por dois homossexuais homens, mesmo.
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De ???? a 22.05.2013 às 15:20

tenha calma...


seja racional..


isto podia ter sido escrito por aqueles tipos dos partidos de extrema direita.


respire fundo antes de escrever. quando terminar de escrever vá dar uma volta. quando regressar leia o que escreveu. apague tudo. escreva de novo. envie o que acabou de escrever para 4 ou 5 amigos. se as respostas forem positivas, publique. se não forem, esqueça o assunto. há muito mundo para além do que você imagina que dois homossexuais homens podem fazer com uma criança. muito mundo mesmo. é uma questão de ter a mente um bocadinho de nada aberta.
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De Anónimo a 22.05.2013 às 15:21

Comentário apagado.
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De ???? a 22.05.2013 às 15:27

medo.


muito medo.
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De Maria Teixeira Alves a 24.05.2013 às 11:41

Como este comentário (escrito de forma apressada, porque eu trabalho, ao contrário de muitos de vocês que por aqui andam) está a ser aproveitado por pessoas ressabiadas e vingativas (Deus perdoa-lhes que eles não sabem o que dizem e o que fazem) vou voltar a explicar. Desta vez devagar (eu sou fã do Vítor Gaspar).

Este comentário é em resposta a um comentário jocoso, em cima, que insinua que a minha opinião é de extrema direita. Ora isso implicaria que a minha opinião fosse de uma minoria. Mas não é. Ao contrário do que vossas excelências querem fazer passar, a minha opinião é a de uma larga maioria. E não é de uma maioria que vive em blogs a maior parte do tempo. São pessoas que CRIAM emprego, coisa que vocês (na maioria) não fazem, são as Jonets (que ajudam o próximo), os Ulrichs, os Soares dos Santos, desta vida, perceberam agora. Vão trabalhar malandros! J 

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De Maria Teixeira Alves a 24.05.2013 às 12:16

*perceberam agora?
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De ??? a 24.05.2013 às 12:21

exactamente por não acreditar que a maria seja de extrema direita, é que lhe aconselhei calma. assumo o carácter jocoso e até um pouco infantil do meu comentário, mas não insinuei nada.


apenas disse que os tipos de extrema direita escreviam coisas idênticas porque odeiam os outros. não me parece que a maria esteja a espalhar o ódio. simplesmente é uma pessoa bastante mal informada e um bocado confusa (tornando-se muitas vezes ofensiva) e que necessita de puxar de argumentos de autoridade para fazer valer os seus pontos de vista.


é engraçado como muitos dos seus comentários terminam sempre com um "smile". quando o riso ou o sorriso não são naturais, normalmente são sinónimo de nervosismo. deus está nos detalhes. se pensar antes de escrever, se tiver calma, vai ver como consegue defender as suas opiniões de forma mais coerente e sem ofender os outros como muitas pessoas inteligentes o fazem. há muitos argumentos válidos dos dois lados.


isto apenas para dizer que não acho que seja de extrema direita. não a conheço de lado nenhum.
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De Maria Teixeira Alves a 24.05.2013 às 12:37

Não tenho tempo para lhe responder a sério. Mas ponto 1 não sou de todo confusa. Não era minha intenção puxar de galões de autoridade, se os puxasse não vinha aqui responder às pessoas.... não me conhece de lado nenhum, é isso que explica tudo o que diz neste comentário sobre mim, o smile é sinal disso mesmo e de mais nada. As vezes a sabedoria está no óbvio. Às vezes. 
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De ??? a 24.05.2013 às 12:42

está tudo bem.


:)


votos de felicidades.
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De Ricardo a 24.05.2013 às 15:43

Curioso. E a Maria conhece os homossexuais e companheiros para avaliar se são bons exemplos para educar uma criança?

É curioso. Sente-se indignada por esta leitora não a conhecer de lado nenhum, mas não se apercebe de que faz o mesmo.

