por Maria Teixeira Alves, em 16.10.12
A ver um debate na SIC entre uma excelente jornalista (Helena Garrido), imparcial, inteligente; uma pivot (Ana Lourenço) tendenciosa e não especialmente inteligente e um comentador cheio de clichés, político, tendencioso, populista, que se chama Pedro Adão e Silva. Ana Lourenço e Pedro Adão e Silva só dizem mal do Orçamento por dizer e a Helena Garrido que responde com a verdade simples: "precisamos de financiar um défice e não o podendo fazer nos mercados, só o podemos fazer reduzindo despesa ou aumentando receita. Falhando a redução de despesa, só se pode ir à receita". Elementar caro Watson. E acrescentou "Portugal ganhou um capital de credibilidade, que não se vê, mas que é importante, e serviu para baixar os juros da dívida e que se pode perder a qualquer momento com as manifestações e com as crises da coligação". E eu acrescento não se esqueçam que os juros são uma das componentes da despesa do Estado...
19 comentários
De António Pereira de Carvalho a 16.10.2012 às 23:52
“Não troco o futuro por um lucro a curto prazo.”
Ernst Werner von Siemens
(13.12.1816 – 6.12.1892)
Pedro ANÃO e Silva e muitos, muitos, muitos outros anões que por aí proliferam, ainda não perceberam que a prioridade não é o futuro, mas sim que dentro de meses haja dinheiro para alimentar O MONSTRO... Depois logo se vê, na esperança que as coisas se componham!!! Estou farto, fartinho, de tanta miopia, soberba, irresponsabilidade, impunidade e estupidez. Andamos há 38 anos a trocar o futuro por um lucro a curto prazo... Agora é que querem trocar o curto prazo em nome do futuro!!!
De mcorreia a 17.10.2012 às 00:09
Ainda estou para perceber com é que este Pedro Adão e Silva socialista e ex-dirigente do PS no tempo de Sócrates, vai para estes programas fazer papel de comentador previsivelmente equidistante e imparcial.
De António Pereira de Carvalho a 17.10.2012 às 09:57
1000 (mil)% de razão e mete-me dó a figura ridícula que faz, francamente... Um perfeito cabotino!!! Inspira-me sincera COMPAIXÃO!!!
ANTIGAMENTE aturavam-se os das palavras vagas, conceitos redondos, gambozinos...ninguém os ouvia; e gastava-se, e votava-se no mais fixe, no que dava mais;
Como FALTA GUITO, ouve-se...e os que sabem falam do concreto, e ninguém gosta.
Os plebeus são assim, gostam de som, ...para mexer.
Eu duvido que alguém condescente com o anterior governo como foi helena garrido, seja alguém imparcial.
Mas o meu ponto não é esse.É que o esforço orçamental tem sido feito sobretudo com base na receita, o que fez com que a receita desse o trambolhão que deu, e que isso piorasse a execução orçamental.Dizer isto não é populismo, é apenas o simples constatar de uma evidência, nós já atingimos o limite do esforço fiscal.
Não sei qual a sua opinião acerca disto, mas deixe-me dizer-lhe que a meta do governo para este ano é irrealizável,sem falar sequer do falhanço completo que será o próximo ano
posto isto, ainda lhe quero perguntar o seguinte: É ou não verdade que o estado tem mais de 50% da economia
2º: Não achou o programa do psd demasiado optimista no ano passado?
De Já Sabemos a 17.10.2012 às 09:18
O melhorr comentador é Marques Mendes. É o que acham as jornalistas que acham que são inteligentes.
Não só, a Helena Garrido também é excelente. Também gosto do António Lobo Xavier. Eu só gosto do que é Top! :)
De Hugo a 17.10.2012 às 09:27
É interessante como os jornalistas da Sic e do Expresso têm sido tão descaradamente tendenciosos, sempre anti-Governo
De p D s a 17.10.2012 às 09:37
Maria,
"Portugal ganhou um capital de credibilidade" - tem razão, o esforço dos Portugueses, todos, é reconhecido.
"(...) é importante, e serviu para baixar os juros da dívida e que se pode perder a qualquer momento com as manifestações e com as crises da coligação". E eu acrescento não se esqueçam que os juros são uma das componentes da despesa do Estado..."
Tudo o que afirma, é claro para mim, e parece-me obvio.
Mas precisamente por ser assim...é que este Orçamento, que segue e reforça a metodologia do anterior, pode colocar tudo isto em risco!
