por Luísa Correia, em 12.03.13
Em nota do historiador Christophe Dickès, ficamos a saber que a interferência dos Estados austríaco, francês e espanhol na eleição dos Papas, pelo exercício do privilégio "exclusivo" (ou de exclusão) de qualquer candidato, aconteceu pela última vez em 1903, com Pio X. Ficamos também a saber que, desde então, a liberdade de voto é particularmente acarinhada no Vaticano, razão por que os cardeais "papabile" que fazem campanha em benefício próprio nunca são eleitos (ressalvado o caso do enigmático Paulo VI). Ficamos finalmente a saber que, com as excepções do mesmo Paulo VI e de Bento XVI, os papas dos últimos tempos choraram, todos eles, ao saber-se escolhidos, mais de humilde terror do que de orgulhosa comoção. A ver vamos o que nos traz o conclave de hoje... não esquecendo que homem moderno, empático e responsável deita - mas doseia! - a lágrima.