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A Ecologia do Homem

por João Távora, em 24.04.13

PORQUE É NEGATIVA PARA AS CRIANÇAS A ADOPÇÃO POR PARES HOMOSSEXUAIS?!

 

1 – O que deve definir a decisão é o superior interesse das crianças e NÃO o interesse dos adultos que querem adoptar. 

 

2 – Para um adequado desenvolvimento psico-afectivo é necessário e fundamental a identificação com a figura masculina e a feminina, sem as quais esse desenvolvimento fica afectado, levando invariavelmente a processos patológicos da área psicoafectiva.

 

3 – Esta identificação com as figuras do pai e da mãe (masculinas e femininas) existem; na realidade, naqueles que têm pai e mãe e num processo de construção mental, e, em fantasia, na ausência de um ou dos dois progenitores (ex. órfãos).

 

4 – É preferível na ausência de pais (ex. órfãos) esse processo de identificação sexual e de desenvolvimento psico-afectivo ser feito de forma fantasiosa, i.e. imaginando os pais que se perderam ou que nunca se tiveram, em conjunto com a interactividade com pessoas significativas como por exemplo tios, primos, professores e educadores e padrinhos.

 

5 – É, do ponto de vista psicológico e do desenvolvimento, nefasto para as crianças, ao invés de terem o que antes referi, serem inseridas num meio onde só existam figuras exclusivamente masculinas ou femininas, como é o caso dos pares homossexuais.

 

6 – As crianças inseridas dessa forma não conseguem desenvolver de forma adequada processos intrapsíquicos como o complexo de Édipo e outros, criando facilmente espaço para o surgimento de neuroses e psicoses.

 

7 – A confrontação com a vivência familiar com pares homossexuais não permite a identificação com ambas as figuras masculinas e femininas e leva a uma exclusividade de género sexual que impede os processos já referenciados, inibindo também o processo de construção interno dessas figuras que descrevi como processo de fantasia, onde se imaginam o que seria o pai ou a mãe de acordo com um funcionamento masculino e feminino.

 

8 - A opção entre entregar uma criança a uma instituição ou a um casal (por definição um casal é sempre heterossexual, porque é o único que permite a reprodução) deve ser sempre a da adopção pelo casal.

 

9 – A opção entre entregar uma criança a uma instituição ou a um par homossexual deve residir sempre na entrega a uma instituição vocacionada para o efeito, pelas razões já descritas.

 

10 – Esta opção não impede e deve até fomentar o processo de apadrinhamento, podendo a criança passar fins-de-semana e férias com pares homossexuais desde que estes nunca assumam a paternidade. Desta forma a criança pode estabelecer vínculos afectivos saudáveis com os padrinhos mas não é coarctada, impedida de fazer o desenvolvimento intrapsíquico da figura do pai e da mãe que seria inibida se lhe fossem apresentadas duas pessoas do mesmo sexo como sendo dois pais ou duas mães.

 

11 – Permitir que uma criança se desenvolva neste meio é fomentar o desenvolvimento de graves psicopatologias que irão levar a adultos desadequados, frustrados e emocionalmente perturbados, com um processo de identificação sexual mal feito e com uma parte afectiva instável e mal construída.

 

 12 – A co-adopção, a adopção de uma criança filha de um elemento do sexo feminino ou masculino que na ausência do outro progenitor (por morte ou abandono) pretenda que o seu actual parceiro do mesmo sexo seja o adoptante é tão ou mais prejudicial, tendo as causas, consequências e os mesmos efeitos já descritos.

 

Desta forma recomenda-se aos decisores políticos que não subscrevam a co-adopção por pares homossexuais a bem das crianças.

 

Mestre Doutor Abel Matos Santos

Assistente Especialista em Psicologia Clínica do HSM

Sexologista e Mestre em Psicologia da Saúde

Doutorando pela Faculdade de Medicina de Lisboa


13 comentários

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De l.rodrigues a 24.04.2013 às 17:51

Pois, contra um, uma Associação:



"Numerous studies over the last three decades consistently demonstrate that children raised by gay or lesbian parents exhibit the same level of emotional, cognitive, social, and sexual functioning as children raised by heterosexual parents. This research indicates that optimal development for children is based not on the sexual orientation of the parents, but on stable attachments to committed and nurturing adults. The research also shows that children who have two parents, regardless of the parents’ sexual orientations, do better than children with only one parent."


