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Era o monte dos grandes passeios escolares da infância. Com saída logo ao amanhecer, merenda trazida de casa e um bom par de quilómetros pela frente. Acompanhados dos professores e sempre escoltados por matas à esquerda e à direita e em frente, sempre em frente até ao topo da elevação. Onde pontificava a capelinha, o parque das romarias e uma tarde de brincadeira, logo que saciadas a fome e a sede.
É de imaginar há quanto tempo assim era tal floresta, com vista para a vila...
No andar das décadas, as suas encostas cogumelizaram-se de casas, aliás, a esmagadora maioria das quais do mais duvidoso gosto. Atrás das casas veio o alcatrão. E atrás do alcatrão, os cafés, as mini-indústrias e as oficinas e mais casas. Todos os dias mais casas.
Ainda agora, lá em cima, uma urbanização - quase duas dezenas de fogos - coisa moderna, construções em banda (como se diz)... com o acabado ar de definitivamente inacabadas. Não disfarçando a irremediável falta das amplas vidraças com que se revestem as faces avarandadas dos cubos e dos paralelípipedos habitacionais da arquitectura mais recente.
E o mono ali ficou, no pico do monte, esparvoado, decerto à espera que cá em baixo, nas instâncias judiciais, alguém lhe dê um destino, defunta que será a empresa sua construtora.
A ganância frequentemente é fatal à lucidez: números redondos, há no presente mais 1,8 milhões de casas do que famílias em Portugal. E tanta coisa para quê? Se fosse só para ficarem à espera... Se não tivessem dado cabo da paisagem...
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há um défice de competitividade que tem de ser sup...
Parece que irão ser sorteadas entre os diversos ca...
Uma criatura malcriada, déspota e manifestamente i...
Fontes ? por favor todos os jornalistas que foram ...
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