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Há pequenos desabafos pungentes mais reveladores dos anseios secretos do que as letras de programas inteiros. A notícia sobre o combate Seguro/Costa na edição de hoje do Público é um desses casos comoventes em que ficam postos a nu inadvertidamente os próprios anseios e frustrações.
Começa por afirmar o Público no texto que sustenta a manchete que «no rescaldo da longa noite no Rato, os socialistas e o país tentam compreender o que se passou.» «os socialistas e o país...» O Público vê, portanto, Portugal inteiro, o pleno das forças vivas, todos os lares, os 10 milhões, presos e ansiosos de uma dissensão socialista qualquer.
O Público acha que é isso que se passa, e acha-o pelas suas razões. É que, segundo o Público, o que se passou até às 5 da madrugada no Rato foi «a mais viva e participada reunião da comissão política socialista dos últimos dez anos».
O entusiasmo era muito. Tanto que levou a enganos e má informação (mais gritante do que é costume), como nos conta mais adiante o próprio Público a propósito da hipótese de António Costa avançar para a liderança do PS: «Houve tantos socialistas convencidos que esse seria o passo que vários sites de jornais (incluindo o PÚBLICO) chegaram a dá-lo como certo.» Não se poderia esperar maior candura na confissão dos processos de desinformação.
No meio dos enganos e suposições, há, porém, duas ou três coisas que o Público nunca propõe nem supõe: que António Costa recuou; que recuou porque compreendeu (ao contrário dos que o empurravam) que o ambiente político mudou numa semana, e que não se avista crise; e que recuou por estar incómodo com os empurrões e colagens dos Silva Pereira, dos Santos Silva, e, em geral, dos que não aprenderam nada, não se arrependem de nada, e nem ameaçam compreender ou arrepender.
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