American Psichiatry Association

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De Anónimo a 24.04.2013 às 17:59

Em primeiro lugar é preciso recordar o que foi dito sobre adopção por estes casais aquando da discussão e aprovação da lei. É que há coisas que foram ditas de modo muito claro e que parece que se está a passar ao esquecimento. Foi muito bem urdido, este processo legislativo.
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De jhb a 24.04.2013 às 18:19

Um exemplo clássico do argumento da autoridade, um dos mais prejudiciais para o desenvolvimento da discussão racional no seip de uma sociedade. Pega-se num conjunto de teses sem apresentar os dados que as suportam, junta-se um nome com um ou dois títulos académicos e voilá! Temos verdade científica...
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De xico a 24.04.2013 às 21:09

Sou por princípio contrário à equiparação de uma união homosexual com o casamento. Por questões de construção da sociedade e não por questões de ordem moral ou natural.
Sou pela preferência, na adopção, por casais heterosexuais.
Mas gosto de pensar e contestar as minhas próprias certezas. Temos o vício de pensar o mundo através das nossas experiências esquecendo que elas nem sempre representam a da maioria, nem sempre são universais, nem sempre foram como as conhecemos.
Em determinadas sociedades as crianças foram e são educadas no meio de mulheres com uma figura masculina ausente e mítica. Os rapazes eram depois tirados desse grupo e educados por homens, longe das mulheres.
Em instituições geralmente estão entregues ou só a mulheres ou só a homens.
Por isso acho que nada pode estar encerrado definitivamente.
É claro que acho que incutir-se a ideia de dois pais ou de duas mães, não só é um absurdo como uma violência, mas isso não impede que dois homens ou duas mulheres não possam educar uma criança, como o podem educar um só homem ou uma só mulher.
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De fgh a 25.04.2013 às 01:55

xico,

a)não confundir pais e mães com encarregados de educação, uma tarefa entre muitas.

b) houve muitas sociedades mal sucedidas e cruéis

c) as crianças precisam de pais, pai e mãe. E precisam da relação que eles, pai e mãe, mantêm entre si: a relação criadora entre um homem e uma mulher, com uma dinâmica muito própria, com altos e baixos, mas que produz vida: sem qualquer artigo de jornal, de revista, ou deliberação da associação de psiquiatras norte-americanos, pode nascer alguém como Mozart ou Dante, S. Francisco ou Freud - um velhinho de Viena que achava a homossexualidade uma perturbação grave.
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De xico a 25.04.2013 às 12:30

E não podia estar mais de acordo.
Considero absolutamente natural qualquer forma com que as pessoas pretendam viver a sua sexualidade e nos afectos manda o coração e não a cabeça.
Quanto à criação dos filhos está determinada naturalmente.
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De Ricardo Duarte a 25.04.2013 às 16:22

Édipo? qual Édipo? ainda se anda nisto...
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De Luis Rainha a 26.04.2013 às 01:40

A estupidez com diplomas. E os casais estéries, deixam de o ser? E décadas de estudos em países onde esta adopção existe? NAda valem para este génio?
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De Luis Rainha a 26.04.2013 às 01:41

"Mestre Doutor"? Que raio é isto, se o homem afinal é doutorando??
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De Ana Matos Pires a 26.04.2013 às 09:26

Acho que é um excelente texto para ser enviado à Ordem dos Psicólogos como exemplo do que deontologicamente não se pode fazer, Abel. Isto ultrapassa tudo, em mau, o que é clínica e academicamente razoável e expectável.
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De João Távora a 26.04.2013 às 10:03

Ora, já demorava a chegada da polícia de costumes.
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De Ana Matos Pires a 26.04.2013 às 10:07

Polícia de costumes? O texto está assinado com credenciais clínicas e académicas ( estas últimas inovadoras, aliás, "Mestre Doutor" não sabemos o que seja)
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De ALICE SAMORA a 26.04.2013 às 10:02


O que é verdadeiramente chocante é isto ser objecto de justificação.
Será possível haver alguém que só agora, depois de uma entidade com muitas habilitações e estatuto lhe ter explicado, ponto ponto. diga:
- Agora sim, estou a perceber!

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