Ou seja, o OE anterior, não atingiu os numeros e metas que se propunha...ainda assim foi reconhecido internacionalmente a colaboração pacifica da sociedade portuguesa...e Confiança nos Portugueses, já se viu que existe.
Donde, aplicando a formula fracassada, prometendo metas e numeros inatingiveis....é obvio que todo esse capital de confiança se pode perder!
A questão não é se o Povo ou os Portugueses ...a questão é : na actual conjuntura, mais um OE para o fracasso, será a maior machadada no capital de confiança internacional!
Com este OE2013, violentissimo a prometer metas inantingiveis (vide OE2012)....será obvio, que Internacionalmente, no fim de 2013, quando se verificar que os numeros falharam todos...qual será a confiança que sobrará ?
Maria, não coloque sempre a responsabilidade e culpa nos cidadão, no povo! Este OE2013 é só IMPOSSIVEL de cumprir. Não será esta desde já a maior ameaça a tal confiança que baixou os juros ?
Pois, mas qual é a alternativa? Morrer já da doença, ou arriscar a cura, mesmo que haja o risco de se morrer dela. A mim parece-me que se houvesse alternativa ela tinha sido tomada neste orçamento. Mas não sei, não estou por dentro das contas públicas o suficiente. talvez não fosse má ideia ser feito um levantamento exaustivo da despesa pública, alguma empresa que o faça pelo país sem cobrar balúrdios ao Estado.
De FranciscoM a 17.10.2012 às 15:14
"precisamos de financiar um défice e não o podendo fazer nos mercados, só o podemos fazer reduzindo despesa ou aumentando receita. Falhando a redução de despesa, só se pode ir à receita"
Esta frase é ridícula e mostra bem o estado lunáticos de muitos.
-Querer aumentar receita não implica aumentar impostos ( IVA em 2012, por ex.) Ou seja se o objectivo é ter mais receita isso pode ser conseguido através por exemplo de baixa de impostos. A ideia que o aumento do IRS levaria a aumento de receita é absurda. E o IRC/IVA não baixariam com a redução do consumo ?
- Diminuir despesa ? Oh minha Senhora, mas pobreza não implica mais despesa ? Então se existirem mais desempregados, mais pessoas a cairem no SNS e escola pública as despesas não aumentam ?
Todo o seu pensamento é rígido. De um lado as receitas, do outro lado as despesas, sem que uma influencie a outra.
O grande erro é achar que o IRS tem efeitos muito positivos no aumento da Receita, mas pouco efeito na despesa e que portanto se deve trabalhar as duas coisas de forma diferentes. NÃO!
Não percebo a dificuldade em perceber isto.
Eu posso perfeitamente defender um aumento menor do IRS, sem que alguém me venha dizer que para compensar tenho que cortar na despesa. Ao limitar o aumento do IRS, estou já a cortar na despesa. Para não falar na diminuição do IVA na restauração.
De António Pereira de Carvalho a 17.10.2012 às 10:07
“Antigamente os animais falavam. Hoje escrevem.”
Millôr Fernandes
(16.8.1923-27.3.2012)
88 anosComentário para todos, em geral e ninguém em particular...
De Truca-truca a 17.10.2012 às 10:44
O anúncio do brutal aumento de impostos, que terá um impacto violento no rendimento mensal dos portugueses que ainda consomem, deixa algumas preocupações no ar. Se isto tudo é para baixar o défice para 4,5% o que será quando em 2014 o défice tiver de descer para 2,5%. Se se esticam muito ainda se cria um movimento de greve fiscal. Em que consiste? Consiste em rasgar a declaração de IRS, em rasgar as notas de cobranças de impostos, não pagar o IMI, nem IUC, nem nada. O que faria o Estado? Punha em Tribunal dois milhões de portugueses?
É preciso haver bom senso, senão deitam tudo a perder.
Pois, mas uma coisa é alertar e pressionar para melhorar as coisas, outra coisa é uma crise política e todos os jogos sujos de bastidores que estão a ser feitos pela esquerda (e não só) para derrubar o Governo, em nome da pura vaidade do poder. António José Seguro sabe muito bem que o país está ingovernável, aposto que não quer estar agora no lugar do PPC. Está à espera de melhores ventos. E os políticos estão todos a posicionar-se para ganhar espaço quando os ventos da economia mudarem.