A acrescentar, é curioso que ache que os homossexuais não têm capacidade para educar uma criança, mas apelar ao dinheiro que estes possam dar às instituições, como fez num comentário um destes dias...

enfim. Contra factos não há argumentos.
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De às vezes a 24.05.2013 às 15:52

mas não parece ser o caso

se a filha do capitão de mAR e guerra ou capitão de fragata promovido ao almirantado de abril criou algum emprego com dinheiro seu deve ter sido há muitos muitos anos

e nós não andamos por aqui
estamos todos sentados num ministério ou escritório qualquer

esta gentinhaImage
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De Pedro Morgado a 22.05.2013 às 19:41

Quem lhe disse que eram homossexuais? Sabe a diferença entre comportamento sexual e orientação sexual?
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De fraufromatlantida a 23.05.2013 às 10:50

Caríssima,

Está a precisar de focar! Isso está um pouco deturpado. Quem viola crianças não é homossexual. É doente! Ou aceita a coisa se for um homem a violar uma menina?! O que para aí vai...

Fiz voluntariado, enquanto adolescente, na Casa do Gaiato e perguntaram-me várias vezes, as crianças, se não as queria levar para casa, ser mãe delas!! E perguntavam o mesmo a amigos meus, homens, se não queriam ser pais deles, levá-los para casa!! Não lhes interessava se eramos casados, se haveria também um pai (no meu caso) e uma mãe (no caso dos meus amigos). O que estas crianças querem é amor exclusivo! Não ter que partilhar os poucos adultos da instituição com mais 100 crianças. Não ter o mesmo "Pai" que centenas de outros!

Que visão egoísta e homofóbica a sua!! Claro que seria perfeito que todos pudessem ter um pai e uma mãe, mas se vivessemos num mundo perfeito, todos teriam esse direito, porque não haveria orfãos! Mas o mundo não é perfeito!! Logo, parece-me mil vezes melhor terem um lar cheio de amor (sim, amor fraterno, não amor doente que esse, felizmente, não existe na quantidade que quer fazer crer).

Eu, se fosse orfã, preferia, sem dúvida, ter sido adoptada por um casal gay, do que ficar numa instituição.
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De Indivíduo a 24.05.2013 às 12:01

E as que foram, noutros sítios, violadas por heterossexuais? No seu mundo, querem só ser adoptadas por homossexuais ou não devem ser adoptadas de todo...
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De Anónimo a 22.05.2013 às 14:09


Minha senhora, o Tiago Mesquita chama-a estúpida a cada parágrafo porque pouco mais se consegue dizer, de tal forma uma pessoa se vê tolhida pelas aberrações que brotam da douta peninha de V. Exa.
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De Maria Teixeira Alves a 22.05.2013 às 14:22

Eu também acho o artigo do Tiago muito estúpido, muito ressabiado, muito ofendido e muito arrogante e no entanto não o digo :)
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De leandra a 22.05.2013 às 17:48

Por acaso, acabou de o fazer.

Passando isso à frente, acho que neste momento, a única coisa que a guia é uma raiva cega e por causa disso, está a responder de um modo cada vez mais enraivecido.
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De Anónimo a 22.05.2013 às 14:12


E acrescente-se que a Exma. Senhora faz uma figura perfeitamente ridícula quando ao se tentar defender de acusações de estupidez tenta desacreditar aquele comentador na base da idade dele... Era tempo de dizer: ó minha senhora, vá lá para o spa e salvar "pretinhos", tadinhos.
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De Tiago (não mesquita) a 22.05.2013 às 15:07

Fico triste em ver que a maria considera que um pai solteiro ou uma mãe solteira não possa adoptar um filho... ou um casal infertil...


e se a mãe morre? deve ser retirada a criança ao pai? e se o pai morre? a mãe deve entregar a criança a uma instituição? 


já agora, quando um bebe nasce também é costume perguntar se quer um pai e uma mãe? se essa criança conhecesse a maria e as suas opiniões, provavelmente quereria ser adoptada por outra espécie que não a humana...
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De Maria Teixeira Alves a 22.05.2013 às 15:25

Ó Tiago (não Mesquita) aqui estou a responder a miúdos, quem é que disse que uma mãe solteira (pai solteiro é preciso analisar bem), um casal infértil (a infertilidade é uma doença) não podem adoptar? Eu só disse que pares de homossexuais não podem adoptar. Até admito que dois homossexuais de sexos diferentes possam ter filhos, ou adoptá-los (no limite e só se não houvesse casais homem, mulher na corrida). Dois pais e duas mães é que não. 
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De l.rodrigues a 22.05.2013 às 15:59

