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O problema não é se a medida era inteligentíssima, se os outros (quase) todos serão ignorantes ou se reprovariam no curso de António Borges. O problema é que se a medida proposta para a Taxa Social Única era assim tão boa, como ele diz, deveria ter sido trabalhada com pinças, negociada a preceito e comunicada com detalhe e cuidado.

 

Como é evidente a qualquer um que viva no mundo real, nenhum empresário pretende que seja aplicada uma medida que vá causar distúrbios no bem-estar da sua empresa. Não lhe interessa beneficiar de um proveito que vá criar na ideia dos seus trabalhadores que são eles os grandes prejudicados em benefício dos "patrões". Teria sido necessário explicar que, uma vez que havia necessidade de uma vez mais ir ao bolso dos trabalhadores, fazê-lo por intermédio da TSU e não por via do IRS poderia trazer benefício ao país no seu conjunto, e explicar porquê, para que não ficassem os “patrões” como os maus da fita. Por outra via, comprometer-se o governo a não aumentar mais o IRS dos trabalhadores, ou mesmo aliviar ligeiramente a sua carga fiscal, na medida do possível, de forma a que o rendimento deles não tivesse uma variação negativa tão grande (ou não a tivesse de todo).

 

Desta forma, talvez se tivesse o apoio dos exportadores, dos que vivem do mercado interno, e até dos sindicatos.

 

Claro que isto teria de ser devidamente trabalhado e negociado com os parceiros sociais, e mesmo até com o PS (se este tivesse o mínimo de vergonha na cara, o que não parece ser o caso...), e apresentado por todos, se possível, para que também todos o compreendessem. E nunca de uma forma apressada para ir cantar com o Paulo de Carvalho. Assim, e sem conceder, talvez tivesse sido uma medida "inteligentíssima" que até os "ignorantes" a compreendessem e apoiassem. Como foi, foi naturalmente chumbada e a oportunidade perdida.


10 comentários

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De monge silésio a 30.09.2012 às 16:49


1.- É tudo feito com uma superficialidade monstra.
O tal estudo não foi tornado público, a comunicação foi aquela que afirma e bem...enfim não se pode esperar muito da geração J que assaltou o poder...como há centenas de anos se sabe.

2.- É certo e sabido que a geração J que assaltou o poder nos últimos 10 anos vai ter um problema: o desemprego. Quem empregará os Seguros, os Montenegros, os Menezes, os Magalhães, ...quem?

3. Enquanto isso, o país afunda-se, mas lá dentro a banda toca, as "pexoas" conversam sobre as ofensas e insultos, e isto e aquilo...calmamente.

4. A Grécia virou do avesso após a 5ª avaliação, e este país, o mesmo que no séc. xx matou um principe regente, um chefe de estado, e jogou à bola com cabeças humanas, imagina relaxadamente que é "brando"...
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De Vasco Lobo Xavier a 30.09.2012 às 17:18

esses crimes hediondos são, pelos republicanos que tomaram o poder, vistos como coisas brandas. Por eles teria ido a Família Real toda.
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De henrique pereira dos santos a 30.09.2012 às 21:32

O seu post não nega que a medida seja inteligente. E é bem claro a identificar o problema dos empresários que falaram (não sabemos o que pensam os outros): a defesa da paz social das suas empresas está acima da sua solidariedade para com os actuais e futuros desempregados. Que por isso tudo devesse ser mais bem feito, estamos de acordo, mas que deitaram fora o bebé com a água do banho, também começa a ser mais evidente.
henrique pereira dos santos
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De makarana a 30.09.2012 às 23:26

qual a motivação de trabalhar com salarios mais baixos? A medida previa até a negociacao de aumentos salariais, só que feitas as contas, essa negociação não era suficiente.Só se houvesse um aumento de 10%
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De Euro2cent a 30.09.2012 às 23:05

O que é que impediria os empresários privados de aumentar os seus trabalhadores para compensar a alteração de TSU?

Óbviamente a mexida na TSU era um assalto a 10% do vencimento dos funcionários públicos e assemelhados.

Nem se percebe porque bufaram os privados - nem lhes ia ao bolso.
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De Vasco Lobo Xavier a 01.10.2012 às 08:46

O assalto era a todos. Fazê-lo por via do IRS ou da TSU é que talvez não fosse indiferente. Não sei se assim seria, mas se fosse tão boa, a solução pretendida teria de ser melhor trabalhada e explicada.
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De Guilherme a 01.10.2012 às 09:00

o Euro2Cent tem razão.
Nada impedia os empresários de aumentarem o ordenado por forma a compensar a TSU. Esse argumento nao tem logica.
Em muitos casos a poupança que a empresa teria com a TSU permitiria rever alguns salários, descriminando positivamente quem o merecia.
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De Ora abóbora a 01.10.2012 às 10:11

A ideia das mexidas na TSU era baixar os custos do trabalho. Se os empresários fossem aumentar os ordenados ficava tudo na mesma, designadamente na competitividade das empresas exportadoras...
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De Guilherme a 01.10.2012 às 12:12

Assume que todas as empresas iriam reagir da mesma forma à descida da TSU.
As que tem problemas de tesouraria e falta de financiamento poderiam canalizar esses fundos para minimizar essa situaçao (ao invés de despedir pessoal) e algumas empresas exportadoras poderiam praticar preços um pouco mais competitivos.
Seja como for fico contente que os problemas de liquidez/financiamenteo das PME tenham acabado.

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