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Uma intervenção notável

por Rui Crull Tabosa, em 28.09.12

Num tempo em que tantos demagogos e comentadores profissionais tudo fazem para denegrir o trabalho do Governo e apoucar o enorme esforço dos Portugueses na redução do défice público, Fernando Ulrich prestou ontem um excelente serviço ao País, ao sintetizar em números o “notável” ajustamento que Portugal estar a levar a cabo.

E que disse Fernando Ulrich?

Começou por lembrar que “O défice orçamental, sem medidas extraordinárias, em 2009 e 2010 foi praticamente igual 17 mil milhões de euros, o que representou 10,2% do PIB num ano e 9,8% no outro. Em 2012, aquilo que se estima, sem medidas extraordinárias é um défice de 10 mil milhões de euros, 6,1% do PIB. Desde 2010 até 2012, o défice, sem medidas extraordinárias, reduz quase sete mil milhões de euros em dois anos, o que são quase 3,7 pontos percentuais de PIB e, a primeira coisa que temos de assumir é que é um resultado muito bom em qualquer parte do mundo”.

Por sua vez, o “défice sem juros e sem medidas extraordinárias foi à volta de 12 mil milhões de euros em 2009 e em 2010, que dá cerca de 7% do PIB em cada um dos anos”, sendo que, prosseguiu Fernando Ulrich, “Em 2012, será de menos 1600 milhões de euros, menos 1% do PIB. É um ajustamento de 10,4 mil milhões de euros em dois anos o que representa seis pontos percentuais no défice primário e sem medidas extraordinárias. Isto é notável e é um motivo de orgulho para todos os portugueses, estejam no Governo, estejam na oposição”.

E o presidente do BPI referiu-se, ainda, à despesa primária que, “sem juros e sem medidas extraordinárias, ela atingiu o pico histórico 83 500 milhões de euros em 2010, 48,4% do PIB. Este ano deverá atingir pouco menos de 70 mil milhões, ou seja, 41% do PIB. São menos 13.700 milhões de euros, em dois anos, o que são 8,2 pontos percentuais de PIB”.

É evidente que estes números não interessam à oposição – desde o Partido Socialista ao partido dos comentadores –, que, descaradamente, exploram as dificuldades da população e tentam novamente enganar os incautos com conversa fiada e discursos de bota-abaixo ou dos amanhãs que cantam.

Como Ulrich, quando vejo nas televisões essas ‘personalidades’ a “comentar a situação portuguesa mas sem atentar aos números”, apetece dizer que “prefiro ver a Gabriela”...


8 comentários

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De Nuno Castelo-Branco a 28.09.2012 às 16:06

Sinceramente, cada vez mais me apetece velos dentro de um avião na Portela, com um bilhete de ida sem volta.
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De Mario a 28.09.2012 às 17:44

Tudo está bem então!!!! Enfim!!!!
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De Rui Crull Tabosa a 28.09.2012 às 19:57

Não, claro que não!
Mas está seguramente melhor do com aqueles - o PS - que conduziram o País à bancarrota com obras inúteis e milionárias. Ou não lhe parece?
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De makarana a 28.09.2012 às 20:46

já estamos em crise ha quase 40 anos, por culpa tanto de rosas como de laranjas.No entanto, como já referi, sócrates foi o unico primeiro ministro que se aproximou dos 3 % 
Essas receitas da execução orçamental tss tss.. não deviam ter aumentado impostos, cumprindo o vosso programa eleitoral
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De Rui Crull Tabosa a 28.09.2012 às 22:08

Terá razão no que se refere ao regabofe dos últimos 40 anos, para o qual contribuiram tanto eleitos como eleitores.
Agora quanto ao défice de 3% foi tão sustentável que em 2009 o mesmo Sócrates o atirou para os 10%. Estamos conversados e nem vale a pena falar das célebres PPP e dos outros desmandos do menino de oiro do PS.
E claro que não se deviam ter aumentado impostos e a Troika que se lixe e também os reformados, os funcionários, o SNS, etc. que não precisavam do dinheiro emprestado para nada... (note que já ninguém nos emprestava dinheiro e foi por isso que o PS pediu ajuda internacional).
Um pouco de memória, sff.
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De makarana a 29.09.2012 às 13:45

se o rui desconfiar dos 3%, em 2007,sugiro que vá ver ao eurostat.Ponto.
Quem contribuiu para o regabofe não foram nada os eleitores, mas sim os governantes, incluindo do psd que prometeram nestas eleições um determinado tipo de medidas e tomaram outras, traindo os eleitores.
Não, não se deviam ter aumentado impostos, medida essa que foi errada e inútil.como se ve pela receita.Aconselho o rui a ver o conceito de curva de laffer
Antes, pediria ao governo que substituisse os aumentos de impostos, por mais cortes extra na despesa
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De Rui Crull Tabosa a 29.09.2012 às 15:09

Não leu bem: não pus em causa o défice de 2007, mas sim a sua sustentabilidade e verdade. É fácil ter-se um défice de 3% quando se não pagam dívidas (ex. saúde onde o TContas identificou cerca de 3 mil milhões de euros relativamente a 2010, o que representa quase 2% do PIB, e esse valor é obviamente acumulado). ponto, portanto.
Foram também os eleitores, sim, que votaram em quem lhes mentia prometendo sempre mais e mais direitos, tipo 'as pessoas não são números', etc, com rendimentos mínimos e obras faraónicas à mistura. só em 2009 Ana Jorge estoirou 50 mil euros na cerimónia de lançamento da 1.ª pedra do novo Hospital de faro que será construído daqui a umas décadas...
Quanto a não haver subida de impostos, nem lhe respondo. Não percebeu ainda: se não existisse esse aumento fechavam-nos a torneira e os reformados, funcionários, o próprio estadso deixava de ter dinheiro para as funções mais básicas. É terrível quando se não quer ver a realidade.
Cortes extra na despesa? Vai tê-los, não duvide, e cada vez mais.
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De makarana a 29.09.2012 às 15:37

"É fácil ter-se um défice de 3% quando se não pagam dívidas (ex. saúde onde o TContas identificou cerca de 3 mil milhões de euros relativamente a 2010, o que representa quase 2% do PIB, e esse valor é obviamente acumulado). ponto, portanto."
Pois pois, desculpas.Se fosse como voce diz, o eurostat tinha aumentando o défice desse ano


"Quanto a não haver subida de impostos, nem lhe respondo. Não percebeu ainda: se não existisse esse aumento fechavam-nos a torneira e os reformados, funcionários, o próprio estadso deixava de ter dinheiro para as funções mais básicas. É terrível quando se não quer ver a realidade.
Cortes extra na despesa? Vai tê-los, não duvide, e cada vez mais."
Não me responde porque nao tem argumentos para dar. E porque não cortar a despesa em vez de ter aumentado impostos, que fizeram com que as receitas caissem? Então mas os senhores sempre criticaram o ps por ter aumentado os impostos ,e agora aplicam a mesma receita que o ps aplicaria? O vosso programa eleitoral prometia o corte nas pp, fundacoes, e rendas da energia,  organismos/institutos, e pouco ou nada fizeram a isso.
Então mas naõ era o estado que era gordo e não os privados? As pessoas já fizeram o seu ajustamento , agora é a vez do estado,
Quanto a ser no futuro, já vi voces no psd prometerem isso e mais, e nunca passou do mero paleio.Mais trabalho e menos lingua

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