Sem querer, aposto, tem aí a solução para todas as polémicas: famílias que juntem dois pares homosexuais de sexos diferentes. Assim, além de poderem adoptar indiferentemente do sexo, já que cobriam todas as hipóteses, ainda havia duas mães e dois pais. Sugiro que comece já uma campanha de casamentos a 4.
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De Jorge Raposo a 22.05.2013 às 16:46

ahahaha.. esta foi a melhor. a sério? aaha.. vou desistir de comentar aqui acho eu. Então vamos lá ver: dois homossexuais de sexos diferentes podem adoptar ou ter filhos? quer isto dizer o quê? o João, homossexual, parceiro do Manel, tem um filho com a Maria, parceira da Joana, e depois o filho vive entre as duas casas, mas como os pais são sexos diferentes já etá correcto? Ou entao refere-se que os dois homossexuais de sexos diferentes deveriam viver na mesma casa, como uma familia, sem outros parceiros? sim, nada melhor para uma criança do que viver num seio familiar qe vive numa mentira, com alguem pela qual não se sente atraido, e por consequencia não vê amor entre os pais. ahah... Oh meu Deus (ah, a ironia), por favor Maria... por favor... pense no que escreve. Se continua com barbaridades destas, não falta muito até alguem lhe oferecer uma viagem a Paris para visitar a notre dame. Confesso que ir lá ao altar era uma das melhores coisas que poderia fazer pela sociedade. 


Cumprimentos
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De Maria Teixeira Alves a 22.05.2013 às 17:41

Que parte de as crianças adoptadas devem ter uma familia substituta o mais parecida possível com uma familia biológia é que não percebeu?
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De Jorge Raposo a 22.05.2013 às 20:56


"Até admito que dois homossexuais de sexos diferentes possam ter filhos, ou adoptá-los (no limite e só se não houvesse casais homem, mulher na corrida" - Esclareça-me: ao dizer isto diz que melhor que uma criança adoptada por um casal homossexual, é uma criança que seja adoptada por duas pessoas, sexos opostos, mesmo que sejam homossexuais?


Neste caso figuram-se duas opções:


1- Ou os pais adoptivos partilham casa, e educam a criança, mesmo sendo homossexuais - isto implica que estes pais vivem uma mentira, não se amam, não tem valores para demonstrar um perante o outro, que possam transmitir à criança, são extremamente infelizes, mas só porque é homem mulher, já é melhor que uma familia homossexual.


2- Os pais adoptivos não partilham casa, pois ambos têm uma relação homossexual com outras pessoas, mas são amigos e adoptam uma criança, que convive com os dois casais nas duas casas (pai adoptivo e companheiro / mãe adoptiva e companheira), no entanto, como tem pai e mãe adoptivos, já é melhor que adopção por um casal homossexual?


Estas duas opções são preferiveis a uma criança ser adoptada por um casal homossexual? É isso? Maria, por favor... compreendo a sua posição, e aceitam-se opiniões divergentes, claramente influenciadas religiosamente, mas aceitam-se. Agora dizer uma coisa destas é barbaridade.

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De Nelson a 22.05.2013 às 17:42

Achei um piadão a esta resposta, pergunto-me no entanto se a querida autora do mesmo, já tentou imaginar-se no lugar das imensas crianças em "filas" de espera para adopção se preferem ser adoptados "pelo Sérgio e pelo Paulo" ou se preferem ficar em lares adoptivos até atingirem os 16 ou 18 anos de idade, pois não deve ter perguntando. No entanto também lanço outra pergunta, por acaso a caríssima e respeitável  autora, já se deu por alguma razão ao trabalho de pesquisar algo mais sobre o tema Adopção "?!?! Pois se calhar também não, pois se o tivesse feito, saberia que os tempos de espera para adoptar uma criança são absurdos, deveria também saber que NENHUMA criança é obrigada a tempo algum a "aceitar" ser adoptada, deveria também saber, se assim o tivesse pesquisado, que todo o processo de adopção passa por uma convivência pelo casal adoptivo e a criança a adoptar, antes do processo ser finalizado, de forma a entendermos se existe "química" (e passo a expressão) entre ambos. Por isso, respondo-lhe, sem ser representante do Tiago, que ninguém perguntou a criança nenhuma se aceitaria isso ou não, apenas se abriram as portas, para mais crianças poderem sair do abrigo do estado e abraçarem mais famílias, se você as considera válidas ou não, pois é algo que me ultrapassa, no entanto posso assegurar-lhe com 100% de certeza que cada criança adoptada por um casal homossexual, será uma criança que foi abandonada por um casal heterossexual. Termino acrescentando que não me acho nem mais espero, nem mais burro que ninguém, mas que me chateia certas e determinadas pessoas (não atacando ninguém em especifico) utilizarem matérias importantes, como esta para tentarem conseguir ter mais protagonismo ou likes ", "Gostos", "Seguidores", que outros, mesmo sem antes pesquisarem ao certo aquilo que escrevem.
Obrigado
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De Maria Teixeira Alves a 22.05.2013 às 18:01


