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Será que aprenderemos algum dia?

por João Távora, em 18.09.12

 

A ameaça de revoluções e outras quimeras é maioritariamente sustentada por aqueles que vêm ameaçados os privilégios oferecidos pelo regime que agora não os consegue garantir. A História comprova que as revoluções (além de destrutivas) são sempre ortopédicas, servem para perpetuar ou acentuar os vícios que emanam organicamente da realidade cultural da comunidade. 
Aqueles que se vêm obrigados a esfalfar, a cada mês, para garantir o sustento da sua família não têm disponibilidade para esses devaneios. Mudar o mundo é lento e dá muito trabalho porque isso começa na respnsabilidade e atitude de cada um perante a vida.


2 comentários

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De Fernando Lopes a 18.09.2012 às 11:36

Bom, parece que você já aprendeu de fonte e ciência certas, embebedando-se não só na política como numa pseudo-psicologia coletiva. A história deve comprovar-lhe, a si em particular, alguma experiência que tenha feito domesticamente – quem sabe, laboratório privativo – sob o assomo do delírio. Depois, como efeito colateral, saiu-lhe uma retórica mal amanhada. Agora veja lá se se decide: ou ficamos neste pé, mantendo os privilégios garantidos deste regime – como afianca –, ou mudamos sob o signo da quimera. Seria bom você partilhar os seus ensaios sobre as provas históricas com que confidencia, senão a coisa é esotérica. E não se esqueça, além da ortopedia – com aquelas intervenções especializadas em cima dos ossos, que mais parecem a chibatada para nos depravar -, de publicitar a teoria da clínica geral, que andamos tão mal de vícios orgânicos e de cultura tão perversa que carecemos urgentemente de uma terapia de consciência. Já quanto àqueles que se vêem obrigados a esfalfar, cada mês, para garantir o sustento, é bom consolá-los na rotina perene, que assim não lhes assaltará patologia alguma nem qualquer utopia destrutiva, garantindo que se esfalfem eternamente, em santidade e pureza, numa imaculada agonia até ao fim dos dias, que talvez sejam salvos, porque essa árdua e piedosa caminhada inicia dentro deles. Essa lenta mudança do mundo deverá ser só intestina, porque o resto, a exterior, comporta perigos – não vão eles agarrar-se a alguma prerrogativa caída do céu que depois não queiram largar…


Fernando Lopes

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