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Essa teoria de que "há uma geração injustiçada pela falta de expectativas de melhoria de vida em relação à antecessora" constitui uma terrível falácia politicamente instrumental. Em primeiro lugar, pela simples razão de que “uma geração” não é uma entidade corpórea, não tem sentimentos, mérito ou expectativa; em segundo lugar porque não consta que ela se tenha reunido num café para emitir um manifesto. O que existe são indivíduos, pessoas, com sentimentos, formação, capacidades, ambições próprias. Por isso é expectável que muitos delas prosperem em relação aos seus pais... se nós lhes dermos esssa liberdade.
Ou seja, mais importante do que constatar que a dinâmica económica global pressiona um determinado ajustamento percentual no preço do trabalho, é saber se os indivíduos que entram no mercado têm espaço e dependem do seu próprio mérito para alcançarem as suas ambições e objectivos. Ou seja, pelo facto de se vislumbrar um “empobrecimento” em termos genéricos, é mais do que nunca dever dos governantes proporcionar às gerações emergentes um mercado de trabalho em que todos e a cada um acedam com iguais direitos e deveres, e por exclusiva força do seu mérito. Isso exige uma economia independente "cunhas" de “mercês” do Estado e liberta dum sindicalismo arcaico que se limita a defender os privilégios de duas gerações agarradas aos seus "direitos". A implosão do socialismo - que tão encaixa bem na velha tradição nacional anti-liberal, proteccionista, centralista - uma nova constituição... uma quase utópica revolução cultural.
Socialismo? sindicalismo? O que para ai vai homem.
Já dizia o povo: "Quem tem padrinhos, não morre na cadeia."
A velhinha cunha não é um fenómeno do nosso tempo, nem do nosso país.
O que propõe? Que se despeçam os cotas para dar emprego aos jovens?
Acha que são os velhos quem tem direitos adquiridos a mais ou são os jovens, aqueles que muitas vezes se têm que e sujeitar a contratos de trabalho semanais, quem tem direitos a menos?
O governo tem que fazer qualquer coisa para impedir isso. Claro que tem. Mas o que pode o governo fazer para alem de meter camadas de burocracia facilmente contornavel?
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"Não tenho dúvidas de que estamos numa fase de eme...
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