Nelson, lamento, mas tudo o que descreve é sobre a adopção de crianças crescidas, não se aplica à adopção de Bébés, tenho para aí uns dez casos à minha volta de pessoas que adoptaram, alguns mesmo próximos.
Ao contrário do que diz são os pais e não as crianças que estão em filas de espera para a adopção, eu conheço um caso de um casal que ficou cinco anos à espera. Uma grande parte das crianças que estão em instituições não podem ser adoptadas porque basta lá ir um familiar de vez em quando para não ser possível adoptá-lo, são sobretudo essas crianças que ficam em instituições até aos 18 anos.
Eu conheço um casal com filhos que adoptou um bébé com trissomia 21. No meio com que me dou as pessoas adoptam crianças mesmo tendo filhos biológicos. Também há adopções por motivos de infertilidade e também há mães que adoptam solteiras (e que não são gays).

"No entanto posso assegurar-lhe com 100% de certeza que cada criança adoptada por um casal homossexual, será uma criança que foi abandonada por um casal heterossexual", vê o que vale a sua certeza a 100%: É que na verdade são muitas vezes prostitutas que não sabem sequer quem é o pai que dão as crianças para adopção. São maioritariamente mães solteiras e não casais.
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De Nelson a 22.05.2013 às 18:19

Maria,
Levantou uma outra questão que acho super interessante. Imaginando, num mundo muito paralelo, a Maria é solteira, eu sou solteiro, o que faz de si, melhor que eu, para poder adoptar e eu apenas puder adoptar após... (e passo a citá-la) "analisar muito bem"?!

Não correndo o risco de ser mal interpretado e muito menos de julgado, por tentar defender uma ou outra classe de opção sexual, pergunto, tem a certeza que em todos os seus comentários e análises, consegue destinguir e não associar a homossexualidade de pedófilia?!

Não acha, e, recorrendo um pouco à dramatização cinematográfica, que uma crinaça preferia passar um Natal, sentido-se especial e acolhida por uma família, do que numa instituição?

Com a graça de Deus, posso dizer, que cresci em família e não em nenhuma instituição, mas posso no entanto dar-lhe toda a minha opinião, que se isso não me tivesse acontecido e eu tivesse crescido em lares adoptivos, eu teria aceite ser adoptado por um casal homossxual em vez de crescer sem saber o que é uma família! Antes de correr o risco de ser chamada criança, entre outros nomes, que atribuí às pessoas que discordam da sua visão, deixe-me apenas referir e terminar, que da mesma maneira, que você "condena" o Tiago Mesquita e o governo, por "eventualmente" não ter perguntado nada às crinaças, da mesma forma que lhe pergunto a si, se já perguntou a alguma, o que prefere?!?

Termino respondendo ao término do seu comentário, também eu estou rodeado de casos e casais que adoptam, entregam para adopção, hetros e homossexuais e deixe-me partilhar, que não podemos generalizar, cada casa é um caso e mais uma vez lhe garanto com os meus simples 100% há crianças que têm mais hipóteses de "vida com qualidade" com casais homossexuais do que com hetrossexuais, no entanto também aceito o inverso, não por uma questão de aceitação por parte da criança, mas por moralismos ou carácteres (ou falta dele) por parte de quem adopta.

Obrigado,
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De Helena Rocha a 22.05.2013 às 19:13

