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A implosão do socialismo

por João Távora, em 28.08.12

 

Essa teoria de que "há uma geração injustiçada pela falta de expectativas de melhoria de vida em relação à antecessora" constitui uma terrível falácia politicamente instrumental. Em primeiro lugar, pela simples razão de que “uma geração” não é uma entidade corpórea, não tem sentimentos, mérito ou expectativa; em segundo lugar porque não consta que ela se tenha reunido num café para emitir um manifesto. O que existe são indivíduos, pessoas, com sentimentos, formação, capacidades, ambições próprias. Por isso é expectável que muitos delas prosperem em relação aos seus pais... se nós lhes dermos esssa liberdade.
Ou seja, mais importante do que constatar que a dinâmica económica global pressiona um determinado ajustamento percentual no preço do trabalho, é saber se os indivíduos que entram no mercado têm espaço e dependem do seu próprio mérito para alcançarem as suas ambições e objectivos. Ou seja, pelo facto de se vislumbrar um “empobrecimento” em termos genéricos, é mais do que nunca dever dos governantes proporcionar às gerações emergentes um mercado de trabalho em que todos e a cada um acedam com iguais direitos e deveres, e por exclusiva força do seu mérito. Isso exige uma economia independente "cunhas" de “mercês” do Estado e liberta dum sindicalismo arcaico que se limita a defender os privilégios de duas gerações agarradas aos seus "direitos". A implosão do socialismo - que tão encaixa bem na velha tradição nacional anti-liberal, proteccionista, centralista - uma nova constituição... uma quase utópica revolução cultural.


7 comentários

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De xico a 28.08.2012 às 13:59

João Távora, se mal pergunte, o que é que isto tem a ver com o socialismo? No tempo dos massacrados antepassados seus era diferente? É que parece que o massacre teve a ver não com o fim de privilégios... mas de privilegiados!
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De João Távora a 28.08.2012 às 14:30

Parece-lhe muito mal, xico. Deixe estar os meus antepassados em paz.
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De xico a 28.08.2012 às 22:57

Não lhe pareça mal. Foi uma simples pergunta sem intenção de ofender, porque, apesar de simpatizante do regime monárquico, considero-me um social-democrata, logo um socialista e não vejo a relação de uma coisa com a outra. Quanto aos seus antepassados, eles fazem parte do nosso património comum, logo são de nós todos. Se a eles me referi foi por razões óbvias com a pergunta, não para lhes tirar da paz que merecem.
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De EMS a 28.08.2012 às 22:55


Socialismo? sindicalismo? O que para ai vai homem.

Já dizia o povo:  "Quem tem padrinhos, não morre na cadeia."

A  velhinha cunha não é um fenómeno do nosso tempo, nem do nosso país.

O que propõe? Que se despeçam os cotas para dar emprego aos jovens?

Acha que são os velhos quem tem direitos adquiridos a mais ou são os jovens, aqueles que muitas vezes se têm que e sujeitar a contratos de trabalho semanais, quem tem direitos a menos?

O governo tem que fazer qualquer coisa para impedir isso. Claro que tem. Mas o que pode o governo fazer para alem de meter camadas de burocracia facilmente contornavel?

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De Alice Samora a 29.08.2012 às 14:50

Há um pacto no IEFP (sou funcionária) nos termos do qual, não se comentam as medidas da instituição. Mas em privado todos sabemos da inutilidade das medidae que implementamos. Mais do que inutilidade, são políticas que distorcem injustamente o mercado de trabalho.
Tudo assenta na capacidade que "a casa" tem tido e tem de convencer os governantes da sua imprescindibilidade.
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De l.rodrigues a 29.08.2012 às 18:18

"se nós lhes dermos esssa liberdade."


"Dar liberdade" no conceito neo-liberal actual é "cada um por si". É isso?
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De DNO a 29.08.2012 às 22:18

Não vale a pena dar ares de virgem ofendida; sempre funcionou e funcionará o factor CUNHA!
O resto é só conversa para distrair e abstrair do que é realmente importante.

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