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Uma pessoa chega quase aos 50 anos e percebe que deixou para trás uma série de livros clássicos e desperdiçou menso tempo com jornais, revistas e livros sem importância. Mas nem tudo é mau, porque permite descobrir obras extraordinárias como Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio (Edição Relógio d’Água), que acabei de ler. Para não me sentir tão inculto, perguntei a uma série de amigos da minha geração, ou mais novos, quem o leu, e verifico que há muita gente que ainda o desconhece. Como é possível que não seja obrigatório, pelo menos em termos culturais, já não digo escolares, ler este livro publicado em 1944, sem dúvida um dos melhores romances portugueses dos últimos cem anos? Um português magnífico, personagens excelentemente construídas, um enredo inteligente e absorvente, é tudo muito bom.
Lembro-me do Vitorino Nemésio da televisão, mas obviamente não tinha idade para compreender a sua grandeza. Agora, vou tentar recuperar o tempo perdido, procurando outras obras suas, que espero que não estejam esgotadas. Mas provavelmente não encontrarei melhor do que este Mau Tempo no Canal, porque Nemésio, que morreu em 1978, não escreveu mais ficção depois de o publicar, como se soubesse que já tinha atingido o auge neste domínio. Mas aceito recomendações da sua obra ensaística, que parece que também é extraordinária.
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