Tenho lido os seus posts e respetivos comentários e parece-me que estamos perante um caso típico de "falem mal, mas falem de mim". Com todas estas opiniões polémicas tem granjeado imensa fama, gente que passou a odiá-la e outros que se tornaram seguidores por finalmente alguém corroborar com as suas opiniões. Tem-se, portanto, tornado conhecida... Afinal, fala-se deste tema, da adoção ou co-adoção por homossexuais como se fosse algo puramente teórico. Como se não houvesse países onde isto já se faz há anos e que, por acaso (ou não) são dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo. Falo de países como, por exemplo e só para citar alguns, a Dinamarca, a Holanda, a Suécia, a Inglaterra, a Espanha, a Bélgica, a Noruega, a Austrália, vários Estados dos EUA... Enfim, exemplos suficientes que nos permitem perceber exatamente quais são as repercussões na sociedade em geral e na vida das famílias e das crianças adotadas em particular. Mas, por algum motivo, nunca fala nisso nos seus posts. Talvez porque não haja nada para falar. Já muita gente aqui referiu que não há um modelo perfeito de família. a família constituída por um pai e uma mãe é uma instituição artificial. Sim, é natural que da união de um homem e de uma mulher nasça uma criança, mas que disse que o homem e a mulher se têm de manter unidos para criá-la e educá-la? Há culturas em que isso não se verifica e, na nossa própria sociedade podemos encontrar diferentes modelos de família. Mães e pais solteiros, viúvos, divorciados... Crianças educadas por avós, tios, amigos... Famílias de pai e mãe total e completamente disfuncionais. Enfim... eu sei que nada do que se diga poderá alguma vez convencê-la de que as crianças podem ser felizes em todos os aspetos com pais do mesmo sexo, mas deixo um último argumento para reflexão... Já reparou que todos os homossexuais tiveram pais heterossexuais? Então, mas o que falhou? Por que não imitaram os progenitores? Estranho, não é? Muitos vieram de famílias de pai e mãe e, no entanto, nem a família perfeita os salvou de uma sexualidade diferente? 
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De Maria Teixeira Alves a 22.05.2013 às 20:06

Parece-lhe mal Helena, eu já sou muito conhecida no meu meio. Não quero para nada ser conhecida pelo público em geral, nada. Nunca quis ser jornalista de televisão por causa disso mesmo. Agora eu sou uma pessoa que quando tem de defender uma causa, não me detenho pelas críticas e ameaças. Eu no meu ponto de vista estou a defender o que é certo. E não tenho nada contra homossexuais a não ser contra aqueles que me insultam e usam golpes baixos (e alguns imaturos que gostam muito de defender o casamento gay, mas no fundo deus lhe livre de os filhos serem....) eu não sou hipócrita. 
Eu já disse e volto a repetir e pela última vez as crianças adoptadas só podem ter realidades adoptadas que existam na natureza, na realidade natural, e isso passa por não defender a adopção por homossexuais. 
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De Helena Rocha a 22.05.2013 às 20:25

Pois, isso da realidade natural é discutível. Essa fixação com o natural é que me parece estranha. Mas se há tantos exemplos de crianças que são criadas normalmente por famílias que não incluem exclusiva e obrigatoriamente um pai e uma mãe!  Estamos a tentar legislar no sentido de proibir certos modelos de família, mas, na realidade, coexistem tantos diferentes... Este é só mais um. Sinceramente não me parece que a sexualidade dos pais seja muito importante para a educação dos filhos. A sexualidade não é normalmente uma coisa que os pais gostem de andar a mostrar aos filhos abertamente. Há outros valores muito mais importantes na educação. Se, por exemplo, uma avó e uma mãe, numa família que não haja pai (porque morreu, por exemplo) conseguem educar uma criança por que é que duas lésbicas não podem? Isto não é uma causa, isto é uma fixação. E é pena porque a pensar assim, as sociedades continuam sempre a discriminar. Já li testemunhos de pessoas educadas por casais gays. Testemunhos felizes. Porque é que esses não contam?
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De Márcia a 24.05.2013 às 04:03

Helena, viu como a senhora escolheu tão convenientemente ignorar o principal tópico do seu comentário?


Parece que todas as pessoas que são contra a adopção por casais homossexuais escolhem ignorar que, de todos os 17 países onde o casamento gay é legal, Portugal é o único que não permite (ainda) a adopção por parte destes casais. Acham mesmo que vamos continuar a ser esta excepção discriminatória? Existem até países que legalizaram a adopção antes de legalizarem o casamento, como é o caso do Reino Unido e vários estados dos EUA. Será que os governantes destes países são todos uns moderninhos estúpidos e inconsequentes que não se preocupam com os direitos fundamentais das crianças?...
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De zedeportugal a 22.05.2013 às 19:34

Em conclusão de tudo o que li nestes comentários acima:
1. A Maria tem uma paciência verdadeiramente cristã para responder às parvoíces que aqui lhe escrevem estes marmanjos.
2. Fica assim mais do qoe provado que as crianças (mesmo as "grandes", que aqui vêm) precisam da atenção de uma mãe.
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De Maria Teixeira Alves a 22.05.2013 às 20:07

