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Ao longo das décadas o percurso de milhões e milhões. A guardar na memória bem viva desses outros tempos dos eléctricos, para cá e para lá, uma enfiada de carreiras vindas dos quatro pontos cardeais, confluindo na Cedofeita que se esvai esquecida. Como o mundo era mais largo! Com ambos os sentidos, todos os sentidos, e um espaço onde se circulava, estacionava e calcorreava. Prenhe de lojas e comerciantes vergados ao peso de gerações de comércio. Cedofeita encarnava o Porto, desde que ele transbordou das muralhas da cidade.
No inverno, as luzes, a boa guarida num cafezito qualquer. Crescendo os dias, aquecendo o ar, a visão de sempre no fim da tarde: o burguês posto na janela, já desengravatado, envergando qualquer coisa parecida com um casaco de pijama. A mirar o trânsito e os transeuntes. Era o merecido relaxe, após um dia inteiro de balcão no andar inferior.
As vidas não iam além disto. Desde a juventude, por todo um corredor terminando só nos dolorosos anúncios dos falecimentos. A igreja não ficava longe, nada era afinal muito demorado. E, como escrevia Ruben A., os eléctricos continuavam tangando via Carvalhosa... Enquanto os doidivanas dos estudantes riam e cantavam, esses estarolas!
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Muito bem, nada a apontar
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