por Maria Teixeira Alves, em 16.10.12
A ver um debate na SIC entre uma excelente jornalista (Helena Garrido), imparcial, inteligente; uma pivot (Ana Lourenço) tendenciosa e não especialmente inteligente e um comentador cheio de clichés, político, tendencioso, populista, que se chama Pedro Adão e Silva. Ana Lourenço e Pedro Adão e Silva só dizem mal do Orçamento por dizer e a Helena Garrido que responde com a verdade simples: "precisamos de financiar um défice e não o podendo fazer nos mercados, só o podemos fazer reduzindo despesa ou aumentando receita. Falhando a redução de despesa, só se pode ir à receita". Elementar caro Watson. E acrescentou "Portugal ganhou um capital de credibilidade, que não se vê, mas que é importante, e serviu para baixar os juros da dívida e que se pode perder a qualquer momento com as manifestações e com as crises da coligação". E eu acrescento não se esqueçam que os juros são uma das componentes da despesa do Estado...
19 comentários
Pois, mas qual é a alternativa? Morrer já da doença, ou arriscar a cura, mesmo que haja o risco de se morrer dela. A mim parece-me que se houvesse alternativa ela tinha sido tomada neste orçamento. Mas não sei, não estou por dentro das contas públicas o suficiente. talvez não fosse má ideia ser feito um levantamento exaustivo da despesa pública, alguma empresa que o faça pelo país sem cobrar balúrdios ao Estado.
De FranciscoM a 17.10.2012 às 15:14
"precisamos de financiar um défice e não o podendo fazer nos mercados, só o podemos fazer reduzindo despesa ou aumentando receita. Falhando a redução de despesa, só se pode ir à receita"
Esta frase é ridícula e mostra bem o estado lunáticos de muitos.
-Querer aumentar receita não implica aumentar impostos ( IVA em 2012, por ex.) Ou seja se o objectivo é ter mais receita isso pode ser conseguido através por exemplo de baixa de impostos. A ideia que o aumento do IRS levaria a aumento de receita é absurda. E o IRC/IVA não baixariam com a redução do consumo ?
- Diminuir despesa ? Oh minha Senhora, mas pobreza não implica mais despesa ? Então se existirem mais desempregados, mais pessoas a cairem no SNS e escola pública as despesas não aumentam ?
Todo o seu pensamento é rígido. De um lado as receitas, do outro lado as despesas, sem que uma influencie a outra.
O grande erro é achar que o IRS tem efeitos muito positivos no aumento da Receita, mas pouco efeito na despesa e que portanto se deve trabalhar as duas coisas de forma diferentes. NÃO!
Não percebo a dificuldade em perceber isto.
Eu posso perfeitamente defender um aumento menor do IRS, sem que alguém me venha dizer que para compensar tenho que cortar na despesa. Ao limitar o aumento do IRS, estou já a cortar na despesa. Para não falar na diminuição do IVA na restauração.