:) Estão histéricos. Meu Deus, nós é que fomos traídos pela direita em que votámos e eles é que esperneiam....
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De Pespineta a 23.05.2013 às 14:29

Não foram traídos pela direita, não senhor. Ainda ontem a direita parlamentar - vários deputados do CDS - ficou indignada com a atitude da ministra Paula Teixeira da Cruz por esta ter falado a favor da lei. A direita simplesmente não teve votos que chegassem para ganhar. Talvez nos possamos indignar com os deputados que não apareceram na assembleia, para não terem de mostrar o que pensam sobre o caso. Esses sim, traíram a confiança dos eleitores.
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De Anónimo a 22.05.2013 às 21:32

"As crianças adoptadas não podem ser diferentes das outras, e as outras
têm um pai e uma mãe. Ás crianças abandonadas têm de lhe ser dado um
família substituta, ou então é melhor não saírem da instituição (ali
também têm amor, e se nalguns casos não é assim fechem-se essas). Nunca
dois pais ou duas mães. Gostava de perguntar ao Tiago se gostava de ser
filho do Licínio e do Renato?"
As crianças adoptadas não são diferentes das outras, simplesmente quando somos adoptados antes de termos consciência de nós mesmos chega um dia se tivermos sorte em que a família adoptiva nos revela que existe mais um pai e uma mãe para além dos dois que sempre conhecemos e nos criou até aquele momento. Não passei pela casa "instituição" fui directamente para a casa família adoptiva, que não sendo perfeitos fizeram o seu melhor para me criar e educar.
Se me perguntar hoje se eu gostaria de ser adoptado pelo Licínio e pelo Renato eu terei que dizer-lhe que não. Não sei que motivaria o Licínio e o Renato a tentar adoptar-me nesta altura mas combateria com tudo o que estivesse ao meu alcance essa tentativa de adopção. Já se me falar numa Licínia e numa Renata aí nos seus 25 anos que me querem adoptar e cuidar de mim até ao resto da minha vida eu sentir-me-ia muito honrado e moveria mundos para que a lei permitisse que duas jovens mulheres tivessem a possibilidade de adoptar um homem de 32 anos.
Mas se calhar poderíamos criar alguma entidade que acompanhasse os processos de adopção e fosse avaliando a forma como a criança se adapta e integra na família adoptiva poderia até perguntar se essa criança se sente bem tendo sido adoptado só por um homem ou só por uma mulher, se gosta de estar com o novo pai ou com a nova mãe, com o novo pai e mãe, com o novo pai e pai, com a nova mãe e mãe.
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De Ricardo Almeida a 22.05.2013 às 21:37

Sou capaz de lhe arranjar milhares de exemplos de crianças, por exemplo, que só tiveram mãe. Mais, arranjo-lhe exemploS de meninos que foram criados só com a mãe e com três irmãs. Agora, vai dizer que esse menino é menos saudável que os outros que tiveram pai e mãe?
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De Maria Teixeira Alves a 23.05.2013 às 03:11

Começa a cair no absurdo esta conversa. Se uma criança viver com uma avó e uma mãe, é uma avó e uma mãe, não são pai e mãe, a avó não passa a ser o pai... não sei que mais vos dizer, ou são burros ou obstinados... 
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De Susana a 22.05.2013 às 22:25

Felizmente as mentalidades estão a mudar seguindo um caminho muito diferente do seu pensamento, não tinha lido o texto do Tiago mas agora que o li estou a aplaudir de pé.
Os comentários que aqui li são a prova que a maioria pensa como eu, o mais importante para uma criança é o amor independentemente do tipo de família que tenha.
Obrigada
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De logo podia ser adoptada por um cão? a 24.05.2013 às 16:53

ou uma matilha de lobos

desde que lhes deêm amor ...

a questão é : independentemente do sexo dos adoptantes  a sociedade rejeita todos os comportamentos e estruturas que lhe são dissemelhantes

o facto de achar que a maioria pensa tão mal como bocemecê

ou seja é tão estúpida como você

é prova que a sociedade não está pronta para aceitar estruturas familiares alternativas

sejam casamentos em grupo
ou unisexuais monogâmicos
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De Anónimo a 18.06.2013 às 11:17


Na seja tolito/a!

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