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Presunção e água benta...

por João Távora, em 30.09.12

 

Talvez que Passos Coelho até remodele o governo no próximo fim-de-semana, como recomenda o Professor do alto da sua cátedra. Mas do que eu estou certo é de que a História se encarregará de perspectivar Marcelo Rebelo de Sousa na sua verdadeira dimensão: uma mera nota de rodapé, que aludirá a eterna e frustrada promessa dum político medroso, cujo talento e qualidades patrióticas o reduziram ao papel comentador político num telejornal de grande audiência. 


1 comentário

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De Jose a 01.10.2012 às 11:35

Vou ter que ser claro… não sinto simpatia pelo tom “ad hominem” do post.

 

Ouço eu MRS? Sim, já há muitos anos.

Creio que é útil e pertinente no que diz? Às vezes sim, outras vezes não.

Acima de tudo entretém, pela facilidade de comunicação, pela óbvia empatia que gera, como nenhum outro, político ou comunicador ou sequer jornalista em Portugal.

 

Dito isto… considero eu que a sua acção já foi deletéria?

Bem, sim… e isto por causa daquele que acredito ser o seu grande “defeito”.

 

Marcelo tenta ser um apaziguador (com uma óbvia excepção a que já voltarei). Procura sempre colocar-se numa posição moderada, central, numa encarniçada busca pelo “meio”, num sentido aristotélico. Isto, amiúde, faz com que ele possa ser acusado de… não acreditar verdadeiramente em nada. Paradigma acabado disto? A sua confusa “posição” face ao aborto, que se tornou imediatamente caricaturada e tida, “prima facie”, como a posição natural e como o argumento mais… robusto… daqueles que se opunham à liberalização. Não era. A posição de Marcelo era, aí sim, temerosa e incapaz de assumir claramente, por razões ontológicas, éticas e teológicas, um repúdio absoluto a tal possibilidade, que seria sempre tida como um mal total e nunca, como falaciosamente se tentou passar, um mal menor. Digamos, faltou-lhe “ética da convicção”.

 

Onde Marcelo tende a ser implacável é na crítica ao seu próprio partido. Particularmente quando figuras pelas quais sente uma óbvia antipatia estão no poder. Foi assim com Santana Lopes, com Menezes e é agora com Passos Coelho. Não é caso singular no PSD. Lembremo-nos imediatamente de Pacheco Pereira.

 

E nesse aspecto rompe com os comentadores da área do PS, que imediatamente e servilmente, como António Vitorino, se curvam ao poder imediato no PS, em particular quando este está no governo.

 

Deve o que Marcelo diz ser lido com um grãozinho de sal?

Naturalmente. Mas quanto a isso… não haverá nenhum comentador isento de tal… cuidado.

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