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(…) Aguçados, a sua vida é uma emoção contínua, quase dolorosa, que a Análise exaspera; e moços, eles têm o cansaço de quem tudo tem vivido. São estes espíritos já afinados por excepção que anunciam a morte da humanidade pela nevrose? O que é certo é que este estado dolorido se traduz nos literatos em livros pervertidos e nos desgraçados em crimes. Doença misteriosa, manifestada já por ignominias, por perversidades diabólicas, por crimes de pensamento que não se realizam ainda – mas que em breve lançarão a humanidade por este vim de civilização, num terrível delírio. Então os assassinatos de um exotismo artístico, os livros raros e excessivos, fantásticos sonhos, complicadas e quase diabólicas teses, florescerão, e num uivo, com vontade de torcer, toda esta gente se aniquilará – e a perversidade há-de triunfar, única. (…)
Excerto do artigo O Livro de Aglais, in Revista de Portugal dirigida por Eça de Queiroz, Coimbra, vol. IV, 1892, «Revista de Crítica Litteraria», pp. 813-16, retirado do livro “A Pedra Ainda Espera dar Flor" dispersos de Raul Brandão 1891 e 1930 (Editora Quetzal - 2013) organizado por Vasco Rosa
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